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"Quero resgatar o orgulho do PMDB", diz Nailton Oliveira

Eleições acontecem em 5 de fevereiro


Ex-prefeito de Bom Jardim de Goiás, Nailton Oliveira é candidato à presidência do diretório estadual do PMDB, com eleições marcadas para o dia 5 de fevereiro. Tendo como principal adversário o deputado federal Daniel Vilela, Nailton defende a exclusividade do novo comandante da sigla, que deve se dedicar com afinco para devolver ao partido o protagonismo político do Estado, assim como o orgulho aos seus filiados. Para ele, que tem Iris Rezende como o grande patrimônio político de Goiás, um deputado, seja ele federal ou estadual, não conseguiria dar a devida atenção à legenda, sobretudo num momento em que a palavra de ordem é "reestruturação".

Segundo Nailton, a sigla precisa se reerguer e conseguir o maior número de prefeitos e vereadores na eleição deste ano para, enfim, fazer uma campanha vitoriosa rumo ao Palácio das Esmeraldas. As lideranças do interior do Estado, que estariam sendo deixadas de lado pela atual gestão peemedebista, seriam importantes aliados nesse processo. A intenção - e principal bandeira de campanha - é fazer com que novos líderes surjam nos municípios, dando uma nova cara ao partido e a grandeza necessária para marcar território nas eleições estaduais.

O Senhor está na corrida pela presidência do PMDB. Qual é o seu objetivo com esse novo desafio?

O objetivo é buscar o fortalecimento do PMDB no interior de Goiás pra eleger o maior número de prefeitos e vereadores, já visando as eleições de 2018. Com o PMDB forte, com um número significante de prefeitos e vereadores eleitos em na próxima eleição, em 2016, com certeza sairemos mais fortes para buscar o poder em 2018. Outra intenção é fazer com que o PMDB volte a ter sintonia com as lideranças do interior do Estado. Hoje, várias lideranças do interior sequer recebem um telefone do partido, dos líderes maiores. Isso provocou um desestímulo de prefeitos e vereadores, e eu quero buscar estimular essas lideranças, trazer novos líderes, agregar valores dentro do partido, para, assim, eleger prefeitos e vereadores e buscar a eleição para governador.

O senhor tem andado já há algum tempo nessa corrida pela presidência do partido. Quais são os apoios importantes que o senhor tem nesse processo?

Várias cidades tem me apoiado. Dou exemplo aqui de Morrinhos, que é uma cidade importante da região sul. Municípios como Jaraguá e do Vale de São Patrício, Rubiataba, e tantas outras cidades importantes de Goiás já manifestaram apoio. Estou buscando também lideranças para fazer parte da minha chapa, de vereadores, prefeitos, ex-prefeitos, presidentes de Câmaras de todo o Estado. Temos lideranças de toda a parte do Estado m nossa chapa, que é composta de 118 nomes. Quando a gente abre espaço para que líderes de todas as regiões integrem o diretório, ele passa a ser um diretório representativo. É por isso que estou nessa luta para fazer com que o PMDB volte a suas origens e dê uma oportunidade para que cada município tenha alguém que faça parte do PMDB no Estado.

Sendo presidente, como pretende conduzir o processo para as eleições em Goiânia em 2016?

Como presidente, vou buscar, junto com o presidente do PMDB metropolitano, fazer com que o nosso PMDB tenha um candidato competitivo em Goiânia, que é a vitrine do Estado. Esse candidato, sendo eleito, vai fazer uma boa administração, pra ajudar o partido. Elegendo o prefeito de Goiânia e um bom número de vereadores, com certeza, daremos um exemplo para o Estado, mostrando um partido fortalecido em Goiânia, sempre em parceria com o diretório metropolitano, conduzido pelo deputado Bruno Peixoto.

Durante muito tempo se discutiu que seria interessante ter na presidência do partido alguém com mandato. O senhor vem quebrar essa sequência? Como avalia isso?

Eu entendo que é importante para o partido ser comandado por alguém que não tem mandato, alguém que se dedique exclusivamente, principalmente nessa hora que o partido precisa de alguém que conduza o partido, que busque realmente uma participação efetiva do interior. Quem tem mandato, principalmente um deputado federal, terá dificuldades, sobretudo porque esse ano é um ano de muitas votações polêmicas em Brasília, que exigem que o deputado esteja presente para cumprir sua obrigação de parlamentar. Na Assembleia, é a mesma coisa. Eu vou estar a disposição do diretório 24 horas, pra fortalecer o PMDB e vencer as eleições na maioria dos municípios desse Estado.

O PMDB, nitidamente, se enfraqueceu nos últimos anos. Qual a estratégia para fazer o PMDB voltar a ser o maior partido em força política em Goiás?

O PMDB tem mais de 130 mil filiados em Goiás. A estratégia é aumentar ainda mais esse número, buscar nomes novos nem todas as cidades, estimular pessoas novas, jovens, empresários, que gostam de política, mas nunca receberam um convite para fazer parte de uma agremiação partidária. Quero fazer visitas, fazer contatos, levar o PMDB pro meio empresarial, pros sindicatos. Minha missão é fazer com que o partido saia dessa mesmice que vemos hoje, buscar algo novo, um propósito diferenciado, para fazer com que o partido não seja apenas um gigante adormecido, mas tenha novas lideranças, capazes de conquistar prefeituras, governo, câmaras e assembleia. Temos de resgatar o orgulho dos peemedebistas.

Iris Rezende é sempre mencionado como a maior liderança do partido. Continua? Ele é seu mentor?

Claro que Iris, até pela experiência que tem, é, na minha opinião, o maior patrimônio político do Estado. Um homem que com 31 anos de idade governou Goiânia, capital do Estado, com mais de 150 mil habitantes na época. Naquela época, o eleitor era conservador e um jovem, que sequer tinha constituído sua própria família, conseguiu chegar ao governo da principal cidade. De lá pra cá, de vereador, deputado estadual, prefeito, senador, ministro, governador, adquiriu uma bagagem muito grande. Eu me espelho nele e busco sua experiência, pra fazer o partido buscar novos líderes para que possamos realmente chegar ao poder em 2018.

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