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OPINIÃO

Tecnologia alinhada à capacitação

Os tempos mudaram. O cenário que se vê no campo hoje é bem diferente da realidade de anos anteriores. A tecnologia e a inovação invadiram as propriedades rurais e têm beneficiado de forma positiva produtores e trabalhadores que atuam no agronegócio. Quem imaginava que smartphones, tablets e outros aplicativos, por exemplo, que até então eram instrumentos de trabalho no meio urbano, se tornariam aliados do homem do campo!? É cada vez mais comum utilizar esses aparelhos como fonte de informação ou para consultar previsão do tempo e cotações, fazer cálculo de aplicação de defensivos e até mesmo para prever o período certo de plantio. As pesquisas também avançaram e contribuem para que novas variedades de capim, soja, milho e outras culturas sejam colocadas no mercado mais resistentes à seca, pragas e com níveis bem melhores de produção. É a inovação com foco em produtividade.

Seja na parte técnica ou gerencial, a inovação tecnológica colabora para otimizar tempo, reduzir custos, promover medidas preventivas, além de melhorar o desempenho produtivo, econômico, social e até ambiental no meio rural. E por ser um segmento relevante, que é responsável por gerar emprego e renda para o Brasil, o agronegócio precisa que a tecnologia sempre trabalhe a seu favor. Se pegarmos dados relacionados ao Produto Interno Bruto (PIB), percebemos que o único setor que teve crescimento no ano de 2016 foi o setor agropecuário que cresceu 0,6%, enquanto a indústria caiu 3,7% e o setor de serviços caiu 2,9%. Enquanto todo o cenário econômico e político resultavam em quedas e prejuízos nas indústrias e comércios, nós crescemos.  Então, precisamos investir, constantemente, na inovação tecnológica para mover toda a cadeia e incentivar que outros setores também cresçam e se desenvolvam.

A agricultura e pecuária de precisão são exemplos. O produtor, na intenção de evitar erros, facilitar a tomada de decisões e aumentar o lucro, passou a investir em meios para alcançar precisão, em especial na cadeia leiteira. Hoje, existem modernos sistemas robóticos, avanços no processo de ordenha e na parte de pesquisa e genética que permitem melhorar a saúde e o bem-estar animal, detectar vacas doentes e reconhecer o tratamento correto. Com isso, as propriedades se tornam mais eficientes, se comprometem menos com custeio e ampliam margens de lucro.

Mas não basta investir em equipamentos tecnológicos ou garantir que a inovação faça parte da rotina de uma propriedade rural. É preciso planejar para aproveitar ao máximo o que a tecnologia pode oferecer. Uma das formas é buscar a qualificação e o aperfeiçoamento profissional. O Serviço Nacional de Aprendizagem Rural em Goiás (Senar Goiás) possui um portfólio de cursos, treinamentos e programas voltado para beneficiar o homem do campo. Na área de mecanização agrícola, a instituição registrou aumento na demanda por cursos voltados para a agricultura de precisão. Isso porque o produtor tem percebido a necessidade de aliar a tecnologia com a capacitação. O resultado pode vir em ganho de eficiência e economia.

(José Mário Schreiner é presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg), do Conselho Administrativo do Senar Goiás e vice-presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA))

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