![Imagem ilustrativa da imagem Haddad: governo não quer usar margem de 0,25% tampouco contingenciamento, quer o resultado](https://cdn.dm.com.br/img/Artigo-Destaque/130000/1200x720/Artigo-Destaque_00134282_00-ScaleDownProportional.webp?fallback=https%3A%2F%2Fcdn.dm.com.br%2Fimg%2FArtigo-Destaque%2F130000%2FArtigo-Destaque_00134282_00.png%3Fxid%3D643079%26resize%3D1000%252C500%26t%3D1721191673&xid=643079)
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta terça-feira, 6, que a equipe econômica visa alcançar a meta de zerar o déficit primário das contas públicas sem contingenciar o Orçamento. Conforme o ministro, tampouco é intenção do governo usar a margem de tolerância da meta, que permite um déficit primário de até 0,25% do Produto Interno Bruto (PIB).
"Queremos o resultado", garantiu o ministro durante participação no CEO Conference, evento do BTG Pactual.
Haddad, no entanto, destacou por mais de uma vez no evento que depende do Congresso a "palavra final" sobre as medidas de arrecadação encaminhadas pela Fazenda.
O ministro defendeu que a medida provisória 1.202 - que reonera a folha de pagamentos de 17 setores, fixa um limite às compensações de créditos tributários e prevê o fim de isenções ao setor de eventos - traz uma perspectiva melhor para as contas públicas neste ano.
Ao falar sobre a construção do plano fiscal, o ministro pontuou que a equipe econômica precisou de praticamente todo o ano passado para entender o que ocorreu com o orçamento. "O que estava acontecendo não estava escrito nos anexos."
Conforme antecipou Haddad, janeiro foi um mês surpreendente em arrecadação, num sinal de que a economia segue resiliente. Citando previsões de "gente séria" do mercado que apontam a um crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 2,5%, ele disse que não vê a economia crescendo menos de 2% neste ano.
"Eu me arrisco a dizer que o quarto trimestre de 2023 virá melhor do que as expectativas", declarou Haddad, para quem o terceiro trimestre do ano passado, quando a economia teve uma desaceleração mais forte, deve ter sido o piso do desempenho do PIB.