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Bolsonaro mentiu? Ex-presidente teve participação em ligação sobre liberação das joias apreendidas

Informação foi dada à PF em depoimento prestado por Ex-funcionário da Presidência da República

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Os contos dos irmãos Jacob e Wilhelm Grimm são propagados a anos, nas mais variadas camadas sociais. Em uma de suas histórias mais conhecidas, temos a de João e Maria, que após serem abandonados na floresta pela mulher de seu pai devido a escassez de comida, deixam uma trilha de migalhas para marcar o caminho de volta para casa.

Assim é também a vida real, para se encontrar algo ou alguém, basta seguir a trilha correta. A saga dos presentes dados pelos Sauditas ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) segue reverberando. Em depoimento dado à Polícia Federal, o ex-chefe do gabinete adjunto de documentação histórica, afirmou que Bolsonaro participou de um telefonema sobre um ofício para tentar recuperar as joias apreendidas pela Receita Federal no aeroporto internacional de Guarulhos.

As joias são avaliadas em aproximadamente R$ 16,5 milhões de reais.

De acordo com o depoimento prestado por Marcelo Silva Vieira, a ligação teria ocorrido em dezembro de 2022, Mauro Cid, braço direito do Jair Bolsonaro, teria solicitado de ele assinasse um ofício que seria encaminhado à Receita, solicitando a devolução dos bens apreendidos, para que fossem incorporados ao acervo presidencial.

Vale salientar que os pedidos não se deram por meios oficiais, mas sim através de conversas pelo aplicativo de mensagens Whatsapp

As informações apresentadas pelo depoente à PF, afirmam que em 27 de dezembro de 2022, Mauro Cid encaminhou ofício a Vieira, reforçando o pedido, às vésperas da viagem de Jair Bolsonaro para os Estados Unidos. Ele se recusou novamente a atender ao pedido.

Considerando a negativa, Vieira e Cid se falaram por telefone. No decorrer da conversa, Marcelo afirma que a ligação foi colocada em modo “viva-voz” por Cid, e pediu que ele desse explicações ao Presidente da República, apresentando quais seriam as motivações para a não assinatura do documento solicitado.

O depoente alega que justificou, com argumentos técnicos, o fato de não de poder atender ao pedido feito. O ex-mandatário do Executivo Federal teria respondido com um “ok, obrigado”.

Marcelo Silva Vieira, ocupava o posto de chefe do Gabinete Adjunto de Documentação Histórica (GADH) desde 2017, quando Michel Temer (MDB) ainda ocupava a cadeira da Presidência da República. Dentre as funções atribuídas ao cargo, estava a de conferir oque poderia ou não ser aceito como presente para o acervo da Presidência da República. Vieira foi exonerado em janeiro, após início do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

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