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- Pesquisador analisa as 'narrativas da mídia hegemônica'
- Intelectual aponta o silêncio dos súditos, da sociedade civil
- Autor referencia-se em Norberto Bobbio e Jacques Le Goff
- Tales de Castro cita Paul Ricouer e a 'memória manipulada'
O historiador Tales de Castro diz que o fechamento da Rádio K do Brasil AM 730 em 1999, de propriedade do radialista Jorge Kajuru, e a desocupação do Parque Oeste Industrial, imóvel privado em Goiânia, teriam feito parte de um suposto exercício de 'práxis autoritária' do Estado em Goiás. É o que aponta o trabalho “Exercício do poder em Goiás: discurso e prática no governo Marconi Perillo (1999 – 2006)”, para a Pontifícia Universidade Católica de Goiás [PUC-GO].
– O foco da análise é o discurso da mídia.
O pesquisador de linhagem marxista aponta que houve uma interferência do poder político e da mídia na formação da opinião pública e na construção da memória coletiva. A ideia é buscar indícios de autoritarismo, registra. O teórico questiona como a imprensa contribuiu para definir a impressão da sociedade goiana em relação à intervenção do Estado [Nos dois episódios políticos e sociais]. É que, para ele, o poder instituído constrói o que conceitua como 'imaginários sociais'.
Tales de Castro cita Jacques Le Goff, historiador francês da vida privada: “A memória é um elemento essencial do que se costuma chamar identidades, individual ou coletiva, cuja busca é uma das atividades fundamentais dos indivíduos e das sociedades de hoje”, dispara. O pensador de Goiás afirma com exclusividade ao Diário da Manhã que a mídia teria construído a imagem de que o Tempo Novo seria identificado com desenvolvimento econômico e social e com adoção de políticas republicanas.
– Apesar disso, ações autoritárias teriam sido encobertas pela mídia ou não foram questionadas pela mídia, Ministério Público, Judiciário e até o Legislativo.
O historiador, que agora ingressa no mercado, referencia-se em Norberto Bobbio, intelectual humanista italiano. “O autoritarismo seria a imposição da obediência e prescinde em grande parte do consenso dos súditos”, pontua. O apoio da sociedade civil legitimara medidas autoritárias, lamenta. Ele apresenta números da desocupação do Parque Oeste Industrial: 14 mil pessoas retiradas em duas horas, duas mortes, 800 presos, dezenas de feridos e uma pessoa que ficou paraplégica.
– A Justiça teve papel fundamental em todo o processo!
A pesquisa, que deve ser publicada em forma de livro, relata que, se houveram ações autoritárias, tanto no fechamento da Rádio K do Brasil AM 730 quanto na desocupação do Parque Oeste Industrial, essas medidas tiveram um discurso por parte do Estado e da mídia, que apontava a necessidade em sua narrativa de manutenção da ordem e do cumprimento das leis. O que influenciou as classes sociais e deu legitimidade ao Estado, fuzila.
– Paul Ricouer fala em 'memória manipulada”.
Serviço
Pesquisa: Área de História
Título: “Exercício do poder em Goiás: discurso e prática no governo Marconi Perillo (1999 – 2006)”
Autor: Tales de Castro
Instituição: Pontifícia Universidade Católica de Goiás [PUC-GO]
CONTROLADORIA
Edilberto Dias anuncia pacote
O controlador-geral da Prefeitura de Goiânia, Edilberto de Castro Dias, ao lado do secretário de Finanças, Jeovalter Correia, faz, hoje, um 'pente-fino' nos contratos e despesas da administração, adota medidas de controle para evitar desperdícios e acabar com a corrupção e o desvio de recursos públicos para os bolsos privados. É uma determinação de Paulo Garcia, em viagem a Roma, Itália, para encontrar-se com o papa Francisco.
A estratégia é impedir irregularidades, implantar á ética e a total transparência na gestão e equilibrar as contas públicas, diz o xerife do Paço. As medidas adotadas pelo titular da SeFin permitirão que Paulo Garcia execute, simultaneamente, mais de 80 obras na cidade, explica. Os tempos difíceis ficarão para trás, fuzila. Ouvidor-geral e corregedor da prefeitura municipal, ele crê na recuperação da popularidade do chefe do Executivo.
Xô, Caiado!
