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Ex-auxiliar de Iris Rezende vota contra homenagem ao ex-prefeito

Alegando que a alteração do nome da Avenida Castelo Branco poderia, segundo ele, “prejudicar o setor produtivo local que gera milhares de empregos e é referência no Brasil no segmento do Agronegócio” (sic), o vereador de Goiânia Henrique Alves (MDB) vot

Alegando que a alteração do nome da Avenida Castelo Branco poderia, segundo ele, “prejudicar o setor produtivo local que gera milhares de empregos e é referência no Brasil no segmento do Agronegócio” (sic), o vereador de Goiânia Henrique Alves (MDB) votou pela manutenção do veto do prefeito Rogério Cruz (Republicanos) à homenagem ao ex-governador de Goiás e ex-prefeito de Goiânia Iris Rezende Machado. Em dezembro do ano passado, a própria Câmara, com os votos de 32 vereadores, aprovou o projeto de autoria do vereador Clécio Alves (MDB) que mudava o nome da Avenida Castelo Branco, uma das principais vias de Goiânia, para Avenida Iris Rezende Machado. O PL, no entanto, foi vetado pelo prefeito da capital, Rogério Cruz (Republicanos). Na semana passada, a Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJ) da Casa, presidida pelo próprio Henrique Alves, decidiu pela derrubada do veto do prefeito. Levado a plenário nesta terça-feira (22/02), o veto, no entanto, foi mantido por 24 votos a 8, incluindo os votos dos emedebistas Henrique Alves, Kleybe Morais e Anselmo Pereira. Dr. Gean, também do MDB, não compareceu para a votação. Henrique Alves foi secretário de Planejamento da última gestão do prefeito Iris Rezende na Prefeitura de Goiânia e foi eleito vereador com 4.372 votos. Sem dúvidas, Alves contou, para sua eleição, com a alta popularidade de Iris Rezende e reconhecimento pelas várias realizações da gestão irista, como, por exemplo, a entrega de escrituras definitivas para milhares de moradores da capital, ação coordenada pela Secretaria de Planejamento, da qual era titular. Entre grupos emedebistas, a atitude de Henrique Alves foi veementemente criticada.

Fio Direto

Fortes críticas
Ex-presidente da Câmara Municipal de Goiânia, Andrey Azeredo (MDB) chegou a sugerir que foi uma covardia dos vereadores do MDB negarem essa singela homenagem a Iris Rezende. “Parece inverossímil que muitos daqueles que foram eleitos como vereadores no esteio da alta popularidade de Iris em Goiânia (todos os do MDB) – ou que usaram, a seu favor, projetos das secretarias que comandavam, onde estavam por escolha de Iris – tenham votado contra a homenagem”, lamentou Andrey em suas redes.

Indignado
O vereador Clécio Alves (MDB), autor da matéria que tinha como objetivo mudar o nome da Avenida Castelo Branco para Avenida Iris Rezende, ficou indignado com a mudança de posição dos seus colegas, que em dezembro haviam votado pela homenagem e agora, depois de pressionados, mudaram o entendimento. "Quem vota a favor e depois, por pressão, vota contra, pra mim é um verme", bradou.

Justificativa
Em seu voto no plenário da Câmara Municipal, Henrique Alves disse que Iris Rezende merece todas as homenagens, "mas não aquelas homenagens que causem discordância, discórdia ou que venham prejudicar comerciantes e empresários de Goiânia". O vereador não explicou, no entanto, porque foi favorável à homenagem na primeira votação na Casa.

Boi-de-Piranha
Emedebistas, ex-aliados de Gustavo Mendanha (sem partido), acreditam que o prefeito de Aparecida de Goiânia estaria sendo estrategicamente "empurrado" para uma disputa que, acreditam, ele teria pouquíssimas chances de sucesso. Para essa turma, o grupo de Marconi Perillo (PSDB) sabe que as chances de Mendanha são mínimas, mas precisam de um cabeça de chapa para viabilizar a volta do tucano ao cenário político goiano.

Boi-de-Piranha II
De acordo com experientes políticos de Goiás, um eventual fracasso de Mendanha nas eleições majoritárias do ano que vem viria muito bem a calhar para Marconi Perillo e toda turma oposicionista, já que sepultaria a carreira de um promissor político que poderia, caso resolvesse voltar aos quadros do MDB de Daniel Vilela, colaborar com o projeto emedebista de retomar a hegemonia política em Goiás.

Caindo fora
De acordo com matéria do jornal O Estado de São Paulo, o Agronegócio, aliado de primeira hora de Jair Bolsonaro, estaria tirando o time de campo e buscando outra alternativa à reeleição do presidente. Segundo o jornal, a ala mais pragmática do setor, ligada à agroindústria, quer uma nova opção depois de ter sentido na pele o risco de situações geradas pelo próprio governo, como as brigas ideológicas com a China.

Daniel Vilela lamenta veto à homenagem a Iris Rezende
O presidente do MDB goiano, Daniel Vilela, usou suas redes sociais para criticar e lamentar a manutenção do veto do prefeito Rogério Cruz (Republicanos) ao PL de autoria do vereador Clécio Alves (MDB), que tinha o objetivo de homenagear o ex-prefeito Iris Rezende, dando à Avenida Castelo Branco o nome de Iris Rezende Machado. Para Daniel, a Câmara Municipal da capital errou ao não conceder tal honraria àquele que tanto fez por Goiás e por Goiânia.

O dirigente partidário lembrou que não existiria em Goiás outro nome mais apropriado para batizar uma agrovia, como é conhecida a Avenida Castelo Branco, do que Iris Rezende. "Iris foi um dos maiores ministros da Agricultura da história do País, reconhecido internacionalmente pela modernização do setor", pontuou.

Linha cruzada

As obras do Hospital Estadual de Águas Lindas, cidade do entorno do DF, serão retomadas pelo Governo de Goiás. O anúncio foi feito pelo governador Ronaldo Caiado (União Brasil). O presidente da Goinfra, Pedro Sales, agência responsável pelas obras, e o secretário Estadual de Saúde, Ismael Alexandrino, assinaram a Ordem de Serviços para início dos trabalhos. A entrega da unidade, que começou a ser construída em 2007 e estava paralisada desde 2018, faz parte do projeto de regionalização da Saúde do governo Ronaldo Caiado e está prevista para daqui a 18 meses. O custo estimado é de cerca de R$ 87,2 milhões.