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OPINIÃO

Terrorismo islâmico é derivado do terrorismo de esquerda

É muito mais que revoltante. Nenhuma palavra será capaz de traduzir o impacto emocional diante do atentado praticado por terroristas islâmicos contra cidadãos do mundo, inclusive brasileiros, em Nice na França. E porque na França? Coincidência ou seria possível destacar elementos sobre os quais a mídia recusa publicar?

Passado o horror inicial, precisamos nos dedicar a examinar o fenômeno mais de perto com o intuito de desenvolver instrumentos para combatê-lo de modo eficaz. Seria apenas coisa de gente comumente louca? A loucura, que seja, não é entretanto um acontecimento casual na vida das pessoas e na humanidade.

A raiz cultural desses acontecimentos pode ser encontrada no âmbito dos movimentos revolucionários nascidos no século XIX. O terrorismo como instrumento de luta política nasceu de uma ideologia que pregava o ódio e a força bruta como recursos necessários para promover as transformações sociais. Enquanto que no capitalismo os ideais de progresso estavam depositados na produção de riquezas, o comunismo invocava a destruição dos ricos e das riquezas, da chamada burguesia. Stalin e depois Hitler, portanto, não nasceram por acaso e nem expandiram seus ideais no continente europeu, e fora dele, apenas porque eram doidos. O nazismo, apelando para o nacionalismo germânico, foi uma reação exacerbada e tirânica contra o comunismo, que nunca escondeu necessidade de uso da violência para alcançar seus objetivos. Quando os campos de concentração surgiram na Alemanha, na URSS eles já existiam há muitos anos. E como a estupidez humana não tem limites, seus ideais seduziram, ambos, milhões de seguidores.

Para muitos daquele período esses discursos apareceram como música aos olhos de muitos intelectuais ávidos de poder, em busca de projeção, trabalhadores de várias tendências e até empresários crentes numa aliança com quem ameaçava destruí-los. Havia, portanto, um caldo de cultura originado no continente europeu emitindo um discurso com promessas encantadoras, capaz de alimentar as melhores ilusões nascidas da estupidez humana. Desse discurso nasceram o nazismo e o comunismo, dois movimentos responsáveis pelos maiores desastres, não naturais, vividos pela humanidade. E como a estupidez humana não se esgota facilmente, ainda são capazes de revirar a cabeça de muitas cabeças aparentemente pensantes aqui no nosso Brasil varonil e arredores.

Seus rebentos estão espalhados mundo afora e estão inteiramente ativos na América Latina e em especial no Brasil, onde elegemos recentemente presidentes alinhados com tal ideologia. Portanto, quem deve ter ensinado esses árabes a matar inocentes, como se tivesse eliminando animais num matadouro? Que exemplos e motivos nutrem essas pessoas para agir dessa maneira, transformando pessoas comuns em alvos indiscriminados dos seus delírios messiânicos?

O terrorista, para fazer o que fez, necessita de duas distorções complementares. Uma que vem do lado de dentro, fruto da sua gravíssima perturbação mental, e uma outra parte que vem de fora, e que lhe dá sustentação. Ele está inserido na ampla tradição terrorista dos movimentos revolucionários de esquerda nascidos no século XIX. O velho K. Marx dizia, por exemplo, que para implantar o socialismo seria necessário “eliminar povos e nações inteiras”. Depois do fracasso do modelo comunista em todos os países do mundo, o encanto mortífero pelos ideais revolucionários havia desaparecido. Em parte. Ainda perduram em lugares da América latina. O PT, por exemplo, continua mantendo os mesmo ideais que nutriram seu nascimento.

A cena horripilante de corpos destroçados no asfalto, crianças, jovens, adultos, pais e mães de famílias doe na alma. Sabemos quem são os culpados visíveis, não é difícil identificar essa prole. Mas é preciso caminhar mais um pouco para descobrir seus tentáculos, aqueles que os apoiam em silencio, colaboradores escondidos por trás de posturas humanistas. Diante do horror, a única atitude possível  é o combate, o bom combate estabelecido em cima de critérios justos, firmes e irredutíveis. Se for preciso, criando novas leis, que seja. Fora disso é a rendição, bem patente na declaração do primeiro ministro francês indicando ser preciso aprender a conviver com o terrorismo. Não queremos conviver com terroristas, queremos seu desaparecimento, queremos combatê-los e derrotá-los.

