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OPINIÃO

Santa Casa de Misericórdia de Taquaritinga

Em 8 de outubro de 2015 desloquei-me para Taquaritinga – São Paulo, conduzido pelo maçom Sinval José Danielle, deputado federal José Humberto Fagionatto e Conselheiro Federal do GOB, Iracildo Gonçalves Nascimento. Recebido pela cordialidade do Venerável Mestre da centenária Loja “Lídero Badaró”, Wilson José Davoglio, pelo presidente da Diretoria e presidente do Conselho Deliberativo da Santa Casa de Misericórdia, Sidnei Conceição Sudano e Valdemar Antônio Peria. Presente o maçom Luís Fernando de Almeida, batalhador permanente em favor da juventude de Taquaritinga, com trabalhos em diversos grupos da Ordem DeMolay, Filhas de Jó e Escudeiros da Távola Redonda, realizando grande missão maçônica na formação de futuros cidadãos e cidadãs.
Fui presenteado honradamente com a detalhada pesquisa transformada em um livro de 530 páginas, intitulado, “História da Santa Casa de Misericórdia de Taquaritinga”, de autoria do referencial maçom, professor universitário e escritor Luiz Carlos Beduschi, que me chegou às mãos, com dedicatória personalizada do conselheiro federal do GOB, atual presidente da diretoria, Sidnei Conceição Sudano e de Valdemar Antônio Peria, presidente do Conselho Deliberativo.
É exemplo, referência, pois enquanto outras diversas Santa Casas atravessam situações críticas, inclusive de interrupção de atendimentos, a Irmandade Santa Casa de Taquaritinga, goza de excelente saude financeira, com atendimento via 140 leitos, pelo SUS, planos de saude em geral e o plano próprio integrado por 10 mil usuários. Este plano próprio é que lhe permite através de um quadro de 300 funcionários e 50 médicos, não estar na dependência financeira do SUS. Entra neste 2016 com todas as obrigações cumpridas e antecipação do 13° salário aos funcionários, estando programada para o mês de fevereiro, a instalação do serviço de hemodiálise.
Única casa de saude de Taquaritinga com atendimento a microrregião onde estão os municípios vizinhos de Fernando Prestes, Cândido Rodrigues e Santa Ernestina, alcançando uma população aproximada de 100 mil habitantes. Taquaritinga está na Região Central do estado de São Paulo, a 70 quilômetros de Ribeirão Preto e 60 de Araraquara.
Os dados do presidente Sidnei Conceição Sudano, trazem em 2015, uma movimentação hospitalar de 7.845 internações, sendo 4908 provenientes do SUS e 2937 dos demais convênios.
Diz o autor Luiz Carlos Beduschi que “no período de um século de existência a Santa Casa cresceu de forma substancial. As modestas instalações iniciadas em 1908, portanto nesta data com 107 anos, deram lugar a um completo patrimônio de infra-estrutura física e de pessoal altamente qualificado que se tornou respeitado não somente em Taquaritinga, mas no estado e no País.
Reconstituir a história da Santa Casa foi como palmilhar os caminhos, para mim desconhecidos da própria história do município de Taquaritinga. Percorri os meandros da política local em diferentes épocas e pude avaliar as implicações das diretrizes estabelecidas pelos seus dirigentes na vida da comunidade. As incursões que fiz também me permitiram conhecer aspectos da vida de pessoas abnegadas que muito trabalharam pela implantação da Santa Casa e, principalmente, pela sua manutenção e sobrevivência. Alem disso, e acima de tudo, pude constatar a índole generosa do povo taquaritinguense, que empregou o melhor de seus esforços para que o município pudesse contar com uma instituição hospitalar a altura de suas necessidades”.
“Graças à louvável atitude de José Maria Nuevo, os membros da Loja Maçônica “Líbero Badaró”, fundada em 1° de outubro de 1898, passaram a trabalhar nos sentido de implantar uma Santa Casa na cidade, quando toda a comunidade foi envolvida nessa empreitada.” O ato formal aconteceu no dia 17 de maio de 1907, a partir de quando e até a presente data a Oficina Maçônica referida, é administradora responsável e autora dessa bela e importante caminhada social.
Seu primeiro Venerável foi Carlos Rosso, com diretoria composta por Guilherme Funari, Aurélio Alvarenga, Fidelis Curti, Vicente Pagliuso, Francisco Ferreira do Nascimento, Hipólito Fortino, Miguel Nucci, Manuel Luiz Duarte, Josino da Silveira, Domingos Carnovalli, Pedro Monteiro, Francisco de Lucca, Gabriel Aiello, Joaquim Ribeiro do Val Júnior, Francisco Funari e Gustavo Augusto de Morais.
Ao completar 100 anos de existência foi empossado como Venerável Mestre o maçom Ermildo Tiosso, junto com seus irmãos de diretoria Waldemar Peria, Clóvis Ferrari, Sidval Locativa Pozetti, Rubes Otto Schutz, Walter Bordinasso e Antônio Adolfo Bula Azadinho, quando a Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, registrou voto de congratulações pelo centenário, em comemoração, com a presença em sessão magna do saudoso Grão-Mestre Geral, Francisco Murilo Pinto.
Atualmente a Loja “Libero Badaró” tem como Venerável Mestre Wilson José Davóglio que é o administrador da Santa Casa de Misericórdia e Maternidade “Dona Zilva Salvagni”. Diretoria composta pelos maçons Eduardo Henrique Moutinho, Antônio Donizete Volante, Fábio Roney Girotto, José Carlos Dionízio Milanêz, José Airton da Silva Júnior e Wilson Pedro Guimarães Júnior.
Valdemar Antônio Peria, ex-Venerável e no livro de Luiz Carlos Beduschi, assim registra: “A meu ver, as atividades da Irmandade da Santa Casa de Misericórdia tiveram início no final do século XIX, mais precisamente no ano de 1898, com a fundação da Loja Maçônica ‘Líbero Badaró’. Naquela ocasião homens destemidos montados em lombos de animais, lembrando nossos antepassados, vindo da “Atenas Paulista”, querida Jaboticabal, aqui encontraram solo fértil para semear, junto com os irmãos da então Ribeirãozinho, a boa semente da Liberdade, Igualdade e Fraternidade. Sentiram necessidades e entre elas, a falta de uma casa de saude. O primeiro passo foi dado no início do século XX, exatamente no dia 19 de julho de 1905, quando o cidadão José Maria Nuevo fez a doação do terreno onde se acha instalada a Santa Casa. Naquele dia iniciava-se uma nova era que se constituiria em um divisor de águas na história da saude pública do nosso município.”
Hoje é presidente da Santa Casa, Sidnei Conceição Sudano e diretoria composta por Pedro Paulo Poletti, Mário Luis Caetano e Gerson Luis Pussadori, sendo presidente do Conselho Deliberativo, e vice, Waldemar Antônio Peria e Sérgio Ramon.
Os maçons da Loja “Líbero Badaró”, ainda integram na sua quase totalidade, a diretoria da Associação Comercial da cidade, propiciando uma administração de alto nível e confiabilidade total, no que permitiu sua organização.
Instado por mim a se manifestar em uma mensagem final, assim disse o presidente da Santa Casa de Misericórdia de Taquaritinga, Sidnei Conceição Sudano: “O trabalho voluntário e a dedicação dos maçons são os dois pilares de sustentação desta gigantesca obra, que visa garantir a saude da população.”

(Barbosa Nunes, advogado, ex-radialista, membro da AGI, delegado de polícia aposentado, professor e maçom do Grande Oriente do Brasil - [email protected])

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