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OPINIÃO

O céu está calado enquanto o mundo se soca e o Brasil suicida

Sopesando o paraíso terra somos induzidos a considerar que a evolução do planeta azul o está levando a se transformar em cinza.

Com raras exceções verifica-se que não importa à mídia a destruição está sempre anunciada. As tragédias chegam a pé arrastando, andando, no trote, de carreirinha ou carreirão, montadas em cavalos, jumentos, burros e outros bichos das mais variadas cores, em jangadas, barcos, caravelas, iates, navios e outras embarcações, de trem, veículos e aviões, pelos jornais, rádio, televisão e até por internet ou telepatia.

Não bastasse a poluição do ar, terra e mar o ser humano se envenena no ódio exacerbado ao pensamento ou opinião contrária. Tudo é enxovalhado: corpo, mente e alma. A comprovação desta afirmação é instantânea e acelerada porque dentro de segundos será descartada.

Aconteceu agora e já é passado a presidência da Coréia do Sul ordenando investigação interna contra ação dos Estados Unidos em seu país relativa aos mísseis Thaad na região sudeste de Seongju. A atitude norte-americana aquece as ameaças da Coréia do Norte.

Esquentam e requentam informações. A notícia sobre a matança na Síria continua ao tempo em que silencia sobre a destruição de Israel sobre a Palestina. Países da Europa divergem em acusações à Rússia. O pau come solto na África e vidas são sacrificadas pela omissão dos países ricos que os exploraram e continuam chupando o sangue. Noventa e nove por cento dos povos das Américas morrem de fome enquanto um por cento vomitam por excesso de bebida e comilança.

Até agora não confirmado, mas, quem me contou foi um pescador, avistados e abordados os extraterrestres podem chegar primeiro ao Brasil para implantar a política da boa-vizinhança antes de se revelar para os demais povos do planeta terra.

Como é esperada a vinda dos cabeçudinhos extra-planeta, primeiro à terra-brasílis, a força-tarefa da Operação Lava Jato deve continuar divulgando, em coletiva à imprensa e sob os holofotes das mídias de imagens que a defesa do ex-presidente Lula "prestou informação falsa à sociedade". Seria interessante, como não há nenhum abduzido, vê-los convocando “médiuns” para interrogar a ex-primeira dama dado o desrespeito com que tratam o estado de direito e a inteligência das pessoas.

Afirmei antes e reafirmo que o Brasil precisa dar um basta ao Estado Policial. Quem ocupa os cargos na Polícia Federal, na Procuradoria ou Ministério Público e no Judiciário não é nenhum “cabeçudinho extra-planeta”.

A consideração que é dada às peças de uma investigação, inquérito, ao processo e julgamento não se alteram em relação ao peso e importância. Para que cada um possa se situar, certamente não se aplicando aos juristas e estudiosos da área, recordamos que a rainha das provas é a confissão e a testemunha é a prostituta.

Com o instituto da delação premiada quero acreditar que o delator deve merecer uma consideração. Como é réu que confessa e ao mesmo tempo testemunha é imaginável, por dedução, tratar-se de “rainha-prostituta”.

Como no Brasil fica mais fácil analogia com o futebol é fácil conferir que parte da torcida quer novo técnico, a seguinte o defende e distinta xinga o juiz de ladrão e que ele é filho de pessoa não distinta.

Enquanto isso o advogado do ex-presidente reclama: "Excelência... acho que não é uma forma adequada de se referir a um ex-presidente da República". Como resposta um: “... provavelmente foi um lapso verbal!”.

Existe tempo e limite pra tudo, principalmente, e aqui cabe reflexão, quando se observa que o céu está calado enquanto o mundo se soca e o Brasil suicida.

(Miron Parreira Veloso, jornalista,   radialista, escritor, bel. C. Contábeis,  g. público. Livro pub. Gestão Pública – Prática e Teoria (UEG))

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