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OPINIÃO

Esteja em paz no efêmero reinado de Momo

Estamos em plena época do carnaval a maior festa popular do Brasil. A euforia efêmera e passageira do temporário reinado de momo invadiu o inconsciente coletivo da grande maioria dos brasileiros e contagiou o país de ponta a ponta.

Para Alguns é chegada a hora de jogar pra fora as densas energias vibracionais que turvam o nosso pensamento. É chegada a hora de desbafar, de espairecer, de liberar as energias reprimidas e até de meditar sobre as belezas da vida.

Com respeito e humildade ouso convidar os ilustres e generosos leitores a empreender conosco simbólica e pequena viagem pelos caminhos nem sempre percorridos da  própria intimidade.  E nesta hipotética incursão ao país da interioridade, busque cada um penetrar ao recôndito de “seu eu de dentro” e analisar o tom vibracional do inconsciente coletivo dos brasileiros, neste momento festivo e passageiros do reinado de momo.

A experiência de vida nos leva a perceber a existência de um baixo teor mental de vibrações menos edificantes, dominando os sentimentos daqueles que frenética e audaciosamente se envolvem nestas festividades comemorativas.  Nada contra alegria, o regozijo e o entusiasmo dos sambistas. Tudo em favor da decência, da ordem, do equilíbrio, da serenidade e da paz interior das criaturas.

Sob o comando de Momo está instalado o império perigoso das densas energias deletérias, hauridas de centenas de milhares de mentes doentias e conturbadas.  Ao longo destes festejos carnavalescos ditas mentes emitem turbas vibrações e dardos mentais extremamente negativos, que tendem a contagiar plenamente o consciente coletivo das almas que jornadeiam pelas cercanias da pátria do cruzeiro, em busca de luz.

As alegrias passageiras que embalam os sonhos dos foliões neste reinado inconsistente e fugaz, confundem-se com a violência humana que recrudesce a cada dia graças à invigilância dos incautos.  Por mais que nos pareça paradoxal, o país do carnaval, do samba, do futebol e do vôlei, é igualmente campeão da violência travestida de democracia, do homicídio, do aborto, da drogadição e da impiedosa e nefasta destruição da natureza.

Alguma coisa deverá se fazer para que o Brasil receba, aceite e retome o compromisso de viabilizar o processo de sua destinação espiritual de tornar-se o celeiro da humanidade, o coração do mundo e a pátria do Evangelho.  Resta-nos absolutamente comprovado que dos encontros religiosos de todos os credos levados a efeito nesta ocasião, emergem suaves e harmoniosas vibrações energéticas da verdadeira alegria, da ternura, da serenidade, da paz e da luz.

Hauridas não da religião, mais do sentimento sublime de religiosidade de cada criatura de bem, estas energias acabam dando equilíbrio vibracional ao planeta e ao consciente coletivo dos habitantes do país verde amarelo.  Felizmente este sentimento nobre de profunda religiosidade dos brasileiros de todos os credos invade o país contagiando de positivas e benéficas energias toda a nação.

A consciência egóica e temporariamente criminosa do ser criado simples e ignorante, um dia haverá de despertar-se e impulsionar o processo de iluminação deste potencial candidato à angelitude.  Que as dificuldades temporais da atualidade e o recrudescimento da violência humana que graça por toda parte, possa amenizar extirpar e até banir do planeta todas as mazelas que infelicitam a humanidade.

Que os futuros habitantes do planeta regenerado, sobretudo do nosso país decidam realmente mudar seu comportamento e rever suas condutas para acelerar o progresso da nossa pátria.  Envoltos nas densas energias humanas desta festa tradicional do corpo físico que ninguém olvide seus compromissos espirituais.  O reinado de momo é passageiro e o banquete da orgia que produz o odor fético das energias negativas que invadem o planeta não tem caráter de perpetuidade.

O objetivo que ora perseguido não é o de colocar-me ostensiva e radicalmente contra as tradicionais e brasileiramente laureadas festividades carnavalescas.  Em nenhum momento ousaria descurar-me do respeito que devo à soberana lei do livre arbítrio. Cada um é responsável por esculpir seu próprio destino e dar conta de sua própria administração pessoal.

Urge, todavia flexibilizar a mente e entender, à luz do Evangelho, o aspecto pernicioso e negativo contido nos exageros que norteiam a trajetória dos foliões, neste império passageiro da carne.    Ali não raro as pessoas entregam-se à banalidade do sexo desvairado, do uso incontrolável do álcool, de outras drogas e alucinógenos perturbadores que geram o desequilíbrio e o desvario mental.

A sensualidade exuberante e bela qual uma deusa intocável da rua, fantasiada de nada e encastelada no trono enganoso da orgia, adentra à mente humana imantando-a de energias negativas que impedem a construção de um ambiente espiritual salutar e harmonioso.   Não é tarefa fácil desvencilhar-se desta muito bem urdida e atraente armadilha da “luminosidade” das trevas. O melhor caminho é cultivar a vigilância e recolher-se ao recurso da prece construtiva e silenciosa.

Outro caminho igualmente menos penoso é exercitar a fé e tolerância, amor e humildade que permite a construção das suaves e sonoras vibrações de luz, que haverão de inundar a nação de paz e de esperança.  Que ninguém olvide o dever impostergável de cada criatura instalar na intimidade do “seu eu de dentro” o processo luminoso e libertador da espiritualização de todas as atividades humanas.   Longe de ser uma receita pronta do remédio milagreiro destinado a curar todos os males da sociedade, é esta uma singela e despretensiosa orientação portadora do generoso convite dos Céus.

Que os brasileiros e brasileiros de todos os credos e realmente compromissados com a edificação do reino de Deus no coração da humanidade possam se valer desta oportunidade para continuar a sublime tarefa de despertar, evangelizar, remir e conduzir as almas para os caminhos de Deus.  Que ninguém desanime, pois “se na terra é noite ainda, já começam a aparecer as primeiras clarinadas do amanhecer.”

(Maguito Vilela. Ex-Governador e Prefeito de Aparecida de Goiânia)

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