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Ataques de ex-senador emperram fusão DEM/PTB

Cláudio Humberto, Colunista de O Globo

Acusação de que teria campanhas financiadas pelo contraventor Carlinhos Cachoeira paralisa negociações entre as duas legendas ao colocar em risco uma já improvável candidatura presidencial de Ronaldo Caiado em 2018, condição para a união; o próprio Demóstenes, no entanto, diz que Caiado deseja a fusão para ter motivos de deixar o DEM e ingressar no PMDB com vistas a disputar o governo de Goiás: "Na fusão do DEM com o PTB irá para o PMDB, possibilidade constitucionalmente aceita de adesão partidária. Irá, oficialmente, se opor".

O projeto do lider do DEM no Senado, Ronaldo Caiado, de disputar a Presidência da República em 2018 começa a fazer água após denúncias veiculadas em artigo assinado pelo ex-senador cassado Demóstenes Torres de que o ruralista goiano teria sido financiado pelo contraventor Carlinhos Cachoeira nas campanhas de 2002, 2006 e 2010. É o que temem lideranças democratas, curiosamente dando crédito às acusações do procurador de Justiça.

A candidatura de Caiado é condição para o projeto de fusão entre o DEM e o PTB. Segundo jornalista Cláudio Humberto, do Diário do Poder, a fusão DEM-PTB é estimulada pelo prefeito de Salvador, ACM Neto, e por Cristiane Brasil, filha de Roberto Jefferson.

O jornalista lembra ainda que Demóstenes também acusou Caiado de ter sido bancado pela OAS, empreiteira enrolada no Petrolão. O senador negou indignado, dizendo que Carlos Suarez, seu amigo pessoal, não atua mais na empresa.

Em Goiás, no entanto, poucos acreditam no voo nacional de Caiado. Seu objetivo seria mesmo disputar o governo do Estado em 2018, nhuma aliança com o PMDB do octagenário Iris Rezende, a quem estimula à disputa da Prefeitura de Goiânia em 2016.

O próprio Demóstenes, no artigo em que o torpedeia, acusa Caiado de desejar a fusão do DEM como motivo para se filiar ao PMDB. "Nessa sua linha vesga de assinalar uma coisa e fazer outra, Ronaldo Caiado deseja a extinção do DEM a fim de se filiar ao PMDB de Iris Rezende por um motivo muito simples: ambiciona estar em uma agremiação que lhe dê estrutura para disputar o governo de Goiás. Na fusão do DEM com o PTB irá para o PMDB, possibilidade constitucionalmente aceita de adesão partidária. Irá, oficialmente, se opor", escreve Demóstenes.

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