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POLÍTICA

Chapas competitivas para o Legislativo goianiense

As eleições de 2016 devem reunir o maior número de candidatos à Prefeitura de Goiânia, desde a primeira eleição pós-ditadura em 1985. Naquele pleito foram candidatos Darci Accorsi, pelo PT, Daniel Antônio, PMDB, Paulo Villar (PCB), Antônio do Prado (PDS), Adjair Lima (PDT), José Eduardo (PFL). Neste pleito as principais legendas – PT, PMDB, PSDB – devem ter candidato, somando-se a estes o PSB, PCdoB, PSol, PRP e PV.

O ex-prefeito Iris Rezende Machado larga na frente no PMDB, onde é o candidato inquestionável do partido à sucessão do prefeito Paulo Garcia (PT). O partido debate se vai de chapa própria, tendo o ex-deputado Sandro Mabel como um dos nomes fortes para a vaga de vice-prefeito, ou se reforça a aliança com o PT, que indicaria a vice, ou se dá sequência nas alianças com o Solidariedade (SDD) e DEM firmados nas eleições de 2014. No caso dos novos aliados, estariam à disposição do PMDB os nomes do deputado federal Lucas Vergílio (SDD) e uma liderança que seria indicada pelo presidente do DEM, o senador Ronaldo Caiado.

No PT, o partido também se divide entre a candidatura própria e na aliança com o PMDB. Entre os nomes do partido para bater chapa, os petistas contam com a deputada estadual Adriana Accorsi, o deputado estadual Humberto Aidar e o ex-reitor da UFG Edward Madureira. Caso caminhe o acordo para aliança com o PMDB, um destes nomes pode ser chamado para compor chapa com Iris Rezende, ou a legenda por discutir outros líderes como o deputado estadual Luis Cesar Bueno e o vereador Carlos Soares.

No PSDB, a dianteira está com o presidente da Agetop, Jaime Eduardo Rincón. Tesoureiro das campanhas de Marconi Perillo em 2010 e em 2014, tem a confiança de Perillo para representar o PSDB na capital. Tendo sucesso, Rincón cacifa Marconi para o disputa interna no PSDB nacional para a candidatura à presidência em 2018. Na hipótese mais provável, de não ser eleito, Rincón se qualifica para uma vaga na Câmara Federal, num processo semelhante ao que foi feito em relação ao deputado federal Sandes Júnior (PP), três vezes candidato a prefeito de Goiânia e três vezes eleito deputado federal.

O PSD, do ex-deputado Vilmar Rocha, também tem nomes a apresentar, mas o alinhamento do partido ao Palácio das Esmeraldas deve falar mais alto, embora conte com lideranças com inserção no eleitorado da capital, como os deputados estaduais Francisco Júnior, Virmondes Cruvinel e o deputado federal Thiago Peixoto. Têm crescido nos bastidores comentários sobre provável indicação de Cruvinel para vice na chapa de Ricon, a conferir.

O empresário Vanderlan Cardoso faz uma costura para agregar elementos da base governista e independentes. As filiações do deputado federal Marcos Abrão e da senadora Lúcia Vânia ao seu partido, o PSB, abrem uma nova perspectiva para Vanderlan, que disputou por duas vezes, sem sucesso, candidatura ao governo do Estado em 2010 e 2014. Ao seu lado também deve marchar o deputado estadual Symeison Silveira(PSC) e o vereador Elias Vaz (PSB). O PCdoB busca retomar espaços da legenda na capital, onde  chegou a contar, em várias legislaturas, com representantes na Câmara de Goiânia, Assembleia Legislativa e Câmara Federal. A ex-deputada Denise Carvalho é o nome dos comunistas para a sucessão municipal. A legenda, que conta com a vereadora Tatiana Lemos e a deputada estadual Isaura Lemos, quer ampliar sua representatividade no eleitorado de esquerda.

O polêmico radialista Jorge dos Reis Kajuru, que nas eleições de 2014 estreou na política, supreendendo com mais de 106 mil votos, deve continuar seu projeto, desta vez candidatando-se a prefeito pelo PRP, partido que conta com o Major Araújo como representante na Assembleia Legislativa. Kajuru fez uma campanha eminentemente virtual, pedindo votos nas redes sociais, com páginas no facebook e no youtube, utilizando, principalmente, seu talento como comunicador. É provável que repita a experiência e traga novidades para a disputa eleitoral.

Mais à esquerda, o PSol dos professores Henrique Lemos, Fernando Leite e Pantaleão deve pôr o bloco na rua. É provável que os socialistas estejam aliados com o PCB da sindicalista Marta Jane. O partido, que tem se notabilizado pela defesa das minorias, deve fazer campanha com forte conteúdo ideológico, contrapondo o pensamento conservador de correntes que misturam religião com política.

O PV tradicionalmente disputou eleições na capital, e teve entre os seus principais expoentes o ambientalista Everaldo Pastore e o arquiteto John Mivaldo. Atualmente a legenda está sob direção do ex-vereador Paulo Sousa, que pode seguir a orientação nacional e apresentar chapa para as eleições em Goiânia.

PTB e PP não ficam fora da disputa. Principal líder dos trabalhistas, o deputado federal Jovair Arantes disputou a corrida eleitoral de 2012, rivalizando contra a candidatura à reeleição do prefeito Paulo Garcia (PT). Jovair disse em alto e bom som que o PTB está livre para escolher seu caminho nas eleições em Goiânia, podendo postar-se ao lado da Casa Verde, do Paço Municipal ou até do PMDB. Não se descarta ainda a possibilidade de nova candidatura de Jovair, mas a tendência é da legenda fazer um esforço para eleição de vereadores.

O PP do vice-governador José Eliton está dividido entre aqueles que acompanham o deputado federal Roberto Balestra e os que confiam no projeto de sucessão do governador Marconi Perillo, tendo José Éliton como candidato preferencial. Sem unidade interna, os pepistas, que não contam nem com vereador na Câmara de Goiânia, devem ser bucha de canhão do PSDB no próximo pleito. O quadro de candidatos só fica claro no dia 30 de junho de 2016, prazo final de registro das chapas que concorrerão às eleições. Até esta data, muitas notícias podem surpreender o mundo político, como alianças inusitadas e chapas ditas como improváveis, confirmadas. Afinal, política é a arte do possível, onde às vezes prevalesce o imponderável.

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