Durante muito tempo temos buscado entender as doenças psíquicas e neuropsiquiátricas para melhor ajudar aqueles que desse mal sofrem.
Estudos têm nos mostrados que muitas doenças neuropsiquiátricas são causadas pela encefalopatia hepática provocada pela intoxicação sanguínea, geradas pelas infecções, falência renal, hemorragias ou constipação intestinal que levam a distúrbios de memória, depressão e agressividade.
Quando estudamos as doenças provocadas pela ingestão de álcool, muitas vezes não levamos em conta o que é gerado no fígado que leva ao paciente a confusão mental, desorientação, agressividade, alterações do humor, amnésia alcóolica, etc. Muitas vezes é também confundida com alguma demência típica do envelhecimento, dessas das quais não se conhece nem a causa nem a cura. Felizmente não é o caso da encefalopatia hepática. Por não se tratar de um distúrbio degenerativo e passível de tratamento e cura. O cérebro sofre porque o fígado está doente.
As funções do fígado são variadas e essencialmente metabólicas: síntese de proteínas e de compostos necessários para digestão, como a bile, estoque de glicogênio, que em caso de necessidade é convertido em glicose; e desintoxicação do sangue. Cabe ao fígado limpar as toxinas que caem na corrente sanguínea, transformando-os em ureia – que sai na urina. Caso isso não ocorra, elas atravessam a barreira hematoencefálica e chegam ao cérebro, causando alterações de comportamento e percepção.
Assim quando essas funções estão comprometidas temos a encefalopatia hepática. Infelizmente, muitas vezes ignorado pelos profissionais que atuam no tratamento dos distúrbios neurológicos, psiquiátricos e psicológicos.
Quando nos referimos às doenças provocadas, muitas vezes, pela ingestão indiscriminada de álcool, causando a cirrose, doença que pode permanecer assintomática por vários anos.
A maioria dos pacientes não se da conta dos primeiros sintomas, porém, pessoas que convivem com eles (pacientes) percebem agressividade ou sinais de depressão. “Podem surgir comportamentos bizarros como, por exemplo, urinar dentro da geladeira.” “E o paciente está convicto de que está fazendo a coisa certa”, diz o hepatologista Mário kondo, da Unifesp. Outro sintoma é a perturbação do sono, muito comum no inicio da doença, sintoma que é confundido com a síndrome de abstinência do paciente alcoolista, mas com o tempo tende a se intensificar. Há uma inversão do ciclo vigília-sono, a pessoa tem dificuldade para dormir à noite e fica sonolenta durante o dia e fica sonolenta no meio de uma conversa.
Outro sinal da patologia é o que os médicos cham de flapping da mão, movimento “denteado” quando movimenta o braço a pedido do médico para um teste.
Intestino preso e dieta rica em carne são inimigos do paciente cirrótico porque podem favorecer o aparecimento da doença.
A encefalopatia mínima, como é chamada, só é detectada em testes neuropsicológicos e neurofisiológicos, mas seus efeitos podem piorar a qualidade de vida do paciente, causando prejuízos de memória e atenção e dificultando a realização de tarefas cotidianas, como dirigir automóveis. “Esse talvez seja o sinal mais evidente de encefalopatia mínima”, afirma Kongo.
“A encefalopatia hepática atinge de 50% a 70% dos pacientes cirróticos ao longo da doença.” “Sendo a hepatite viral crônica a causa mais comum de cirrose, o conhecimento do perfil do brasileiro infectado é imprescindível na identificação da magnitude do problema, possibilitando o tratamento e prevenção da doença.” “A patologia pode se tornar crônica em até 85% dos casos.” “Trata-se de uma doença extremamente custosa do ponto de vista pessoal e de saúde pública.” “A desinformação tem contribuído para a propagação da patologia”, diz Ana Luíza Gilbertoni Cruz – Médica Infectologista.
O que mais preocupa Mário Kongo é a síndrome metabólica (obesidade, hipertensão arterial, hiperglicemia e alterações dos níveis de lipídios no sangue) e a ingestão de álcool como os maiores desencadeadores da cirrose e da encefalopatia hepática.
Mais uma vez temos que nossos hábitos do cotidiano são responsáveis pela maioria de nossas doenças.
A medicina psicossomática, Ciência que estuda a ligação direta ou indireta do surgimento das doenças a partir do intercambio entre Espírito (essência divina) e corpo físico, tem contribuído eficazmente para o trato e prevenção de enfermidades que surgem em tempos de grandes conflitos do homem consigo mesmo e na sociedade atual.
A nutrição material, de fora para dentro, e nutrição espiritual (pensamentos e sentimentos), de dentro para fora, concorrem e se responsabilizam pelo estado de saúde do homem encarnado.
Reações de natureza inferior (ódio, tristeza, intemperança, medo, aflições, sensualismo, desânimo, impaciência, inconstância, etc.) sendo forças opressoras e dispersivas, abaixam ou exaltam demais os níveis vibratórios das células do duplo etérico (podemos também dizer “inconsciente”) e do corpo denso, originando doenças e disfunções. Da mesma forma que reações no sentido inverso (serenidade, confiança, fé, coragem, paciência, ânimo forte, alegria, temperança, etc.) serão capazes de restabelecer a saúde ou o equilíbrio orgânico.
A alimentação material inadequada provoca também desequilíbrios orgânicos e pode vir a dificultar o controle do corpo pelo espírito. O que se reflete no setor psíquico como neurastenia, irritação, nervosismo, desânimo.
O homem encarnado deve cuidar com carinho tanto da higiene espiritual, como da material. Escrevemos no DM sobre o assunto: Interação: mente-corpo-espírito.
Quase sempre o corpo doente assinala a mente enferma.
A medicina humana será muito diferente no futuro, quando a ciência puder compreender a extensão e a complexidade dos fatores mentais no campo das moléstias do corpo físico. Não raramente se encontram as afecções diretamente relacionadas com o psiquismo. Todos os órgãos são subordinados à ascendência moral.
Maus pensamentos e maus sentimentos funcionam no plano psíquico, com repercussão posterior no campo físico como fonte perniciosa de bacilos deletéricos a contaminar o meio, produzindo desequilíbrios que podem ir desde a intranquilidade espiritual até a doença física.
Disse num congresso que chegará um dia em que perguntarei ao meu paciente: “Diga-me o que tu pensas que te direi o que tu tens”, ou seja, somos e adoecemos através de nossos pensamentos. Não existe um “remédio” mais eficaz do que a própria pessoa que busca conhecer a si mesmo.
Cada órgão está diretamente ligado às nossas reações e posturas psicoemocionais perante a vida e a si mesmo.
No livro dos Espíritos na pergunta 919 foi perguntado ao Plano Superior: “O que devemos fazer para evitar o arrastamento ao mal e melhorarmos nessa vida?” Resposta: “Um sábio da antiguidade vos disse: Conheça-te a ti mesmo.”
(Dr. José Geraldo Rabelo, psicólogo holístico, psicoterapeuta espiritualista, parapsicólogo. Filósofo clínico. Prof. Educação Física. Artista Plástico. Especialista em família, depressão, dependência química e alcoolismo. Escritor e palestrante. Emails.: rabelojosegeraldo@yahoo.com.br e/ou rabelosterapeuta@hotmail.com)