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PF indicia empresa grega, dona de navio, por espalhar óleo pelo litoral

Por André BorgesA Polícia Federal concluiu as investigações do crime ambiental que, em 2019, espalhou milhares de toneladas de óleo pelo litoral do País e indiciou a empresa grega Delta Tankers, dona do navio Bouboulina, apontado como o responsável. For

Por André Borges

A Polícia Federal concluiu as investigações do crime ambiental que, em 2019, espalhou milhares de toneladas de óleo pelo litoral do País e indiciou a empresa grega Delta Tankers, dona do navio Bouboulina, apontado como o responsável. Foram indiciados ainda o comandante do navio, Konstantinos Panagiotakopoulos; e o chefe de máquinas à época, Pavlo Slyvka.

Segundo o inquérito, ambos embarcaram na Venezuela e desembarcaram só na Malásia, permanecendo no navio desde o carregamento do óleo até seu pretenso descarregamento no porto de destino.

A PF aponta que, se considerados apenas os gastos do governo na limpeza das praias e do mar, foram mais de R$ 188 milhões. Mas o custo ao País é muito maior se levar em conta os danos ao turismo, ao meio ambiente e às comunidades que dependem da pesca As manchas surgiram em agosto de 2019 em diversas praias do Nordeste. O óleo cru se espalhou por várias regiões nos meses seguintes.

De 30 de agosto de 2019 a 19 de março de 2020, data do último relatório do Ibama sobre o episódio, foram recolhidas pelos menos 5 mil toneladas de resíduos em 1.009 localidades de 11 Estados, por mais de 3 mil km, incluindo cerca de 55 áreas de proteção marinhas. "Parece-nos óbvio existirem fortes indícios de que o NM Bouboulin foi o navio envolvido com o vazamento", afirma o delegado federal Franco Perazzoni, no relatório.

Estadão não obteve resposta da Delta Tankers sobre o assunto até as 19h de ontem.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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