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OPINIÃO

A volta

Volto-me ao rol da coluna do Diário da Manhã, após passar por um período enfermo, desta feita benfazejo. Mas a volta se processa de modo a acomodar um prazer pessoal, incomensurável, onde me sinto a vontade, com a mais absoluta liberdade para expressar as minhas convicções, pensamentos, opiniões e informações, especialmente quando se tem, aqui na minha frente, um veículo democrático, a nossa disposição. Um caderno inteiro, todo dedicado àqueles que apreciam e desejam expressar. Afinal, escrever nada mais é do que  uma arte, um desprendimento natural, uma dádiva de Deus.

O nosso glorioso Batista Custódio e seus auxiliares têm mantido, ao longo dos anos através de seu jornal, uma de suas paixões pela vida, um caderno especial onde uma gama de pessoas utiliza-se do espaço para proporcionar ao público desta categoria, oportunidades únicas de se desenvolverem, com louvor e grandeza – a cultura, característica de poucos.

Muito bem. Nesta interseção efêmera, houve muita reflexão e lições de  vida. Porém, assoberbado e enojado pela repetência dos órgãos de divulgação do país, a situação política e econômica do Brasil, sobretudo, com a oposição rasteira batendo forte na tentativa de depositar nos corações dos brasileiros a nefasta imposição de se caracterizar o impedimento da Presidenta como se fosse um “golpe”, o que na verdade, está longe disso.

O processo de impeachment está cumprindo o seu papel na história do Brasil, embora longo e burocrático, mas reina a democracia e preserva o princípio da ampla defesa, com a participação unânime de todos os Senadores e os defensores de ambos os lados. Entretanto, não estou disposto a relatar o lixo autoritário que ainda persiste em nosso dia a dia, mas, sobretudo, trabalhar e contribuir para promover uma varredura nesta lama que atolou o nosso querido país. Infelizmente, todos os organismos estatais que analisados por dentro, estão sucateados, as administrações dos últimos anos demonstraram paginas e páginas de insucesso absoluto no sucateamento da máquina publica. O Brasil perdeu, no ranking mundial todas as posições privilegiadas de nação de que se gozara por um bom tempo, espojando ainda, a capacidade de se projetar e galgar posições destacadas no contexto dos 20 maiores países do mundo. Hoje, ocupando a oitava posição da economia mundial, contempla uma inflação ao redor dos 10% e ainda um amargo legado de mais de 11 milhões de almas desempregadas.

Neste prisma, se não houver uma união nacional de todos e os seguimentos organizados em torno do Presidente, embora temporário, não há que se falar em recuperação tão fácil. Em que pese estarem enfrentando um desgaste natural, os primeiros passos para formar a sua equipe estrutural, está sedimentada como os melhores quadros existentes no país. E os resultados já o antevemos, pelo menos aponta o estancamento da sangria que esgotavam as energias e as forças do sacrificado povo brasileiro.

(Davi Carlos Fagundes, advogado)

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