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OPINIÃO

Questão Alfa na obra de Allan Kardec

O Espiritismo – edição mais avançada do Cristianismo – permite-nos a aceitação, e mais que isso, a convicção da existência de uma Inteligência Suprema no Universo.
Esse conceito – axioma filosófico e científico – está inscrito na questão nº 1, de “O Livro dos Espíritos”, que é a espinha dorsal da Nova Revelação, o Consolador Prometido por Jesus (João, Cap. 14, 15, 17 e 26), que proclamou:
“Se me amais, guardai os meus mandamentos; e eu rogarei a meu Pai e ele vos enviará outro Consolador, a fim de que fique eternamente convosco: – O Espírito de Verdade, que o mundo não pode receber; porque o não vê e absolutamente o não conhece. Mas, quanto a vós, conhecê-lo-eis, porque ficará convosco e estará em vós. – Porém, o Consolador, que é o Santo Espírito, que meu Pai enviará em meu nome, vos ensinará todas as coisas e vos fará recordar tudo o que vos tenho dito.”
Eis a redação da questão nº 1, referida, e respectiva resposta dos Espíritos Superiores:
Que é Deus?
“Deus é a inteligência suprema, causa primária de todas as coisas.”
2 – Poder-se-ia dizer que esse axioma, representado pela questão nº 1 e respectiva resposta de “O Livro dos Espíritos”, é introdutório do conhecimento, porque na referida obra básica estão implícitos os aspectos cardeais do saber: Filosofia, Ciência e Religião. E essa foi a intenção da plêiade dos Espíritos Superiores, que, sob a coordenação de Allan Kardec e a supervisão do próprio Mestre Jesus, concebera e realizara um projeto excepcional, projeto esse que seria cumprido entre nós, na Terra, e em todo o Universo. A prova dessa assertiva está bem clara na obra citada, de onde partem as outras obras do Pentateuco, como desdobramento do que se encontra na base. Senão, vejam-se:
a) da Parte Primeira, “A Gênese” (Das Causas primárias);
b) da Parte Segunda, “O Livro dos Médiuns” (Do mundo espírita ou mundo dos Espíritos);
c) da Parte Terceira, as Leis Morais (“O Evangelho Segundo o Espiritismo”); e
d) da Parte Quarta, “O Céu e o Inferno” (Das esperanças e Consolações).
Decorre dessa extraordinária obra, pois, a síntese do conhecimento, ou seja, um projeto de onde partem, repita-se, os aspectos fundamentais do conhecimento, o que nos autoriza à ilação de que “O Livro dos Espíritos” pode e deve ser tido como a síntese da síntese. A síntese da síntese, porque as três obras subsequentes desdobrariam, como desdobram, os ângulos científicos e morais, ou religiosos, instituídos nessa obra basilar.
Daí poder-se afirmar que uma visão clara e consciente da Doutrina dos Espíritos só é possível àquele que ler e estudar, com espírito desarmado, essa obra fundamental. E é justamente o desconhecimento das obras básicas, a partir de “O Livro dos Espíritos”, que leva as pessoas a fazerem um juízo distorcido e incompleto do Espiritismo e, em razão disso, adotarem posições antidoutrinárias, inclusive a aceitação de movimentos paralelos, como se dele fizessem parte.
3– A potente força dessa questão nos impele, desde logo, em preliminar, a deduções filosóficas de elevado teor e a induções científicas de relevância indiscutível.
Pela importância que ostenta a Doutrina dos Espíritos – O Consolador Prometido – ou 3ª Revelação –, merece nossa acurada atenção e reflexão inevitáveis.
4 – Por tudo isso, a questão nº 1, dessa obra monumental, por tratar-se de tema majestoso e transcendental – D e u s –, é o ALFA de toda a obra projetada pelas potências espirituais, em favor dos filhos da Terra e de outras esferas do Infinito!
Seria como essencial referência, marco zero – A L FA –, e razão de ser de tudo que existe no Universo!
Como explicar de outra forma o porquê da questão nº 1 ser estampada já no frontispício da obra fundamental?!...
Não seria de propósito que assim se fez?
A questão tem muito a ver com o nosso tema!

(Weimar Muniz de Oliveira, [email protected])

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