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A aliança entre PMDB e DEM

A bancada estadual do PMDB reuniu-se, ontem, para discutir com o senador e presidente estadual do DEM, Ronaldo Caiado, alianças entre os dois partidos às eleições municipais de 2016. O encontro foi realizado no gabinete do líder do PDB, José Nelto, na Assembleia Legislativa, em Goiânia.

De acordo com os parlamentares, as junções entre PMDB, DEM e PRP já estão praticamente ajustadas, porém ainda há discussões acerca da composição com o PT municipal na chapa, o que não é unanimidade.

Para Ronaldo Caiado, a aliança firmada no ano de 2014 foi produtiva, por isso as possibilidades de manutenção são grandes, principalmente pela lealdade demonstrada pelos partidos. “Os partidos foram extremamente leais, todos os acordos cumpridos. Se cheguei ao Senado Federal, reconheço a importância dessa aliança e nada mais justo que lutar para que ela seja reeditada”, afirma o senador sobre a pauta da reunião.

Já para o anfitrião do encontro, deputado José Nelto, esse momento será no intuito de ampliar a aliança que foi considerada produtiva. Conforme o parlamentar, o PMDB precisa criar uma abertura para viabilizar novas composições no sentido de fundamentar a estrutura política para os próximos pleitos de 2016 e 2018. “Entendemos que o PMDB precisa nesse momento se abrir para novas composições. Precisamos avançar com os partidos que queiram realmente mudar a história da Política de Goiás”, enfatiza José Nelto.

A composição de alianças municipais para 2016 foi o principal assunto do encontro entre o senador Ronaldo Caiado (Democrata), os deputados estaduais Ernesto Roller, Bruno Peixoto e José Nelto, todos do PMDB, e o vice-presidente do PRP em Goiás, Gercyley Batista. A reunião serviu também para reforçar o sentimento de que estes partidos da oposição devem construir uma base sólida para 2018.

“Fiz questão de vir aqui hoje mostrar meu reconhecimento pelo apoio que tive para a minha eleição ao Senado e conversar sobre política para 2016. Ou seja, avançar o máximo possível na luta para que esta união vitoriosa seja reeditada em 2016 e sedimente o nosso caminho para 2018”, resumiu Ronaldo Caiado. “Em 2014, pude perceber como o PMDB abraça uma aliança com responsabilidade e nada mais correto do que ampliarmos nossa parceria para os 246 municípios goianos. É o meu sentimento hoje e é o que tenho levado como mensagem em todas as reuniões que faço em Goiás”, disse.

Este também é o entendimento do deputado José Nelto, que deseja ver ampliada a aliança com o DEM, PRP e PMDB em Goiás. No encontro o peemedebista fez questão de destacar o papel que a oposição vem desempenhando na Assembleia, de trazer para as discussões temas importantes como a privatização da Celg, o aumento de impostos, o caos na segurança pública e o pouco caso que o governo estadual tem tratado as questões que envolvem o funcionalismo público.

Para Ernesto Roller, a reunião demonstrou uma afinidade de projetos políticos e administrativos para o futuro do Estado. “Queremos em 2016 fazer um conjunto de prefeitos que possa dar sustentação não apenas política, mas de um projeto administrativo mais eficiente, de poder público menos personalista, menos amesquinhado na sua utilização como acontece hoje em Goiás”, afirmou. “O senador Ronaldo Caiado é um grande parceiro, nos orgulha a todos. É muito bom tê-lo como senador e saber que Goiás pode contar com uma voz forte, altiva, uma voz independente e que tem um compromisso: com a população de Goiás”, elogiou.

O fortalecimento da aliança entre as três legendas também foi destacada pelo presidente do PRP. “O resultado da reunião foi importante porque fortalece ainda mais a aliança entre o PRP, PMDB e DEM. Ela fecha questão acerca desse processo eleitoral com esses três partidos para 2016 e para 2018. Foi para cimentar ainda mais a questão”, garantiu.

 Distanciamento


José Nelto reconhece que, com a afinidade entre PMDB  DEM, haverá dificuldades para alianças com o PT em Goiânia e nos demais municípios goianos, em 2016. “Vamos dialogar com todos os partidos que fazem oposição ao Palácio das Esmeraldas. O PT está inserido nestas conversações, mas é evidente que os petistas não sentam à mesa onde estiver o DEM.”

