Home / Política

POLÍTICA

Coalizão quer financiamento público

Renato Dias Da editoria de Política&Justiça

Fim do financiamento empresarial das eleições majoritárias e proporcionais. É o que quer a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), que integra, hoje, a Coalizão pela Reforma Política Democrática e Eleições Limpas. Quem informa ao Diário da Manhã é o filósofo e mestre em Ciências Políticas Daniel Seidel. Ele participou, na última sexta-feira (24), em Goiânia, de ato realizado na Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC-GO), auditório do Básico, organizado pela Central dos Trabalhadores do Brasil [CTB], presidida por Ailma Oliveira.

– O financiamento empresarial de eleições estabelece relações promíscuas entre o público e o privado e promove o abuso do poder econômico, o que fragiliza a democracia!

O cientista político defende o financiamento democrático de campanha. Trocando em miúdos: o financiamento público e o de pessoa física. Mais: ele propõe o estabelecimento de eleições proporcionais em lista pré-ordenada em dois turnos. O partido político elaboraria uma lista de seus candidatos, explica. Eles fariam campanha eleitoral, observa. De acordo com o porcentual de cada legenda, os nomes enfrentariam um segundo turno, destaca.  O movimento insiste ainda na paridade de gênero. O mesmo número de vagas para homens e para mulheres, conta.

– Para acabar com a discriminação e a desigualdade de oportunidades!

O filósofo Daniel Seidel, radicado em Brasília (DF), Capital da República, insiste na proposta de instituição da democracia direta no Brasil. Nada de bolivarianismo (uma referência ao regime político da Venezuela, Bolívia, Equador e Nicarágua), fuzila. O que a Coalizão pela Reforma Política Democrática e Eleições Limpas recomenda é a constitucionalização de iniciativas populares, referendos e plebiscitos, adianta. Não se trata de substituir o Parlamento, o Congresso Nacional, garante. Mas permitir a participação popular, registra.

Pesquisa

A Coalizão pela Reforma Política Democrática e Eleições Limpas revela que pesquisa encomendada pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) aponta que 85% dos entrevistados no Brasil se manifestaram a favor da reforma política, 78% condenaram o financiamento de campanha por empresas, Mais: 90% apoiaram uma punição mais rigorosa ao "caixa dois" de campanha, 56% defenderam que a eleição seja feita em torno de propostas e listas de candidatos e 92% opinaram a favor de um projeto de lei de reforma política democrática de iniciativa popular.

Leia também:

  

edição
do dia

Capa do dia

últimas
notícias

+ notícias