Home / Opinião

OPINIÃO

Festas do fim

“Eu vim pa­ra os meus, e eles Me re­jei­ta­ram”, dis­se Je­sus. As coi­sas sim­ples vem ge­ral­men­te aos sim­ples com a mai­or fa­ci­li­da­de, mas mui­tos de­les são os ce­gos, que nun­ca que­rem ver. Cer­ta­men­te vo­cê já não é MAIS um de­les, até por­que es­tá len­do e re­fle­tin­do nes­te sim­ples pen­sa­men­to. Lan­ce um olhar sá­bio so­bre a na­tu­re­za, e se de­mo­re nas coi­sa sim­ples des­ta vi­da e ati­va­rá a es­sên­cia do bem den­tro de vo­cê.

“Do que adi­an­ta, Je­sus nas­cer um mi­lhão de ve­zes na man­je­dou­ra de Be­lém, se ain­da não nas­ceu den­tro de vo­cê, no seu co­ra­ção?” Is­so é sen­ti­men­to pa­ra to­do dia.

Ou­ço ti­ros, mui­tos ti­ros, em lou­vor ao nas­ci­men­to de Je­sus nes­te 25 de de­zem­bro. Quan­tos de­les dei­xa­ram de se ali­men­tar a fim de com­prar os fo­gos, só ten­do em con­ta a quei­ma­ção! Co­mo são far­ris­tas os ir­re­fle­xi­vos, ve­jo aqui a ale­gria car­na­va­les­ca, sem cau­sa. Quão fá­cil é pin­tar a re­li­gi­o­si­da­de im­pos­ta com o fú­til bri­lho dos fo­gos! Eles, os an­te­di­lu­vi­a­nos mo­der­nos, acre­di­tam mais no Pa­pai No­el e Rei Mo­mo do que nas evi­dên­cias da des­tru­i­ção pre­vis­ta pa­ra 2017. Po­de não ser o fim do mun­do ago­ra, mas de­vi­do es­ta cer­te­za, se­rá mais um aler­ta. En­tre a Man­je­dou­ra e o Sam­bó­dro­mo há um Meio Am­bi­en­te de­pre­da­do!

DE­SE­JO-LHE UM DIA DE CA­DA VEZ EM 2017 e tal­vez o tem­po pas­se mais len­to à vis­ta dos en­te­di­a­dos! Se qui­ser va­lo­ri­zar, e pla­ne­jar o ano no­vo, e pro­fe­ti­zar, fa­rá do seu tem­po um ca­so per­di­do tam­bém, a fim de que o té­dio o fa­ça lon­go e can­sa­ti­vo. Mal­di­to to­dos os dia de uma só vez. É por­tan­to um va­lor não per­ce­bi­do por eles: o dia da vez. "Só exis­tem dois di­as no ano que na­da po­de ser fei­to. Um se cha­ma on­tem e o ou­tro se cha­ma ama­nhã, por­tan­to ho­je é o dia cer­to pa­ra amar, acre­di­tar, fa­zer e prin­ci­pal­men­te vi­ver." (Da­lai La­ma).

Ho­je, é o dia de ca­pri­char, vo­cês me dão co­ra­gem nes­ta di­re­ção. Mes­mo ain­da pre­ci­san­do de ter ou­sa­di­as cal­cu­la­das, vou fa­zen­do ras­tros na areia sol­ta. Sei mui­to bem so­bre mi­nha na­tu­ra­li­da­de e, po­der cha­mar a aten­ção de pes­so­as di­fe­ren­tes é ma­ra­vi­lho­so, por is­so vou apro­vei­tar o ir­re­cu­pe­rá­vel dia em prol de co­nhe­cer pes­so­as in­te­res­san­tes. Por que eu es­tou cheio de es­pe­ran­ça e pla­nos não pa­ra o fu­tu­ro, mas pa­ra ho­je. E pen­san­do em nós, te­rei de ade­quar mui­tas das mi­nha idei­as à re­a­li­da­de pre­sen­te. Não pos­so de­sa­ni­mar de no­vo, ja­mais!

(Clau­de­ci Fer­rei­ra de An­dra­de, pós-gra­du­a­do em Lín­gua Por­tu­gue­sa, li­cen­cia­do em Le­tras, ba­cha­rel em Te­o­lo­gia, pro­fes­sor de fi­lo­so­fia, gra­má­ti­ca e re­da­ção em Se­na­dor Ca­ne­do, fun­cio­ná­rio pú­bli­co)

Leia também:

edição
do dia

Capa do dia

últimas
notícias

+ notícias