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OPINIÃO

O grão-mestre do jornalismo cultural e da publicidade

Ele nasceu um ano e meio após a edição do primeiro jornal do Goiás, a Matutina Meiapontense, sediada em Pirenópolis. Três anos após o seu nascimento, foi criada a Associação Goiana de Imprensa, entidade que ele brilhantemente presidiu durante cinco mandatos. A trajetória desse mineiro de Conquista, que veio para Goiânia, em 1942 tem raízes muito profundas na história do jornalismo, da publicidade e da cultura em nosso Estado.

Foi um dos principais responsáveis pela criação da maior instituição acadêmica nesta área na capital, o curso de Jornalismo da Universidade Federal de Goiás. Ele propôs a ideia ao então reitor, Colemar Natal e Silva num momento em que poucos Estados possuíam esse curso universitário. O reitor fundou o curso com entusiasmo, porém, Colemar foi cassado pelo movimento militar de 1964, mas o interventor nomeado, Jerônimo Geraldo de Queiroz, abraçou o projeto e oficializou o novo curso na UFG, em 1966.

É o criador, no ano de 1956, da primeira agência de publicidade e propaganda de Goiás, a WM Publicidade. Foi um dos grandes artífices da oficialização dessa profissão e fundador da Associação Goiana de Propaganda, ao lado de Isorico Barbosa de Godoy e Zander Campos. Aos 82 anos de idade, o honrado mestre Walter Menezes, diretor e editor de tantos jornais e revistas, atualmente em plena atividade à frente do Jornal da Cultura Goiana, mostra a mesma dedicação e entusiasmo do início da sua consagrada carreira.

Memória viva a verdadeira enciclopédia de acontecimentos marcantes da história de Goiás, o jornalista Walter Menezes produziu inúmeras contribuições do mais alto relevo ao desenvolvimento do Estado e à afirmação da identidade goiana. Ajudou a fundar e trabalhou em diversos jornais, como o Cinco de Março – veículo que deu origem ao Diário da Manhã, criado por Batista Custódio e Consuelo Nasser, que foi um estandarte na luta contra a ditadura.

Exímio, determinado e ardoroso defensor das causas democráticas e da liberdade de expressão, durante muitos anos ele dirigiu a AGI, entidade pioneira, que teve na sua presidência, na década de 40, Joaquim Câmara, fundador do jornal O Popular e na década de 60, o jornalista Batista Custódio, editor do Diário da Manhã. Uma associação muito influente em setembro próximo completa 84 anos de fundação, que teve em seus quadros personalidades de grande expressão na vida nacional, como os ex-ministros de Estado, Leopoldo Bulhões e o jornalista Alfredo Nasser.

Exemplo de honradez e dignidade humana, entre os diversos movimentos, liderados e apoiados por Walter Menezes está a campanha pela valorização da ética e o combate à prática de corrupção em todos os campos de atividade. Ao lado do jornalista Antonio Lessa foi um dos entusiastas do projeto Goianidade, que visava a união de forças em todos os níveis sociais, econômico e político, em prol de uma pauta comum de reivindicações do Estado de Goiás.

Recebeu em 2012 pelo Conselho Estadual da Cultura, a justa homenagem com o diploma “Destaque Cultural do Ano”, pelo seu trabalho intenso de divulgação e valorização da memória histórica e cultural do Estado, através do Jornal da Cultura Goiana, uma publicação que realça acontecimentos da história e da atualidade acerca de todas as modalidades culturais.

A maior láurea da imprensa brasileira

Em 1966 lhe foi concebida a maior láurea da imprensa brasileira pela Ordem dos Jornalistas do Brasil, entidade reconhecida por decreto federal no governo João Goulart, recomendado posteriormente por Fernando Henrique Cardoso.

Um dos legados do pensador ateniense, Sócrates ensina à humanidade que, para conseguir a amizade de uma pessoa digna “é preciso desenvolvermos em nós mesmos as qualidades que naquela admiramos”. Walter Menezes é um amigo, que se distingue pela vida digna, simples e humanidade. Ele fez e faz história. Destacou-se como um dos mais influentes jornalistas de Goiás. Homem vocacionado, ele tem uma vida inteiramente dedicada à livre expressão e à valorização profissional. Ávido leitor dos clássicos da literatura brasileira e universal, Walter Menezes é um intelectual diferenciado, que encanta pelo seu exemplo de trabalho incansável pelas causas mais nobres do nosso Estado.

(Antônio Almeida, presidente do Conselho de Responsabilidade Social, vice-presidente da Fieg, conselheiro do Cores da CNi, presidente do Sindicato da Industria Gráfica do Estado de Goiás (Sigego) e Abigraf/Regional Goiás, presidente de honra da Abraxp e diretor presidente da Editora Kelps)

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