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Ex-ministro Moro indica a aliados que deve depor à CPMI das fake news

Aliados próximos a Moro, afirmam que o ex-ministro de Justiça do governo de Jair Bolsonaro (sem partido) está disposto a depor na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI), que investiga a propagação de fake news no Congresso Nacional. A expectativ

Aliados próximos a Moro, afirmam que o ex-ministro de Justiça do governo de Jair Bolsonaro (sem partido) está disposto a depor na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI), que investiga a propagação de fake news no Congresso Nacional. A expectativa pela confirmação é intensa dentro do grupo.

Moro deverá não só encarar as críticas de parlamentares fiéis ao presidente, como também de integrantes da oposição e do próprio presidente da CPMI, o senador Angelo Coronel (PSD-BA). O presidente da comissão disse que Moro prevaricou ao não denunciar o presidente. O ex-ministro contou que Bolsonaro pediu para ter acesso a Polícia Federal (PF).

"A partir do momento em que Moro diz que o presidente pedia informações sigilosas, mas ele não fornecia essas informações, mas não denunciou o presidente, ele cometeu crime de prevaricação", destacou.

O senador disse que Moro deverá ser convocado assim que a CPMI voltar a funcionar, a comissão foi suspensa por conta do novo coronavírus. Segundo ele, a medida se justifica porque o ex- ministro declarou não ter assinado a exoneração de Maurício Valeixo do cargo de diretor-geral da PF, publicado em Diário Oficial. Isto, para o senador, se caracterizaria uma fake news. E ainda sustentou que "o argumento para convocação do ministro está em cima da assinatura que ele não deu".

A comissão quer aproveitar para perguntar a Moro se ele tem mais mensagens gravadas com Jair Bolsonaro e para tentar comprovar se ele tem razão no que acusou o presidente.

O ex-ministro da Justiça também afirmou que Bolsonaro decidiu trocar a direção-geral da PF porque gostaria de ter acesso a informações de inquéritos sobre a família dele. Através de sua assessoria Moro não quis responder aos ataques do senador Angelo Coronel, mas também não afirmou que deixará de comparecer à CPMI por conta disso.

Após a coletiva polêmica de sua exoneração, na semana passada, o ex- ministro optou por se preservar nos últimos dias. Ele evitou fazer comentários sobre a indicação do novo diretor da PF e das indiretas do presidente durante a posse de seu substituto, o ex- advogado-geral da União, André Mendonça.

Bolsonaro chegou a dizer que nenhum presidente conseguiu fazer o time dos seus sonhos e que seus integrantes "também se cansam". O ex-ministro também deve falar no inquérito aberto pelo ministro Celso de Melo, do Supremo Tribunal Federal (STF), que trata de suas denúncias. O pedido de investigação foi feito pelo procurador-geral da República, Augusto Aras.

*Com informações do Uol