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 Justiça mantém prisão de Tiãozinho Costa e sequestra seus bens

A juíza da 10ª Vara Criminal, Placidina Pires, recebeu a denúncia oferecida pelo Ministério Público contra os envolvidos na Operação Compadrio investigados na primeira fase dos trabalhos. O primeiro investigado e denunciado é o ex-prefeito de Araçú, Sebas

A juíza da 10ª Vara Criminal, Placidina Pires, recebeu a denúncia oferecida pelo Ministério Público contra os envolvidos na Operação Compadrio investigados na primeira fase dos trabalhos. O primeiro investigado e denunciado é o ex-prefeito de Araçú, Sebastião Costa Filho, conhecido como Tiãozinho Costa, preso preventivamente e que foi mantido encarcerado, além de ter seus bens sequestrados pela Justiça.

Os promotores de Justiça do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), junto com o promotor Fernando Krebs descreveram a conduta de cada um dos 17 denunciados, com base em inquérito que começou com o objetivo de descobrir casos de funcionários fantasmas na Assembleia Legislativa. O caso teve início ainda quando Tiãozinho Costa era deputado estadual. O único poupado na denúncia foi Demes Rosa de Castro, beneficiado com o instituto da delação premiada, por ter colaborado com o MP denunciando todo o esquema.

Além de Tiãozinho Costa foi mantido preso “por manutenção da ordem pública e para garantia da instrução criminal” seu cunhado, Geraldo Magella. Esse último já foi condenado por crime de ocultação de informação em documento público e cumpre pena alternativa. A juíza anotou na decisão haver uma “circunstância que demonstra a necessidade da manutenção de suas segregações cautelares para a garantia da ordem pública, pois, uma vez soltos, encontrarão estímulos para prosseguir em suas empreitadas delituosas.

Além disso, continuou a magistrada, Tiãozinho Costa e Geraldo Magella ainda possuem alto poder de influência na administração pública”, havendo o receio de que “em liberdade se movimentem para destruir provas e, ainda, intimidar ou manipular testemunhas”.

O filho de Tiãozinho Costa, Matheus Costa, também foi denunciado criminalmente como beneficiário de recursos recebidos ilegalmente. Matheus é cantor sertanejo e fez shows pagos com dinheiro público que foram repassados para as empresas de seu pai. A defesa de Tiãozinho Costa admitiu que muitas dessas empresas estão em nome de laranjas, que também foram alvo da denúncia criminal.

Além de bloquear e sequestrar os bens dos envolvidos para garantir o ressarcimento dos prejuízos causados ao erário, a juíza Placidina decretou a proibição deles em contratar com o poder público, de ser nomeado para cargos públicos e de receber benefícios do poder público. “Conforme já asseverado, há indícios suficientes de que os denunciados estejam envolvidos em uma organização criminosa especializada na prática de delitos de peculato e lavagem de capitais, retirando a paz social e causando prejuízos inestimáveis ao erário”, frisou.

Relação dos denunciados:

Claudiane Freire Carvalho Costa

Ednei Moreira Borges

Fábio de Oliveira Lemes

Geraldo Magella Rodrigues Da Silva

Gerson Ribeiro Pantaleão

Idamir Correia Guimarães Rosa

José Ricardo Ribeiro Pantaleão

Luciano Alves Souza

Maria do Livramento Guimarães

Marina Correa Costa Rodrigues

Matheus Freire Carvalho Costa

Osmar Pires de Magalhães

Percival de Abreu Carvalho Júnior

Sandra Beatriz Correia e Costa

Sebastião Costa Filho

Sérgio Ricardo de Castro

Vinícius Correa Costa Rodrigues