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Goiânia será melhor com Iris

No dia 24 de outubro do ano passado, aniversário de Goiânia, entrevistei Iris Rezende para o programa Raízes Jornalismo Cultural da PUC TV. Iris é a síntese da cultura que transforma e ensina pelo exemplo. Pessoas anônimas, artistas e intelectuais se encantam com a capacidade de Iris contar histórias e realizá-las. O foco da entrevista foi pedir a Iris para falar sobre a sua primeira administração enquanto prefeito de Goiânia, eleito em 1965. No último ano do seu mandato Iris Rezende foi cassado pela ditadura militar, quatro dias antes de inaugurar o Parque Mutirama, o sonho do menino candieiro de carro-de-bois em Cristianópolis, no interior goiano. Penso que esta administração foi a obra-prima de Iris, porque nela, principalmente, ele se descobriu administrador com talento para fazer muito com pouco dinheiro. Depois foi governador por dois mandatos, ministro duas vezes e prefeito reeleito.

Mas na primeira vez em que foi prefeito Iris transformou nossa capital em cidade importante e incorporou à administração o sistema de mutirão em que a população compareceu com as ferramentas para limpar os lotes baldios, construir praças, limpar ruas e construir casas populares para a população pobre, evitando as favelas na Capital fundada por Pedro Ludovico. As principais obras físicas deste período ainda estão aí para comprovar o dinamismo de Iris que continua ativo, saudável e determinado, para a alegria dos amigos, da família e dos moradores de Goiânia. Suas realizações são cantadas em prosa e verso como uma canção a um líder que acaricia todos os tempos.

Grandes personalidades da história realizaram grandes feitos às gerações futuras. Os clássicos da literatura mundial são obras-primas de seus autores que contribuíram com o conhecimento da humanidade. Dostoiévski escreveu dezenas de obras: romances, contos, ensaios e cartas. A sua obra-prima foi Crime e Castigo, ambientada em São Petersburgo. Influenciou, entre tantos escritores, Hermann Hesse, Proust, Willian Falkner, Camus, Kafka e Gabriel Garcia Márquez. O escritor russo Aleksei Rémizov escreveu A Rússia é Dostoiévski. A Rússia não existe sem Dostoiévski.

Administradores ousados são lembrados pelas suas realizações que fazem as pessoas mais felizes. Em 9 de julho deste ano escrevi uma crônica para o DMRevista com o título Cântico a um Líder: “Iris Rezende é festejado como um líder carismático e moderno. Sua vida é tema de artigos, crônicas, livros, programas de rádio e televisão, inclusive dissertações de mestrado e teses de doutorado. Somem-se a isso os discursos, homenagens e títulos que lhe foram prestados no curso da sua vida pública. Além do raro talento político sua alma é centrada na dignidade da população. Iris conversa com as pessoas olhando nos olhos, não desvia o seu olhar quando conversa com alguém, principalmente com as pessoas mais simples, os jovens e os idosos.” A principal vocação de Iris é o povo de Goiânia que o convoca novamente a ser prefeito. Parafraseando Rémizov: “Goiânia é Iris. Goiânia será melhor com Iris.”

(Doracino Naves, jornalista; apresentador do programa Raízes Jornalismo Cultural, PUC TV, sábado, 12h30. Reprise, domingo, 20h)

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