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Dilma convoca ministros para definir novos investimentos

Incomodada com as críticas de que seu governo só fala em ajuste fiscal, a presidente Dilma Rousseff convocou reunião ministerial, hoje, para definir uma carteira de concessões prioritárias para este ano e seu modelo de financiamento.

A ideia, segundo um assessor presidencial, é tratar do “segundo momento” do governo, acelerando a implementação de medidas que venham a garantir a retomada do crescimento da economia no segundo semestre depois de feito o ajuste fiscal.

Ao todo, foram convocados 26 auxiliares da presidente, entre ministros, presidentes de bancos públicos e técnicos, que devem ficar reunidos durante todo o dia de hoje, a princípio na Granja do Torto, uma das residências oficiais da presidência.

Dilma tem recebido críticas pelo empresariado de estar presa à discussão das medidas do ajuste fiscal, que ainda não foram aprovadas no Congresso, deixando de lado a agenda de investimentos do País em um momento de forte retração econômica.

A reunião de hoje será comandada pelos ministros Nelson Barbosa (Planejamento) e Joaquim Levy (Fazenda). O primeiro vai detalhar os projetos de concessão para o setor privado que podem deslanchar neste ano e no início do próximo, como aeroportos, rodovias, portos e hidrovias.

O segundo vai discutir o novo modelo de financiamento das concessões, diante da decisão de reduzir o papel do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) nestes projetos.

Mais setor privado

Joaquim Levy deseja definir um modelo em que o setor privado participe do financiamento destes projetos, o que levará à adoção de regras mais atrativas nos leilões de concessões.

O governo elaborou uma carteira de investimentos de pelo menos R$ 150 bilhões ao longo dos próximos cinco anos em transportes, mas sabe que a maior parte dos projetos ainda não está pronta para ser iniciada concretamente neste ano.

A intenção da presidente, na reunião, é tentar acelerar o que for possível para que o País volte a crescer, de fato, em 2016.

Neste ano, o Brasil vai registrar recessão. As previsões vão de uma retração de 1% a até 2% em 2015.

Na carteira, o que está mais próximo de ser colocado em disputa são mais três aeroportos da Infraero – Salvador, Florianópolis e Porto Alegre – e trechos de rodovias no Paraná, a partir da BR-476. A carteira de investimentos do governo traz projetos em rodovias, aeroportos, portos, hidrovias e ferrovias.

Estarão na reunião, ainda, o ministro Aloizio Mercadante (Casa Civil) e todos da área de Infraestrutura, como Eduardo Braga (Minas e Energia), Antonio Carlos Rodrigues (Transportes), Eliseu Padilha (Aviação Civil), Edinho Araújo (Portos) e Ricardo Berzoini (Comunicações).

Foram convocados ainda os presidentes do BNDES, Luciano Coutinho, do Banco do Brasil, Alexandre Abreu, e da Caixa, Miriam Belchior.

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