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OPINIÃO

Um terrorista muçulmano comendo sonho

Confesso, sempre procuro conter-me, entretanto, o artigo do psiquiatra Marcelo Caixeta – sempre abrilhantando este matutino vanguardista – intitulado: “Uma análise psiquiátrica da mente muçulmana por trás do ataque na França”, publicado dia 17, mais um da série aonde o articulista escrutina fenomenologicamente a mentalidade de grupos, de ações e perspectivas e é, deveras, um ensaio, um tratado, uma obra-prima, refinadíssima, porque sintetiza a agonia vivenciada pelos muçulmanos, tanto os homens como as mulheres e crianças, a política paradoxal dos franceses em relação aos muçulmanos, a situação paradoxalmente idêntica, dos estadunidenses, que padecem com os mesmos descalabros, idênticos atentados realizados por um só indivíduo e, aproveitando o ensejo, gostaria de mencionar que passei a utilizar-me da palavra “estadunidense”, ao invés de norte-americano, após ficar sabendo, recentemente, que os nossos irmãos canadenses, portanto, norte-americanos também, não querem ser confundidos com os seus vizinhos do sul, os habitantes dos “Estados Unidos”, que só faltam unir, definitivamente, negros e brancos como, aparentemente, ocorre na fictícia Flórida..., kkkk, só rindo para não chorar, como “diz” o ditado e, enfim, não vou tergiversar e volto a mencionar, como afirmei outrora, que o artigo do psiquiatra e articulista Marcelo Caixeta tocou-me e não me contive e, agora, estou aqui comentando-o, recomendando-o ao misericordioso leitor assíduo e ao eventual também, porque é incrível, só vendo, ou melhor, só lendo pra ver! Faço questão de deixar o link do artigo e, de antemão, peço desculpas ao colega Marcelo Caixeta por fazê-lo e, também, por transcrever, no próximo parágrafo, um trechinho do seu magistral artigo, cujo link é: http://dmdigital.com.br/#!/view?e=20160717&p=19, sem a vírgula, certo?

Antes de transcrever o trecho gostaria que o misericordioso leitor imaginasse, durante a sua leitura, um aiatolá, ou um terrorista muçulmano, sentado bem ao seu lado “comendo um sonho”, daqueles que compramos nas padarias, com o poder de ouvir os seus pensamentos, a sua leitura, cada palavra, cada afirmação do Marcelo Caixeta. Eu acho que um “muçulmano bipolar” – e o articulista e psiquiatra Marcelo Caixeta, como lhe é peculiar, explica-nos, e de modo simplificado, esta doença mental de tal forma que a torna compreensível para uma criança ou um analfabeto, utilizando-se, para tanto, de inúmeros recursos, entre eles, uma abundância de aspas, o que não é suportado pelos “taizinhos”, como já mencionei por aqui, zilhões de vezes também, os taizinhos são aqueles que se apresentam como “doutores” sem o sê-los e, para tanto, lambuzam as suas caras de pau com os mais puros óleos de peroba produzidos desde a sua comercialização, logo após o fechamento do Jardim do Éden – então, este nosso convidado imaginário, assim como todos os outros muçulmanos “reais”, todos sofrem das mesmas mazelas mentais que nós, os cristãos, os ocidentais, enfim, e é por isto que eu tenho quase certeza absoluta que esse “muçulmano bipolar”, que estará sentado ao seu lado comendo um delicioso sonho, não esperaria o término da leitura para degolá-lo. O misericordioso leitor não acredita? Então, por favor, leia o trecho do artigo do doutor Marcelo Caixeta, ei-lo: “A família muçulmana, muitas vezes, é desorganizada por uma prole muito numerosa, uma mãe sobrecarregada e esmagada pelo poder masculino, um pai muitas vezes ausente da vida do filho, mais preocupado com sua própria irmandade entre os homens mais velhos, mais preocupado com suas possíveis outras mulheres, mais preocupado com sua vida fora de casa.” O contato afetivo do filho-muçulmano com sua mãe também fica prejudicado, pois esta é triste, amargurada, sobrecarregada por tantos filhos, tantos afazeres, tanta “prisão dentro de casa”, tanta frieza por parte do marido (que pode ter outras mulheres), tanta falta de perspectiva profissional ou fora do lar. Enfim, uma “mulher triste”, que não pode suporte afetivo adequado à numerosa prole (não tem tempo), energia, dinheiro, suficientes para isso). Um “filho muçulmano” desses, sobretudo quando faceado com a doença, com a depressão, os problemas sexuais, os problemas sociais (por exemplo, uma grande ansiedade, timidez, complexos psicológicos corporais, etc), pode ter na “passagem ao ato” a única solução para sua vida miserável. E o “sacrifício religioso” desponta como uma solução de compromisso (...)! Daí o psiquiatra e articulista Caixeta passa a relacionar as aspirações destes doentes mentais pela seguinte ordem: “herói”, “poderoso”, “másculo”, “santo”, “irá religa-lo à sua amada comunidade idealizada” e, finalmente, “irá ligá-lo a Deus”.

Eu espero que o leitor se delicie com o escrutínio do Marcelo Caixeta. Eu volto ao assunto na semana que vem, porque vou falar da minha caçulinha, a Sophia Penellopy, oito anos e o desejo da mãe, que mora em Paris desde 2006, do irmão e de muitos outros inclusive – para a minha imensa tristeza noites mal dormidas e tudo o mais! – de vê-la crescendo em Paris e, por sinal, foi dela a ideia do terrorista comendo um sonho porque, ao ouvir-me relendo o texto deliciava-se com um sonho e pediu-me para colocar um nas mãos do imaginário terrorista! Quem sabe o tal do terrorista comece a sonhar com outras coisas! Até.

(Henrique Dias, jornalista)

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