Essa espécie humana que cometeu este atentado, estava vivendo na França, provavelmente coberto pelo conjunto de leis trabalhistas existentes no país que ele queria destruir, mesmo clandestino. Tinha emprego, salário e recursos que poderiam levá-lo a progredir no trabalho. O cara aprendeu ate dirigir um caminhão veloz, tecnologia usada contra a sociedade que o criou. Provavelmente tinha segurança jurídica, segurança médica, tratamento para a família e filhos em caso de doença. As fotos mostram um sujeito muito bem nutrido, não morava em palacete, mas recebia benefícios sociais bem superiores aos que teria no seu país de origem. Mas nada disso comove uma mentalidade terrorista. Em troca ele tinha ódio do povo francês e do mundo, que visitavam Nice. Uma montanha de ódio, coisa que lhe ensinaram desde criança, provavelmente. Suficiente para fazer o que fez! Em lugar de trabalhar para ganhar a vida, resolveu espalhar a morte. O paraíso religioso pelo qual ele luta é uma reprodução modificada do paraíso socialista e sem classes dos terroristas marxistas.

Os terroristas são providos dos piores sentimentos e não funcionam como as pessoas comuns, seja um revolucionário brasileiro, ou latino, ou naqueles onde a religião atua com maior radicalidade. São pessoas comumente miseráveis e buscam, desesperadamente praticar uma grande ação, ou alcançar o poder, para aliviar, pelo menos um pouco, sua miséria pessoal. Eles funcionam o contrário, não reagem agradecidos quando recebem benefícios, sentem humilhados. E respondem com um saco de maldade pelo agrado recebido. O fenômeno de pessoas que odeiam o mundo, o progresso, a democracia, a diversidade, e os outros pensando fora do seu controle, é muito mais frequente do que podemos imaginar.

Todo movimento revolucionários de esquerda foi construído em cima dessa lama pessoal e coletiva. A ideia é virar o mundo de ponta cabeça, produzir desentendimento e confusão para dominar. Riqueza é ruim e pobreza é bom. Divertimento é pecado ou são valores burgueses. Lutam pela diversidade até assumir o poder, depois acabam com ela. Para eles trabalho não é benéfico, é puta exploração. São eles que dizem isso. Procuram e acusam defeitos do mundo capitalista, não para consertar, mas para demonizar a sociedade que odeiam. Detestam o trabalho e a liberdade, de pensar, de agir e até de vestir. Mas se servem da liberdade para cumprir suas ações hediondas.

A ordem é resistir às tentações da vida burguesa (no Brasil a esquerda perdeu a vergonha e muitos até compraram apto. em Miami, com dinheiro do roubo). Antes nos acusavam de defender valores burgueses, agora somos uma sociedade de infiéis. São adoradores do ódio e o praticam com prazer.

A maldade existe e existe de longa data. Sua existência é sempre garantida por discursos de boas intenções. Saber da sua existência é melhor que ignorá-la. O preço será muito caro. A solução possível para todo terrorista, de esquerda, religioso, ou seja o que for, é o sua imediata retirada da cena social. Precisamos dedicar tempo para estudar muito bem esse fenômeno. A guerra é de valores e o que é bom para eles não é bom para nós. Com o terrorista não tem conversa, só a força vale. Quando não roubam (vide os exemplos do mensalão e petrolão) matam, tudo a serviço da grande causa e sem o menor pudor. Pelo contrário, gritam e esperneiam.

Para quem não sabe podemos explicar? Para gente assim o ato de compreender, tolerar, dialogar é sinal de fraqueza. Eles não querem ser compreendidos, querem ser temidos. O objetivo principal de todo terrorista é espalhar o terror (daí o nome), e o entendimento é palavra inexistente no vocabulário deles. Daí o profundo equivoco dos que querem tratar terrorista como pessoas comuns. Funciona assim para qualquer terrorista religioso ou revolucionário esquerdista. Temos exemplos por aqui na terra. O caso da Ex.(a que esteve na presidência) é o mais conhecido.

A França tem uma tradição do tipo humanista de esquerda. Sua linhagem mais ilustre (imaginem as piores), Sartre, Beauvoir, Merleau-Ponty e etc., condenavam veementemente os campos de concentração do nazismo, mas desconsideravam o extermínio nos campos de concentração soviéticos que antecederam e prepararam os primeiros, nem os chineses, cambojanos e etc. Onde se matou muito mais. Claro que uma cultura onde seus melhores cérebros produz “enganos” dessa ordem, tem  dificuldades para descobrir noções realistas para enfrentar o terrorismo.