Desde que o PT lançou candidato a governador, ano passado, o PMDB se distancia dos petistas e se aproxima do Democrata. A crise vivida entre os dois partidos, em razão das críticas do vice-prefeito Agenor Mariano ao reajuste do IPTU/ITU, em Goiânia, reforçadas pelo ex-prefeito Iris Rezende, contribui para agravar a relação entre as legendas. “Não se pode reconhecer que há um abalo nas relações entre o PMDB e o PT desde que os petistas lançaram candidato a governador em 2014. Há uma crise política também na prefeitura de Goiânia, o que tem dificultado as conversações visando as eleições de 2016”, ressaltou José Nelto.

A impopularidade da presidente Dilma Rouseff  também contribui, segundo José Nelto, para distanciar, cada vez mais, o PMDB do PT. “Os escândalos mensalão e petrolão jogaram o PT nas lonas. Há um desgaste político muito grande. Ou a presidente Dilma Rousseff renuncia ou o impeachment será aprovado pelo Congresso Nacional.”

Peemedebistas marcam convenção para fevereiro


A comissão provisória do PMDB estadual, nomeada pelo presidente Michel Temer, com o deputado federal Pedro Chaves à frente, marcou para 13 de fevereiro a convenção que pretende reunificar o partido.

Em reunião realizada na manhã da última segunda-feira, a nova direção, integrada por Pedro Chaves, Daniel Vilela, Iris Araújo, Nailton de Oliveira, José Nelto, Adib Elias e Ernesto Roller, decidiu iniciar contatos em busca de um nome de consenso para ser escolhido para dirigir o PMDB.

Daniel Vilela e Nailton de Oliveira mantiveram suas candidaturas à presidência do PMDB, enquanto que José Nelto retirou sua postulação. Pedro Chaves poderá ser escolhido nome de consenso, em fevereiro, para conduzir o PMDB por dois anos.

A ação dos peemedebistas é “juntar os cacos”, segundo declaração de um deputado estadual, depois que o PMDB não conseguiu unidade para realizar convenção e eleger o novo diretório, executiva e presidência.

Desde o fim do mandato da direção estadual anterior, em 31 de outubro, o PMDB goiano vive uma divisão entre os grupos dos ex-governadores Iris Rezende e Maguito Vilela. “A divisão entre iristas e maguitistas é responsável por cinco derrotas sucessivas do PMDB para o governo de Goiás”, diz um deputado estadual.

O presidente Pedro Chaves iniciou conversações para ampliar os 50 diretórios municipais do PMDB. Mais 20 diretórios municipais e 15 comissões provisórias municipais foram ratificados pela direção estadual. A meta da direção estadual é avaliar, ainda este mês, mais 145 diretórios e comissões provisórias municipais.

Pedro Chaves explicou que ainda não falou sobre as definições da reunião nem com Iris Rezende nem com Maguito. “Está na minha agenda procurá-los”, disse, mas esclareceu que o prazo apertado do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) o obrigou a convocar a conversa o quanto antes.

Os ex-governadores Iris Rezende e Maguito Vilela decidiram não interferir no trabalho da comissão provisória estadual, presidida pelo deputado federal Pedro Chaves, que terão liberdade para buscar o entendimento interno, no prazo de 90 dias, até a convenção de fevereiro.

Peemedebistas ouvidos pelo DM ressaltam que não será fácil para o PMDB conseguir formatar chapa de consenso para o diretório estadual, executiva e presidência, a ser homologada pela convenção partidária. Enfatizam que há uma disputa acirrada entre os dois grupos, o que dificultam o restabelecimento da unidade interna do PMDB.

Bittencourt discute sucessão em Goiânia com presidente do PMDB

O engenheiro Luiz Bittencourt, pré-candidato a prefeito de Goiânia pelo PTB, reuniu-se com o deputado federal Pedro Chaves (PMDB), presidente do diretório estadual do PMDB. Amigos de longa data, Bittencourt e Pedro Chaves conversaram sobre os últimos acontecimentos do Congresso Nacional, as dificuldades econômicas do País e sobre a sucessão municipal em Goiânia. Sobre este último tema, os dois não revelam detalhes da conversa.

Há mais ou menos um mês, Bittencourt intensificou sua agenda de pré-campanha com reuniões quase diárias com líderes políticos de diversos matizes partidários, entre eles Thiago Peixoto e Vilmar Rocha, do PSD, Vanderlan Cardoso (PSB), representantes do PV, PHS e PMN, entre outros. O engenheiro também já apresentou formalmente sua pré-candidatura em visitas à Assembleia Legislativa e à Câmara Municipal de Goiânia.

Bittencourt defende que a eleição municipal do ano que vem seja pautada por um debate de alto nível e rico em propostas para uma nova Goiânia. "A cidade perdeu o seu brilho e precisamos juntos reunir esforços para encontrar novos caminhos", afirma o pré-candidato.

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