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Panelaços são manifestações normais da democracia, destaca Dilma Rousseff

A presidente Dilma Rousseff disse, ontem, ter certeza que parlamentares terão “sensibilidade” para votar o ajuste fiscal. A análise da Medida Provisória (MP) que faz parte do pacote do ajuste e torna mais rígidas as regras de acesso a benefícios trabalhistas foi adiada na terça-feira (5). Dilma também minimizou o panelaço ocorrido durante a veiculação do programa do PT na tevê na noite de terça-feira, do qual ela não participou.

O governo perdeu em duas matérias no Congresso, com o adiamento da votação da MP 665, do ajuste fiscal, e com a aprovação da chamada PEC da Bengala. Os parlamentares começaram a votar a MP, que torna mais rígidas as regras de acesso a benefícios trabalhistas como seguro-desemprego, seguro-defeso e abono salarial, mas ela foi adiada. O líder do PMDB na Câmara, Leonardo Picciani (RJ), condicionou a votação à presença massiva do PT em favor do ajuste fiscal.

“É impossível o País achar que o País vive de um dia para outro grandes transformações. Então, vamos aguardar para ver como transformam a votação do ajuste. Vamos nos manter tranquilos. Tenho certeza que haverá, por parte dos parlamentares, a sensibilidade necessária para que se vote o ajuste. Principalmente porque tenho consciência e crença de os parlamentares trabalham a favor do Brasil”, disse a presidente, após participar do lançamento do Plano de Defesa Agropecuária, no Palácio do Planalto

Em meio às cobranças do PMDB quanto ao posicionamento do PT em relação à aprovação do ajuste fiscal, a presidente Dilma Rousseff disse, ontem, que não é possível “fazer análises políticas em cima de climas emocionais momentâneos”.

Redes sociais

A presidente também comentou a estratégia de usar as redes sociais para divulgar três vídeos por ocasião do Dia do Trabalho – pela primeira vez desde que assumiu a presidência da República, Dilma não apareceu em pronunciamento em rede nacional de rádio e televisão por conta da data.

De acordo com a presidente, o governo optou por um veículo “forte e novo”, que é a internet. “Nós vamos ter pronunciamentos também na mídia tradicional, televisão, rádio”, comentou.

Mais cedo, durante café da manhã com jornalistas, o ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social, Edinho Silva, reiterou que a presidente deverá intensificar o uso de redes sociais, mas negou que essa estratégia seja uma forma de blindá-la de eventuais “panelaços”.

“O local que ela (Dilma) mais se expõe são as redes sociais, a rede não tem filtro, não tem mediação, tem anonimato. O lugar que ela mais se expõe é nas redes sociais. Essa (o uso da internet) é a tendência da comunicação”, disse Edinho.

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