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OPINIÃO

Neste ano de 2016

Este ano começou bem para esse “pobre Marquês”: homenagem com um jantar (cardápio internacional) oferecido pelo senhor governador do Estado, dr. Marconi Perillo, no Palácio das Esmeraldas, homenagem que jamais sonhei em receber. O meu coração se abriu todo, não tive palavras para  agradecer. Deus que o conserve por uma longa vida, porque o Estado de Goiás e o Brasil precisam muito do senhor, governador.

Neste domingo, 31, quando do XV Encontro de Folias de Reis, na Praça da Matriz, em Campinas, serei homenageado com a Bandeira da Folia, pela Secult Municipal e Comissão Goiana de Folclore. Também este será o Ano Bariani Ortencio da Academia Goiânia de Letras, com várias comemorações. Ainda, Jubileu de Diamantes pelos 60 anos de publicação do livro O que foi pelo sertão e, também, Jubileu de Diamantes pela gravação da minha composição musical, Não saberei sofrer. Ainda, neste ano de 1956, foi feita a minha numerologia por Malba Tahan, dizendo ele que o meu nome literário e artístico, para dar sorte, teria que ser apenas Bariani Ortencio, deixando o Waldomiro para documentos. Comemoramos no ano passado, os 70 anos do nosso estabelecimento comercial - Bazar Paulistinha.

A AGL iniciou as homenagens aos seus membros, a cada ano, com Ursulino Leão, José Mendonça Teles, Moema de Castro Olival, Maria Cassimiro, Ana Braga e, agora, Bariani Ortencio.

Sobre O que foi pelo sertão - O primeiro livro a gente nunca esquece e recebe como o nascimento de um filho. Na década de 1950 havia um jornal centenário em São Paulo, O Tempo, que publicava um conto enviado ao seu concurso permanente, O conto do dia. Fui premiado e publicado, por 14 vezes. O jornal estava montando um livro com o trocadilho: 60 contos por 20 cruzeiros. E aconteceu o inesperado, pelo menos para os novos escritores que iriam sair na antologia: o jornal centenário foi à falência. O livro estava composto apenas com os dois premiados: eu, com 14 contos e Luiz Franceschini com 10, e saiu geminado, às nossas expensas, em 1956: O que foi pelo sertão e Vovó do pito, em “papel linha d’água”, papel subsidiado apenas para jornal.

Tive a sorte da escritora-romancista, Ruth Guimarães, publicar um artigo sobre O que foi pelo sertão na revista Globo, de Porto Alegre. Com este artigo a Livraria São José, do Carlos Ribeiro (Rio de Janeiro), publicou meus dois livros seguintes, Sertão, o rio e a terra e Sertão sem fim. Como reza a sabedoria popular que, “pra comer e coçar, basta começar”, a sorte me protegeu e vieram muitos outros, abrangendo um total de 40 livros publicados e mais 10 que estarão para sair. No próximo mês deverá ser lançado Minhas reminiscências e depois, com projetos já aprovados: Chão bruto, Conversando com os mitos do folclore brasileiro, O crime do mordomo e outros crimes e Ficção longa de Bariani Ortencio. Pela Prosa & Versos, da Secult Municipal, Contos eróticos.

Sobre Não saberei sofrer – A música carro chefe dos seresteiros campineiros, Jorge Martins e Josaphat Nascimento, era a valsa Saberei sofrer, de Dimas de Moura e Filhinho, ambos de Araguari. O Bazar Paulistinha, em 1956, como o maior revendedor de discos fonográficos do interior do Brasil, deu início à oportunidade para os principais cantores e cantadores goianos gravarem discos comerciais. O primeiro foi Josaphat Nascimento (o maior seresteiro goiano), em disco Copacabana (Irmãos Vitale) de 78 rpm. Lado A- Saberei sofrer e lado B- Não saberei sofrer, de nossa autoria.

Com estes livros abrangi todos os gêneros literários: gastronomia, filologia e medicina regionais; regionalismo, folclore, paradidático, policial, ficção científica, humor, oriental, política, histórico, crônica, erótico, cartilha, poesia...

Macktub!

(Bariani Ortencio, escritor - [email protected])

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