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Assaltos em Goiânia: como se prevenir?

Enganam-se quem pensa que só as coisas boas evoluem. A criminalidade no território goiano que o diga. O que no surgimento de Goiânia era um caso pontual e isolado, hoje é um número alto e bate aos nossos portões: o assalto.

Nas décadas de 1990 e 2000, o bordão utilizado para abordar as vítimas eram: “Mãos para cima, isto é um assalto!” e lá iam os criminosos revistar a vítima para levar todos os seus pertences. Atualmente, seu bordão é: “Perdeu-Perdeu, passa tudo!”, com a praticidade de que a vítima passará tudo, tendo o criminoso somente o trabalho de segurar a arma e sair correndo.

Em 2013 e 2014 realizei uma pesquisa em parceria com a UNIVERSO – Universidade Salgado de Oliveira, com os dados fornecidos pela Secretária de Segurança Pública (SSP) e cheguei à conclusão de que em 2013 ocorreram 8.348 assaltos e em 2014 o total de 10.750, ou como a SSP prefere chamar: “roubo a transeuntes”.

Em ambos os anos, a região da capital que ocorreu assaltos com maior frequência foi a região sul, tendo como principal dia da semana a quinta-feira, sendo predominante no período noturno, das 18h10 às 23h00, as vítimas preferidas são do sexo feminino, os autores em sua maioria são altos, magros e morenos, a fuga é feita em motocicletas e a arma de coação mais usada é faca seguida do revólver.

Pode-se pontuar três fatores predominantes que elevaram as práticas de assaltos na capital nos anos de 2013 e 2014, tais como: iluminação pública precária, sendo que em 2014 existiam 120 mil lâmpadas, dentre esse total 18 mil estavam queimadas e em sua grande maioria na região dos bairros Jardim Goiás e Setor Sul, que englobam a região Sul de Goiânia; o excesso de árvores que mal podadas tampam a iluminação pública existente e seus troncos escondem os marginais; e, por fim, o baixo efetivo policial que na época era o pouco mais de 13 mil policiais para uma população estimada em um milhão e trezentos mil goianos.

Sendo assim, a prevenção é o melhor remédio. Seguindo dicas de especialistas na área de segurança pública conseguimos evitar ser mais uma vítima de assalto. São elas: Em locais públicos caminhar preferencialmente em duas ou mais pessoas e pelas ruas bem iluminadas, pois diminuem as chances de você se tornar vítima; distribuir os pertences pelo corpo, pois na ação criminosa o bandido na pressa pode não perceber que você porta mais de um objeto; evitar andar com anéis e gargantilhas, pois pode chamar a atenção de criminosos.

Quanto ao uso do telefone celular em espaços públicos, aconselham-se evitar atender, pois no momento em que falamos ao celular além de sermos uma vítima vulnerável estaremos, ainda, chamando a atenção de bandidos e evitar inserir nomes de parentes seguidos de parentesco na agenda telefônica, pois além de vítimas de assaltos, podemos ser alvos de golpes denominados como “alô titia” e dentre outros, já que os bandidos terão acesso ao número, o nome e o grau de parentesco da pessoa no seu celular.

Caso, mesmo evitando ser uma vítima e você seja acometido em situação de assalto lá vão às dicas: Entregue tudo que o criminoso pedir; não tente negociar com ele; evite fazer movimentos bruscos, sempre falando o que fará; não gritar e não pedir para o bandido mostrar a arma; e, jamais, nunca reagir em um assalto!

(Felipe Aquino Domiciano, escritor)

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