Tratar desiguais como iguais é deixar de exercitar nossa função mais nobre, a atividade do pensamento, de discriminar. Um terrorista definitivamente não é igual a bilhões de pessoas que estavam na televisão assistindo o horror. Nem é igual às vítimas que fez.  Então vamos distinguir bem as coisas. Pessoas que agem por impulsos assassinos, seja em nome de Deus ou da revolução, não são iguais a nós. Estamos distantes da mentalidade semelhante a da nossa EX. (acho que sabem quem é).

Alguém argumentaria que a EX. não comete mais os crimes que cometia antes. Verdade, seu terrorismo agora é diferente. Agora a fase é de cativar, distribuir favores. Mas a solução está na retirada do poder político que foi dado a essa gente.

Uma religião de caráter autoritário não pode ser modificada simplesmente porque queremos! Não podemos decidir como eles devem se comportar, mas podemos decidir como devemos nos comportar a partir do conhecimento adquirido sobre eles. O autoritarismo, e a doença mental, não podem ser abolidos por decisão de quem está diante do problema! Assim como a decisão de mudar num processo psicoterapêutico não pode ficar a cargo do terapeuta. Só mudo o que posso mudar em mim a partir do desejo....o meu. Sob a cobertura do conhecimento que adquiro...o meu.

O islamismo não é uma religião semelhante a outras, as que já passaram pelo crivo da civilização. O mundo islâmico passou séculos no isolamento cultural recusando, por motivos que não cabe discutir aqui, a inserção no processo civilizatório. Quando esse mundo começou a sair do isolamento, as ideias revolucionárias encontrou nele um potencial de revolta suscetível de ser aproveitado para a grande causa: a destruição do mundo capitalista, a derrota da burguesia e que agora passou a ser, finalmente, a eliminação dos infiéis, dos hereges, dos que não acreditam no seu Deus. De que maneira? Utilizando os mesmos métodos que o movimento esquerdista revolucionário internacional colocou a disposição dos seus militantes: o ato de terror.

TRATA-SE, antes de mais nada, DE SABER PARA SABER AGIR. Saber, por exemplo, que TODOS OS GRANDES LIDERES MARXISTAS FORAM TERRORISTAS, dentro ou fora do poder. Quem não praticou deu apoio. Quem foi Lenin, Mao, Che e Stalin senão terroristas? Vários militantes do PT foram terroristas. Ou vamos fazer de conta que isso não importa? Então também não importa o que estão fazendo na Venezuela? Nos estados terroristas de Cuba e Coreia do Norte? Os sequestros e assassinatos das Farcs, o mais velho e resistente movimento terrorista (agora também narco) das Américas também não? Todos aliados do PT.

Impossível dizer, evidentemente, que o PT seja responsável pelos atentados na França. Seria leviano. Cabe dizer, no entanto, que o terrorismo islâmico teve onde e com quem aprender, encontrou nos movimentos revolucionários de esquerda sua inspiração e modelo. Não é por acaso que o PT continua amigo das FARCS. Compartilham os mesmos ideais.

A nossa EX., imaginem, queria um diálogo com os movimentos terrorista. Seria para explicar direitinho o que podiam ou não fazer? Ou seria para repassar sua experiência?! Como é que uma militante formada na tradição terrorista vai poder, ou querer, combater o terrorismo? A França está minada por um governo de esquerda marcado por uma ideologia que considera o terrorismo um ato legitimo para mudar a sociedade. Como ser inimigo de quem defende teses iguais? Aqui no Brasil, só para lembrar, a medida tomada pelo governo esquerdista ao assumir o poder foi a de indenizar os que cometeram ações terroristas. Com a desculpa que estavam combatendo a ditadura! Como se eles não fossem os responsáveis pela ditadura.

A esquerda não prende terrorista, ela premia. São inúmeros exemplos. Tomemos o governo Chinês: até hoje eles nunca descobriram as atrocidades do grande líder Mao Tse Tung (calcula-se que mataram quase cem milhões de chineses), e continuam homenageando-o. Na Coreia do Norte......bem, aí já é demais.

(Amaury Oliveira Tavares, médico e psicanalista, autor do livro O Esquerdismo como Patologia do Sonhar)

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