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POLÍTICA

Audiência pública: persistem dúvidas de vereadores e servidores

Danyla Martins

Cerca de 100 pessoas acompanharam, ontem, vereadores e sindicalistas levantarem dezenas de dúvidas, críticas e sugestões sobre a reforma administrativa da Prefeitura de Goiânia. Todas sem resposta: o município não enviou representantes. A ausência de integrantes da administração municipal foi motivo de críticas de vereadores da oposição e da base aliada, além dos representantes de sindicatos. Amanhã, será realizada outra audiência, também no Auditório Jaime Câmara, às 14h30.

O presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara, Elias Vaz (PSB), lamentou o fato de a administração municipal não ter enviado ninguém para dar respostas: “É lamentável que a prefeitura não tenha enviado representante. Até me repassaram um nome, mas a pessoa diz que não está autorizada a falar em nome da prefeitura. Perdem a chance de esclarecer a vereadores e trabalhadores as mudanças que propõem na estrutura municipal”, afirma.

O vereador criticou dois pontos da reforma: a manutenção do gabinete militar, que tem cerca de 20 policiais militares aos quais paga 50% de acréscimo sobre o soldo. “Num momento em que se fala em economia no município e que está clara a falta de policiais nas ruas, qual é o sentido de não cortar esse gabinete, que já tinha sido extinto antes e foi recriado pelo atual prefeito?”, questiona.

Elias Vaz citou ainda as secretarias extraordinárias. “São estruturas criadas para apaniguados e que não têm nenhuma função, tanto que a prefeitura diz agora, neste projeto, que vai dar função. Não tem que dar função coisa nenhuma, tem que extinguir”. O vereador Zander Fábio (PSL) fez críticas no mesmo sentido.

O presidente da CCJ relembrou denúncia feita por ele há cerca de um ano e meio sobre a manutenção na folha de pagamento de servidores ligados à Comdata, embora a pasta tenha sido extinta. A vereadora Cristina Lopes (PSDB) resumiu sua opinião sobre a reforma: “Tenho certeza de que este projeto não traz nenhum benefício para a cidade.”

As críticas foram generalizadas. O vereador Paulo Borges (PMDB) afirmou que “quem propôs (o projeto) deveria estar nesta mesa”. Representantes dos sindicatos dos fiscais, dos enfermeiros, dos agentes de trânsito, da educação e da saúde usaram a palavra. Cada um levantou dúvidas sobre suas respectivas áreas – e lamentaram não ter ninguém para respondê-las.

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