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POLÍTICA

PT e DEM não se aceitam

Por onde andam, os presidentes estaduais do PT e do DEM, Ceser Donisete e Ronaldo Caiado, respectivamente, são claros: os partidos não fazem aliança, coligação nem participam de chapa majoritária – prefeito e vice-prefeito – às eleições de 2016 em Goiás. Em 2018, na disputa pelo governo de Goiás, os dois partidos prometem estar separados.

Em Goiás, o PT tem um deputado federal, quatro estaduais, os prefeitos de Goiânia (Paulo Garcia) e Anápolis (João Gomes). O DEM tem um senador, um deputado estadual e poucas prefeituras de cidades pequenas.

“O PT não com o DEM lá em Goiânia, lá em Aparecida, lá em Anápolis, lá em Porangatu, lá em São Miguel do Araguaia, que é minha terra natal. O primeiro acordo político já foi feito em Goiás: o PT não vai com o DEM. E a recíproca é verdadeira: eles não querem a gente”, afirmou Ceser Donisete, em entrevista à rádio 730/AM.

O dirigente adianta que o PT não alia-se ao Democratas em nenhum dos 246 municípios goianos em 2016. “O que se observa é que o DEM que nos matar, nos eliminar do processo político do País.” E acrescenta: O cidadão quer te matar, quer te destruir, então você não pode andar ao lado dele. Nós não queremos a destruição deles não, queremos que eles continuem firmes e fortes para fortalecer a democracia brasileira, mas esse não é o pensamento deles e não dá para trabalhar com gente assim.”

O posicionamento contendente de Ronaldo Caiado no Senado, em defesa do impeachment da presidente Dilma Rousseff, tem contribuindo para acirrar os ânimos entre petistas e democratas no interior de Goiás, com maior destaque para Goiânia, Aparecida e Anápolis. “Não iremos participar de chapa a prefeito e vice onde o DEM estiver presente”, disse a presidente do PT de Aparecida de Goiânia, Priscila Montovani. Os petistas lançaram a pré-candidatura de Adriano Montovani à sucessão do prefeito Maguito Vilela.

Ronaldo Caiado, da tribuna do Senado, tem dito que os governos do PT – Lula e Dilma – acabaram com o país. “O que se viu neste país, nos últimos doze anos, foi assalto aos cofres públicos, uma roubadeira desenfreada, caos administrativo, crise profunda na economia. Está na hora de retirar o PT do poder no Brasil”.

O distanciamento entre petistas e democráticas prejudica, principalmente, o PMDB, nas campanhas de Goiânia e Aparecida de Goiânia, onde terá candidato próprio às prefeituras. Os peemedebistas terão que optar entre o PT e o DEM, nessas cidades, para a escolha dos candidatos a vice-prefeito.

O aproximação do DEM de Caiado com o PMDB de Iris Rezende em Goiânia irrita os petistas que, caso não lancem candidato próprio ao Paço Municipal, podem indicar o vice na chapa dos peemedebistas. Nos bastidores, apurou-se que Iris Rezende, virtual candidato a prefeito, atua para manter na aliança os dois desafetos: PT e DEM.

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