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Aprovação de ajuste reduzirá impacto de corte, diz Temer

  A aprovação de medidas do ajuste fiscal, como mudanças na legislação trabalhista e previdenciária, é importante para reduzir o impacto do corte no orçamento dos ministérios. A avaliação é do vice-presidente Michel Temer, que demonstrou otimismo diante d

A aprovação de medidas do ajuste fiscal, como mudanças na legislação trabalhista e previdenciária, é importante para reduzir o impacto do corte no orçamento dos ministérios. A avaliação é do vice-presidente Michel Temer, que demonstrou otimismo diante da aprovação das propostas nesta semana, no Congresso Nacional. “Se não houver o ajuste, o contingenciamento será muito radical. Se houver o ajuste, o contingenciamento será muito menor”, afirmou Temer, ontem. Ele afirmou já ter iniciado negociações com ministros e lideranças da base aliada, inclusive do PT.

“Estou até sugerindo para o PT, que tem entrosamento com os trabalhadores, com as centrais, que se dedique à aprovação, assim como os demais partidos da base aliada”, disse, pouco antes de se reunir com senadores e deputados federais.

O vice-presidente, atual articulador político da presidente Dilma, disse ter “convicção” de que o resultado das votações será positivo e destacou ser importante manter “unidade dos votos dos partidos (aliados)”. “Liguei para todos os ministros do PMDB, todos os ministros avisados, pedindo que eles falem com os nossos deputados, para que haja essa aprovação. “Questionado se o governo já cedeu demais diante da proposta original, ele reconheceu que este é o ajuste possível”.

RENAN

O vice-presidente minimizou atritos com o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), que vem fazendo críticas recorrentes à presidente Dilma. Para Temer, o projeto da terceirização terá uma “votação tranquila” na Casa – a proposta foi alvo de embate entre o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e Calheiros.

“Eu acho que o Renan tem duas qualidades: ele é um homem bem elegante, tem longa trajetória pública, compatível com necessidade do País”, afagou. Na semana passada, Temer disse que o País precisa de políticos à altura dos desafios. A declaração foi feita depois de Renan chamá-lo indiretamente de “coordenador de RH” do governo federal.

Medidas provisórias

O vice-presidente da República, Michel Temer, voltou a se reunir com líderes do governo no Congresso Nacional, ontem, para discutir as votações das medidas provisórias enviadas ao Legislativo que tornam mais rigoroso o acesso da população a benefícios trabalhistas e compõem o ajuste fiscal do governo.

Desde o início do ano, o governo tem adotado medidas para reduzir gastos e reequilibrar as contas públicas. Entre essas ações, que foram enviadas ao Congresso, duas medidas provisórias (MP 664 e MP 665) que impõem restrições para o acesso ao seguro-desemprego, pensão por morte, abono salarial, seguro-defeso e auxílio-doença. Além disso, o governo enviou um projeto de lei que altera a desoneração da folha de pagamento das empresas.

De acordo com a assessoria da vice-presidência, foram chamados ao Planalto os líderes do governo no Congresso, senador José Pimentel (PT-CE), na Câmara, José Guimarães (PT-CE), e no Senado, Delcídio do Amaral (PT-MS).

Novo responsável pela articulação política do governo, Temer tem se reunido semanalmente com os líderes da base e ministros para tratar das votações prioritárias na Câmara e no Senado. Nesses encontros, que ocorrem no Palácio do Planalto, eles definem como a base votará os projetos de interesse do Executivo.

Das MPs que foram discutidas na reunião de ontem, a 665, que altera o acesso ao seguro-desemprego, seguro-defeso e abono salarial, foi aprovada na semana passada pela comissão mista que a analisava no Congresso. Agora, coube à Câmara votar o projeto e, depois, o texto seguirá para o Senado. A MP 664 ainda precisa ser aprovada na comissão mista para, depois, seguir para  análise nos plenários da Câmara e do Senado.