Edilberto de Castro Dias admite que o PT possa lançar nome próprio nas eleições, em Goiânia, em 2016. Os deputados estaduais Luis Cesar Bueno, Adriana Accorsi, Humberto Aidar e o ex-reitor da Universidade Federal de Goiás Edward Madureira seriam as opções. Uma aliança com o PMDB não está descartada, observa. O líder petista condena as declarações do senador Ronaldo Caiado. O Democratas é a legenda do atraso, discursa. (Renato Dias)
SUCESSÃO
Paulo Sérgio lança Marconi à Presidência em 2018
Democrata condena fusão, quer novo pacto e anuncia pacote de obras no município
Renato Dias,Da Editoria de Política
O prefeito de Hidrolândia, Paulo Sérgio de Rezende, defende a celebração de aliança nacional entre PSDB e DEM para lançar o nome do governador do Estado de Goiás, Marconi Perillo, à Presidência da República, em 2018. O democrata diz que, no exercício do seu quarto mandato como inquilino da Casa Verde, ele seria a opção de mudança contra o ex-metalúrgico Luiz Inácio Lula da Silva. “Para quebrar a hegemonia do eixo São Paulo e Minas Gerais e oxigenar o PSDB”, explica.
– Marconi Perillo derrotaria o petista em eventual disputa presidencial.
O liberal exorciza a proposta, em baixa, hoje, de fusão nacional entre o DEM [Democratas, ex-PFL] e o PTB [Partido Trabalhista Brasileiro]. É um erro histórico e prejudicará a legenda em Goiás e no Brasil, acredita. Não custa lembrar: o senador da República Ronaldo Caiado [DEM] e o deputado federal, presidente do PTB em Goiás e coordenador da bancada federal em Brasília, Jovair Arantes {PTB], também atacam a proposta formulada pelas cúpulas das duas siglas nacionais.
– O DEM deve estar na base aliada em Goiás.
Cáustico, ele reclama da queda no repasse do Fundo de Participação dos Municípios [FPM] e do ICMS. Mais: denuncia a redução dos repasses da União para obras e programas sociais e de infraestrutura às 246 prefeituras de Goiás. O cenário internacional, com a crise nos EUA e Europa e a desaceleração do crescimento da China, na Ásia, assim como as políticas macroeconômicas equivocadas do Palácio do Planalto, produziram um coquetel explosivo para o Brasil, analisa, indignado.
– O ajuste fiscal do ministro da Fazenda, Joaquim Levy, é tardio e insuficiente!
Políticas públicas
Bem-humorado, diz que, mesmo com a crise que atinge os municípios, concluiu, em Hidrolândia, Região Metroplitana, o recapeamento de 150 mil metros quadrados de asfalto. As obras oram executadas em parceria com a Agência Goiana de Transportes e Obras Públicas [Agetop], registra. Mais: ele informa o início da construção do Hospital Municipal, com recursos do Tesouro Estadual e da administração municipal. A unidade de saúde atenderá toda a demanda do município, aposta, emocionado.
O chefe do executivo municipal conta ainda que terminou as reformas do Ginásio Municipal e de unidades de ensino e básicas de saúde [UBS]. Ele promete para 2016 a construção de Unidade Agroindustrial com o Governo do Estado. A área será ocupada até o segundo semestre, após demanda judicial. O gestor cobra a instalação de um novo pacto federativo. “Para desconcentrar os recursos nas mãos da União”. O municípios estão em crise, admite
– As eleições de 2016 não fazem parte ainda do meu calendário político.
Perfil
Nome completo: Paulo Sérgio de Rezende
Partido: DEM
Estado civil: Casado
Cargo: Prefeito de Hidrolândia
Curiosidades: É ex-goleiro do Vila Nova e do São Paulo, além do Sport Recife
CIDADANIA
Rogério Cruz mostra projeto
O vereador e vice-presidente da Mesa Diretora, Rogério Cruz (PRB), conta ao Diário da Manhã ter apresentado, na Câmara Municipal de Goiânia, um projeto de lei que propõe a criação de medalhas de honra para membros da Guarda Civil Metropolitana. A honraria seria por tempo de serviço prestado com eficiência e dignidade ou ato de bravura que extrapole o cumprimento do dever, frisa o parlamentar de linhagem republicana.
Ele diz que o PRB possui projeto para as eleições de 2016, confidencia que permanece na base aliada no legislativo mas tem independência em questões que ferem os interesses dos cidadãos. Animado, crê que no segundo semestre elevará a sua produção parlamentar, com projetos de leis, ofícios, requerimentos, audiências públicas, encontros e ações políticas e sociais. O primeiro semestre de 2015 também rendeu bons frutos, anuncia.
O PRB alimenta projeto de crescimento de sua bancada em Goiânia no ano de 2016. Hoje com um vereador, a meta é chegar a pelo menos três, afirma o assessor parlamentar e bacharel em Direito José Alves Firmino, colaborador do Diário da Manhã. Carreira solo em 2018, ao Palácio das Esmeraldaas, é uma hipótese, destaca. O vereador Rogério Cruz disputará a reeleição no ano que vem. É uma missão do partido, explica o dirigente. (Renato Dias)
