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Gercy Joaquim Camêlo Especial para o Diário da manhã
Todo partido político, antes de ter um presidente, deveria ter um líder. É o líder que harmonizar os liderados, aponta novos caminhos, apara arestas, e impede que o partido seja fragilizado. Esse é o verdadeiro papel de quem lidera pelo exemplo, pela persuasão, pelo conhecimento e pelo comprometimento com a causa. O líder não estimula a discórdia, pelo contrário, fomenta o companheirismo e o ideal de servir, para que os liderados lutem pela mesma causa, a causa do partido a que pertencem. Partido político sem líder, é como tropa sem comando, não sabe o que faz e nem para onde ir, sendo presa fácil para os inimigos. Daí, a necessidade do partido ter programa, projetos e ações planejadas e atualizadas.
O partido político no Brasil, com raras exceções, não passa de um instrumento para viabilizar candidaturas, receber recursos públicos e oportunizar conchavos, nem sempre do interesse dos filiados e da sociedade. O trabalho dos dirigentes partidários, infelizmente, na maioria dos casos, não visa o interesse coletivo, e muito menos o fortalecimento do partido. Os detentores de cargos e mandatos só pensam no partido à época das eleições. Fora desse período, cada um trabalha o seu grupo, a sua base, e nem dão bola para os demais eleitores. É por essas e outras condutas que, com o passar do tempo, os partidos vem perdendo filiados, força e importância, junta a sociedade.
As pessoas passam e os partidos ficam. Razão para nenhum filiado, por mais influente que seja, não se considerar maior do que o partido. Se isso ocorrer, mais sedo ou mais tarde, esse partido estará fadado ao insucesso. O partido têm que ser a estrela maior, mais forte e mais importante. Se for o contrário, menos chances terão os filiados de serem vitoriosos nas candidaturas. A regra é, partido forte, filiados fortalecidos. As pesquisas têm mostrado que os políticos e os partidos não têm sido bem avaliados pelos eleitores, têm obtido as piores notas. Tudo por causa da má conduta de alguns parlamentares e executivos no exercício de seus cargos. Vale lembrar que tudo na vida muda, inclusive os partidos e a conduta dos políticos. Para melhorar, os dirigentes terão que ser mais líderes e reconhecer a importância e o valor dos filiados.
(Gercy Joaquim Camêlo, coronel da Reserva da Polícia Militar de Goiás e governador do Rotary International, Distrito 4530 Gestão 2012/2013 )
