Podcast
Webstories
Facebook
Twitter
E-mail
Linkedin
Telegram
Marcus Vinícius Da editoria de Política&Justiça
Diz a Bíblia, no Velho Testamento: "Não tomarás o nome de Deus em vão" (Êxodo 20-7). Já no Novo Testamento, no evangelho de Mateus (21 12-13): “e entrou Jesus no Templo de Deus, e expulsou todos os que vendiam e compravam no Templo, e derrubou as mesas dos cambistas e as cadeiras dos que vendiam pombos. E disse-lhes: ‘Está escrito: a minha casa é casa de oração, mas vós fizestes dela um covil de ladrões”.
O presidente da Câmara Federal, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), parece não ter lido nenhuma destas passagens bíblicas. Embora se declare evangélico, Cunha desobedeceu estes dois ensinamentos.
Matéria do jornalista Fernando Brito, no site Tijoço (www.tijolaco.com.br), mostra que, além de presidente da Câmara, Cunha quer ser dono de Jesus. Ele registrou nada mais, nada menos, que 288 sites com a palavra "Jesus". Se Cristo voltasse à Terra ia ter uma grande surpresa ao ver que quase tudo tem seu nome em matéria de sites, embora tudo esteja registrado como propriedade do sr. deputado Eduardo Cunha.
O Google de Jesus, o MSN de Jesus, o Gmail de Jesus, o Facebook de Jesus, o Chat de Jesus…e claro, o Shopping de Jesus, as Compras de Jesus, até a Globo de Jesus, tudo isso num total de 288 sites que estão registrados como sua propriedade no Registro.br, órgão que gere o controle dos domínios eletrônicos.
A lista é um escândalo. Porque, crentes ou não crentes, todos devemos respeito à fé e devemos ter horror à mercantilização de um sentimento humano. Se já é terrível quando parte de uma igreja, pior ainda é quando é feita em nome pessoal, particular.
É obvio que uma ínfima parte destes sites existe de fato.
A grande maioria se presta para intenções futuras do deputado ou, quem sabe, para serem negociados com quem os queira usar.
Isso não é raro, nem é crime, é só uma esperta picaretagem, comum na web. Quem quiser ver como funciona este mercado pode ler a reportagem“Cambistas” de domínios: veja como eles agem na web, na página do NIC.br, órgão que implementa as decisões e projetos do Comitê Gestor da Internet no Brasil.
Virtualmente, portanto, Cunha é “dono” de Jesus na web.
E, ao que parece, politicamente, já se julga Deus, Todo-Poderoso. Embora, que o diga o dr. Janot, esteja mais para mercador do templo. (Fonte: www.tijolaco.com.br)
