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OPINIÃO

Profissões: mecânico

Ele é um mestre que entende o problema do carro só pelo barulho, sabendo localizar o dilema e consertando a máquina que torna nossa vida mais confortável e veloz. Geraldo Antônio dos Santos, o Cavalinho, nascido em 1º de setembro de 1941, em Carmo do Paranaíba, Minas Gerais. Filho de Antônio Ambrósio dos Santos e Augusta Maria de Jesus, e tem a esposa Dalva Francisca dos Santos. O casal comemorou dia 8 de janeiro 50 anos de união. Cavalinho tem os filhos Dinorá dos Santos, Stênio Antônio dos Santos, Graciela Francisca dos Santos e Gláucio Antônio dos Santos. O filho Gláucio também aprendeu a profissão de mecânico e faz um bom trabalho na Oficina Cavalinho. Geraldo trabalhou na agência da International Harvester do Brasil, de Patos de Minas, revenda de veículos. Trabalhou na empresa de ônibus Gontijo, em Patos de Minas como cobrador e depois motorista. Aos 19 anos foi fazer curso na fábrica da Volkswagen, em São Bernardo do Campo. Gláucio segue a arte do pai na mecânica, do carburador à injeção eletrônica.

Tradição passada de pai pra filho no mundo dos parafusos

Após o curso na Volkswagen, na Autominas,  fez carreira, trabalhando de mecânico. Em 1971 foi transferido para a Santa Helena de Goiás, na revenda e em 1972 veio para a Volkswagen de  Rio Verde, onde trabalhou com o saudoso Carlos Humberto, já com o nome de Distribuidora Sudoeste.  Motor, suspensão, câmbio é o mundo do trabalho do senhor Geraldo, (e seu filho Gláucio) e ele deixou uma grande folha de serviços prestados na famosa empresa citada. A partir de 1973 foi trabalhar como autônomo na Rua Geraldo Jayme, em frente à Casa Lacerda, e ali ficou por três anos. Serviços gerais de veículos automotores pequenos. O mestre da mecânica não temia qualquer desafio e lutava pelo seu espaço.  Ministrou aulas no Senai e foi o pioneiro da primeira turma, assim como trabalhou com muitos outros profissionais do momento, como Garibaldi Júnior, da Checar. Pedro foi um aluno que  aprendeu no Senai com o mestre Geraldo antes de entrar na Distribuidora Sudoeste. O professor Geraldo teve sua oficina, a Auto Volkswagen Brasileira na Rua Cristal e depois foi para a Rua 14, em 1983, onde funciona hoje a Hirdovolt. Já em 1990 mudou a sua oficina para a Rua Tapajós, 787, no Bairro Santo Antônio de Lisboa, com a Auto Mecânica Cavalinho, onde está até hoje. O amigo Júlio Souza Carvalho trabalhou como ajudante na oficina. Ele reconhece a evolução dos automóveis, e pode falar com embasamento, pois tem 57 anos de mecânica. Hoje o seu filho Gláucio segue o seu caminho consertando os carros carburados e tendo muitos fregueses. Conheceu cada detalhe dos veículos da linha leve e procurou se atualizar. Além da Mecânica o senhor Geraldo é um católico dedicado, pois é ministro da eucaristia e cursilhista. Sujar as mãos de graxa, conhecer o defeito da máquina, trocar a peça certa faz parte da vida do mestre Cavalinho e parceiro Gláucio, que há 20 anos trabalha com o seu pai. Conhecido e elogiado por outros profissionais da área. Ele cita como amigos os mecânicos Sebastião DKV, Ferrinho e Pedro Simomura. Cavalinho reconhece todos os mecânicos de Rio Verde,  Garibaldi , Sebastião DKV, Ferrinho, Clodoaldo, Luciano, Juliano, Júnior, Edvan Lima, Martinho, pois todos são exemplos de profissionalismo. A oficina Cavalinho recebeu três diplomas de honra ao mérito. Ele conta um caso onde teve de levar um motor novo até Porto Velho e depois reconheceu que o problema era só de regulagem das válvulas. Traduzindo: resolveu o problema do cliente e ainda vendeu o motor novo para outra empresa, mostrando sua capacidade e honestidade. O conselho de Cavalinho para quem deseja ser mecânico é muito esforço, honestidade, curiosidade para aprender  todos os dias.  O filho Gláucio Antônio segue as dicas toda vez que abre o capô do carro e começa um novo serviço. De geração em geração o trabalho automotivo valoriza Rio Verde. Eles conhecem cada detalhe dos parafusos e do motor dos veículos, não acreditando na tese do ex-presidente Fernando Collor, que um dia chamou os carros brasileiros de carroças. Com 57 anos de mecânico eles assinam um atestado de idoneidade, pois em Rio Verde ou Goiânia pode haver mais de um carro para cada habitante.

(José Carlos Vieira, escritor,jornalista do Jornal Folha da Cidade, Rio Verde,E-mail [email protected])

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