Home / Opinião

OPINIÃO

Vida de idosos

Globalmente, nos países desenvolvidos e nos países em desenvolvimento, a mortalidade das pessoas idosas está em declínio e a expectativa de vida, em ascensão. Antes da década de 1960, grande parte dos idosos morriam antes de completarem 70 anos de idade. Hoje, a média de vida do homem brasileiro está acima dos 75 anos, com forte tendência de ampliar, graças ao avanço da ciência e da tecnologia. Mas, nem tudo são flores nesse jardim. Apesar de todas essas conquistas e expectativas, os idosos no Brasil são relegados a segundo plano, abandonados e entregues à própria sorte, pelas famílias, pelo governo e pela própria sociedade. É, talvez, a maior injustiça que cometemos contra os idosos.
Tanto agora, como no passado, os prováveis fatores determinantes do destino dos idosos são definidos na origem: onde nasceram, as condições educacionais, econômicas e familiares, bem como a ausência de cuidados com a própria saúde. No entanto, um dos mais importantes avanços na saúde pública, que atingiu todos os países, e agora devem alcançar também os idosos, derivam da prevenção e combate as doenças. Tudo isso é muito importante e indispensável à conservação da saúde e da vida dos idosos. Todavia, a melhor e mais importante ajuda que podemos dar aos idosos, não é material, é espiritual, é o respeito de todos, o carinho da família e o amor dos filhos.
No Brasil, a vida dos idosos, com poucas e raras exceções, é muito difícil e incompreendida. Aliás, podemos citar os dois extremos da vida que merecem mais atenção de todos: as crianças e os idosos. Quando se trata de crianças, mesmo não sendo bem assistidas, como deveriam e merecem, há pelo menos uma cobrança maior da sociedade. Agora, quando o assunto são os idosos, são sempre vistos e considerados como problemas e encargos para as famílias e sociedade. Infelizmente, às vezes esquecemos que os jovens de hoje, serão os idosos de manhã, sujeitos, inclusive, a receberem o mesmo tratamento que dispensam hoje aos atuais idosos. Esquecemos, também, que os idosos de hoje, foram jovens ontem, nos deram a vida e construíram a sociedade onde vivemos.
Nesta tarde de quinta-feira, que antecede a sexta-feira santa, exorto aos irmãos brasileiros para olharmos e cuidarmos melhor dos idosos, não separá-los de suas famílias, não colocá-los em abrigos, não deixá-los nas ruas, não deixá-los sem assistência médica, não deixarmos de amá-los e nunca abandoná-los. Vamos dispensar aos idosos brasileiros, os mesmos cuidados e preocupações dispensados às crianças e aos adolescentes. Ambos são merecedores dos cuidados das famílias, dos governos e da sociedade, pelo que já fizeram e pelo que vão fazer. Não acreditamos que haja corações insensíveis, ao ponto de depararem com idosos e crianças entregues à própria sorte e não sintam a obrigação e o desejo de ajudá-los.

Leia também:

  

edição
do dia

Capa do dia

últimas
notícias

+ notícias