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O PSB, de Vanderlan Cardoso, costura uma nova aliança política na Capital. Ex-prefeito de Senador Canedo trouxe a senadora Lúcia Vânia do PSDB para o partido que dirige em Goiás. A vinda de Lúcia abriu aos socialistas a possibilidade de voos mais altos em 2016 e em 2018. Cardoso, que tentou ser opção ao marconismo, disputou duas eleições ao governo do Estado, em 2010 e 2014, ficando em terceiro lugar em ambas. Para o próximo pleito, a senadora Lúcia Vânia pode ser a opção. E, em Goiânia, ele próprio, Vanderlan, está buscando entendimentos para uma aliança que lhe permitam disputar a sucessão do prefeito Paulo Garcia (PT).
Nas duas vezes em que foi candidato a governador, Vanderlan Cardoso foi bem votado na Capital. Em 2010, disputando pelo PR, teve 502.462 votos (16,62% do total no Estado), sendo que somente em Goiânia alcançou 159.809 votos,ou 22,73% do total. Em 2014, teve menos votos no Estado: 474.090 (14,98%), porém ampliou o percentual de votos em Goiânia, ficando com 24,30% (171.760 votos).
O ex-prefeito Iris Rezende (PMDB) e o governador Marconi Perillo (PSDB) perderam votos para Vanderlan Cardoso, em Goiânia, nestas respectivas eleições. No primeiro turno, em 2010, Iris obteve 292.959 votos (41,67%) e Marconi 241.115 (34,3%). Quatro anos depois, Iris ficou com 258.833 (36,63%) e Marconi com 32,76%(231.513 votos). Também somou para a perda de votos do peemedebista e do tucano, a candidatura do ex-prefeito de Anápolis Antônio Gomide (PT), de qualquer modo, Vanderlan Cardoso continuou ampliando votos no eleitorado goianiense.
É com base nesta constatação que Vanderan Cardoso passou a sinalizar a possibilidade de aliança com os petistas. Interlocutores do empresário entraram em contato com o prefeito Paulo Garcia (PT) para abrir o diálogo sobre as eleições. No PT, o partido vive uma crise com o seu principal aliado, o PMDB.
As chantagens do presidente da Câmara Federal, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e as críticas constantes do senador Ronaldo Caiado (DEM) ao prefeito Paulo Garcia e a presidente Dilma Rousseff criam animosidade entre as duas legendas.
Diante de um PMDB instável, o próprio prefeito Paulo Garcia tem procurado alternativas. Reforçou as parcerias administrativas com o governo do Estado, e tem verbalizado a ideia de uma candidatura própria em Goiânia, sinalizando que o PT tem nomes para a disputa, dentre eles, a deputada estadual Adriana Accorsi, o deputado Humberto Aidar e o ex-reitor da UFG Edward Madureira.
Adriana Accorsi, Edward Madureira e Humberto Aidar foram muito bem votados na Capital. Delegada, ex-diretora geral da Polícia Civil e filha do saudoso prefeito Darci Accorsi (PT), Adriana Accorsi teve 43.424 votos, dos quais, 31.528 só em Goiânia. Cristão novo na política, o ex-reitor da Universidade Federal de Goiás fez bonito na sua primeira participação em eleições, tendo 58.865 votos, sendo 32.213 na Capital. No seu quarto mandato, o radialista Humberto Aidar somou 28.375 votos, dos quais, 12.046 em Goiânia.
Vice para PT
De olho neste potencial de votos, Vanderlan torce por uma aliança, mas na condição de que o PT indique o vice na sua chapa. Este é um ponto que certamente divide os petistas. Há uma expectativa muito grande no partido com as votações conseguidas tanto por Adriana, quanto por Edward, sobretudo pelo segmento que representam: Segurança e Educação. A boa relação de Humberto Aidar com público católico também é outra esperança de votos no partido. A recuperação na popularidade do prefeito Paulo Garcia é outro fator que leva o partido a considerar, cada vez mais, a possibilidade de lançamento de candidatura própria.
Não é fácil, portanto, a missão de Vanderlan Cardoso, de unir PSB e PT no mesmo palanque no primeiro turno, entretanto, as urnas já mostraram que o eleitor goianiense está atento à movimentação do ex-prefeito e das novas lideranças que surgiram no PT nas últimas eleições. Por isto, é correto presumir que uma chapa formada com estes nomes tem muitas chances de êxito no próximo pleito.
