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OPINIÃO

A máscara quando cai nem a maquiagem dá jeito

O Papa pisoteou a Escritura e papou a pizza. O Arcebispo desabou com o peso do sobrecu, notória rabadilha para alguns fiéis. O Bispo bispou a bolsa do Banco da Santa Sé. O Frade fraudou a fatura. O Padre empreendeu fuga com a Madre. O Pastor chutou a imagem da Santa. O Procurador prossegue procurando o que não perdeu. A Presidenta (sic) perdeu a presidência. O ex-Presidente que havia perdido um dedo passou os cinco no bolso do povo e encheu o seu com Petrodólares. O povo ficou chupando o próprio dedo e não o que o ex perdeu. O muro do Mundo Político-Brasil ainda vai acabar caindo na cabeça do Moro. Os Patetas Procuradores vão continuar fazendo patetadas. O povo, sabe-se lá bom ou mau, chora largado. A vida da aldeia brasilis segue surda, muda, cega e inodora.

Parar aqui bastava esperar milionésimos segundos para a tempestade de impropérios e censuras desabar qual castigo celeste e o consumir do fogo das profundezas mais profundas do submundo do “sai capeta”. Não por isso sobrestamos, mas, também, pode até ser porque não é de bom alvitre atrever-se a tais arroubos de coragens, não é verdade?! Então, depois da comicidade sem malícia ou qualquer similaridade, mas, tão só aspirando proximidade e informalidade, vamos ao que interessa.

A investigação afirma, mas, não confirma. O disparo “Caixa 2” colide no elmo “aprovado” com a chancela do poder fiscalizador corroborando para subir o tom da retórica de legalidade das doações. Com tantas contribuições durante as campanhas políticas feitas “estritamente” dentro da lei não há o que discutir nem seguir investigando e, menos ainda, prosseguir com a “Operação Mãos Limpas”, aliás, Lava-jato. Continuar, decisivamente, é fazer gastança com o erário, portanto, um risco para quem assim procede e prossegue. É bom lembrar que dinheiro público é do povo.

A ciência que estuda o sentido psicológico do indivíduo aponta que a pressão continuada, ou seja, a adrenalina mantida em picos elevados afeta a capacidade cognitiva da pessoa e provoca desmesurados transtornos mentais, indicando, desse modo, que o cérebro é afetado e o raciocínio perde o vínculo com a razão.

Os atores postados no cenário de caça ao rato, envolvidos na dança do poder com a música “Lava-Jato” sob a batuta do maestro Moro, conhecem todos, aqui a convicção de todos mesmo, a Teoria da Mentira, dado que ainda há bailado e o fracasso não o abateu.

Um fenômeno consistente e relevante na Teoria da Mentira aponta que quem conhece a mentira conhece a verdade e por tal razão consegue argumentar com o objetivo de enganar, assim, a mentira é um ato deliberado com a crença de atingir o alvo, ou seja, mudar a opinião contrária.

O hipotético direito de mentir encontra divergência entre os Filósofos Benjamim Constant, Immanuel Kant e Arthur Schopenhauer. Constant defende que devemos dizer a verdade quando o ouvinte tiver direito a ela, Kant acredita que os indivíduos não têm direito de mentir e Schopenhauer acredita que temos o direito de mentir em determinadas condições.

Outro dado significante aponta que os conflitos históricos provocados por políticas envolvendo esquerda, direita e centro dentre outras comumente extrapolam os limites territoriais, econômicos e culturais. Dentro da linha de tal raciocínio uma pergunta que não quer calar: “Que país, moeda e povo se beneficiam com a crise que o Brasil e os brasileiros atravessam?”

Assim pensando, para abalizar nosso sentir buscamos a análise que situa crença a persuasão da verdade, sem implicar em prova; certeza, raciocínio dedutivo e ou observação dos fatos; dúvida, a opinião dividida entre duas ou mais posições, até que venha a se fixar em uma; juízo, a afirmação ou negação que conclui uma dúvida e permite eliminar as alternativas; crença, estado altamente emocional, um ato de vontade: quando vemos ou sentimos razão para crer em algo, cremos, portanto, a crença é o oposto da opinião bem construída e, ainda mais distante está da opinião científica, em que a opinião e o juízo são o resultado de uma acumulação de provas.

Como em geral as pessoas pensam? Alguns por suas emoções, preconceitos, estereótipos e outros conceitos, mas, certamente, uma concordância sobre tudo que está ocorrendo no Brasil mostra claramente como a cara de cada personagem vai ficar registrada nos anais da história porque a máscara quando cai nem a maquiagem dá jeito.

(Miron Parreira Veloso, jornalista, radialista, escritor, bel. em C. Contábeis e gestor público. Livro pub: Gestão Pública – Prática e Teoria (UEG))

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