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Marconi sobre parceria com Dilma:“Interesse do povo fala mais alto”

O governador Marconi Perillo (PSDB) voltou a defender a parceria como premissa da atuação das administrações e em benefício do desenvolvimento do País, especialmente em fases como a atual, de crise econômica. Ao pregar a mútua cooperação entre o governo federal, o Estado e os municípios, Marconi voltou a afirmar que manterá uma "relação republicana e respeitosa" com a presidente Dilma Rousseff (PT) e ressaltou que esse tem sido o comportamento dele em relação às prefeituras.

O tucano falou sobre o assunto em três ocasiões na última quinta-feira: durante o lançamento do Festival Gastronômico de São Simão, no anúncio do Serviço de Atendimento Móvel do Ipasgo e na entrevista coletiva. Nas três ocasiões, o governador disse que a parceria administrativa entre as três esferas de governo deve prevalecer porque "o interesse da população de Goiás é o que importa" e que esses interesses se sobrepõem às "diferenças político-partidárias".

"Recentemente, eu recebi aqui a presidente Dilma e a tratei com deferência, republicanismo e respeito. Muita gente me elogiou, muita gente me criticou. Não importa. O que está em jogo é o Estado de Goiás, é o povo de Goiás", afirmou o governador em discurso durante o lançamento do Festival Gastronômico de São Simão. "Nós vivemos hoje uma crise enorme no Brasil. Crise moral, ética, política, econômica, social e desemprego. Vivemos uma crise danada de grande. Se nós não nos juntarmos, nós vamos ter muita dificuldade para enfrentar e vencer os desafios", observou  Marconi.

Ele citou como exemplo a parceria administrativa com o prefeito de São Simão, Márcio Vasconcelos – que é filiado ao PMDB –, presente na cerimônia. "Eu nunca disse ao prefeito Márcio que daria algo se ele me apoiasse a governador. Mas acho que o tratamento foi tão correto, honesto e sério, que ele tomou a decisão de deixar o candidato do partido dele e me apoiar. Isso aconteceu com ele e com dezenas de prefeitos, que fizeram isso exatamente porque não olhei cores partidárias. Eu me preocupei com o povo, com as tradições, com o desenvolvimento do Estado. É assim que tem que ser", afirmou.

Crise econômica

Marconi voltou a dizer que a crise econômica é grave, com sério impacto sobre a arrecadação dos governos e que por isso se faz necessária a união de esforços para executar os projetos. "É uma crise sem precedentes. Sou governador pela quarta vez e não me lembro de uma crise tão difícil quanto essa que estamos vivendo agora.

Por isso, nós temos que nos juntar, temos que viabilizar condições para realizarmos os nossos projetos", afirmou.  "Nós estamos no quinto mês seguido com queda de receita. Eu imagino as prefeituras, que dependem também de fundo de participação, de ICMS", disse ele.

Lembrou que, entre as razões das manifestações, em todo o País, está a cobrança dos cidadãos por maior eficiência do poder público na prestação de serviços. "Quando nos elegemos para um cargo, as pessoas esperam resultado rápido. As pessoas não têm paciência – e com razão", ponderou. "Eu fui candidato e as pessoas querem que eu resolva as coisas. Por isso, a gente tem que ter muita inteligência, habilidade, respeito uns pelos outros, parcerias, união para que as coisas possam acontecer", disse.

"Recebi um monte de xingamentos por ter recebido a presidente e recebido com respeito, mas eu tenho que cumprir a minha missão. Mais importante do que meu interesse pessoal está o interesse do Estado de Goiás e estão os interesses dos goianos", reafirmou. Disse também que trabalha para apresentar bom resultado para a população. "Também não me importa o que alguns radicais políticos dizem. O que importa é que nós estamos aqui, eu fui reeleito e nós temos que apresentar um bom resultado à sociedade goiana. Eu quero ser julgado daqui a quatro anos pelos governos que realizei à frente de nosso Estado, com os avanços, com o desenvolvimento, com a justiça social, com o equilíbrio nas contas do Estado", sustentou.

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