Home / Política

POLÍTICA

Paulo Garcia insiste na aliança PT/PMDB

O prefeito Paulo Garcia defendeu aliança entre o PT e o PMDB para a sua sucessão, este ano, na Capital, apesar do distanciamento entre os dois partidos desde as eleições estaduais de 2014. Ele manifestou sua posição aos peemedebistas que ocupam cargos na prefeitura, em reunião realizada na última segunda-feira. “Paulo Garcia foi claro ao manifestar a sua posição favorável ao entendimento entre o PT e o PMDB para 2016”, registrou Andrey Azeredo, secretário municipal de Trânsito, Transporte e Mobilidade.

De acordo com interlocutores, Paulo Garcia pediu empenho dos peemedebistas-secretários para que o diálogo seja restabelecido entre as direções do PT e do PMDB Metropolitano, na tentativa de alcançar o entendimento para que seja lançada chapa conjunta ao pleito de 2 de outubro. Os presidentes Luis Cesar Bueno (PT) e Bruno Peixoto (PMDB) devem promover o primeiro encontro entre as duas executivas, para tentar o diálogo solicitado pelo prefeito.  

A crise entre petistas e peemedebistas começou em 2014, quando foi lançada a candidatura do ex-prefeito de Anápolis, Antônio Gomide ao governo de Goiás. A relação entre os dois partidos se agravou, ano passado, quando o vice-prefeito Agenor Mariano (PMDB) criticou a decisão do Paço Municipal de promover reajustes no IPTU e ITU para o exercício de 2016. O clima ficou ainda mais tenso quando o ex-prefeito Iris Rezende respaldou a posição de Agenor Mariano.

Desde as trocas de farpas, o prefeito Paulo Garcia e o ex-prefeito Iris Rezende esfriaram a relação política e poucos contatos foram mantidos entre ambos. Sequer trocaram telefonemas, como era habitual.

Paulo Garcia foi considerado “afilhado político” de Iris Rezende, desde que foi indicado pelo PT, em 2008, para ser candidato a vice-prefeito na chapa encabeçada pelo ex-prefeito. Paulo Garcia candidatou-se à reeleição – e venceu – em 2012, tendo o peemedebista Agenor Mariano como vice, com irrestrito apoio de Iris Rezende.

Cargos


bruno peixoto          

Na conversa com o secretariado, o prefeito Paulo Garcia reafirmou a sua posição de quem tiver a intenção de concorrer às eleições deste ano, notadamente para a Câmara Federal, de qualquer partido, inclusive do PT, devem entrar os cargos até o final deste mês.

O prefeito quer montar uma nova equipe de auxiliares para os dez meses restantes de seu mandato, moldada ao cenário que se apresentar em relação ao processo eleitoral de 2016 (alianças e apoios políticos).

O PMDB tem oito integrantes na equipe do prefeito Paulo Garcia: Andrey Azeredo (Trânsito, Transporte e Mobilidade), Fernando Machado (Saúde), Paulo Borges (Desenvolvimento Econômico), Carlos Freitas (Procuradoria Geral do Município), Murilo Ulhôa (Companhia Metropolitana de Transporte Coletivo), Ubirajara Abdul (Gabinete Executivo de Projetos Especiais), Sebastião Peixoto (Agência de Turismo) e o coronel Marco Aurélio Godinho (Gabinete Militar).

O prefeito já havia exonerado Ormando José Pires Júnior, da presidência da Companhia de Urbanização de Goiânia (Comurg), ligado ao vice-prefeito Agenor Mariano. Paulo Garcia afastou também o peemedebista José Geraldo Freire da presidência do Instituto de Assistência à Saúde e Social dos Servidores Municipais (Imas).

Lideranças do PMDB que conversaram com Iris Rezende, em seu escritório político, em Goiânia, atestam que o ex-prefeito não dá sinais de que seja favorável à reaproximação de seu partido com o PT de Paulo Garcia.

Ainda sem confirmar sua pré-candidatura à prefeitura, nas eleições deste ano, Iris Rezende mantém-se cético em relação à aliança PMDB/PT, principalmente em razão dos baixos índices de aprovação popular da gestão Paulo Garcia e também pela proximidade que o prefeito petista tem com o governador Marconi Perillo (PMDB).

Até agora, Iris Rezende não sinalizou ao presidente do PMDB Metropolitano, Bruno Peixoto, orientação em relação à presença de membros do partido na equipe de auxiliares do prefeito Paulo Garcia. Não há orientação, por parte do ex-prefeito, nem para que permaneçam ou que entreguem os cargos a Paulo Garcia.

Nome próprio

Apesar de ter posição favorável à aliança PT/PMDB, o deputado estadual Luis Cesar Bueno, presidente do diretório metropolitano, prepara que a legenda escolha um candidato “competitivo” à sucessão do prefeito Paulo Garcia. O seu próprio nome está à disposição do PT. Outra alternativa é a deputada estadual Adriana Accorsi. Se não alcançar o consenso, o PT deverá realizar, no início de março, prévias para a definição do candidato a prefeito de Goiânia.

Correlata

                     Bruno Peixoto defende‘ruptura

                     amistosa’ entre os dois partidos

O presidente do Diretório Metropolitano do PMDB, Bruno Peixoto, defendeu que PT e PMDB devem dialogar, mesmo que para formalizar um rompimento. O parlamentar, que mantém indicações na gestão municipal (por exemplo seu pai, Sebastião Peixoto, é diretor do Mutirama), comentou as declarações do prefeito Paulo Garcia (PT), que pediu do PMDB uma definição oficial do partido sobre a participação na administração municipal em reunião com o secretariado. Paulo se prepara uma reforma no Paço e deve substituir nomes peemedebistas.

“Eu defendo o diálogo, até mesmo para romper precisamos de diálogo. Nós não podemos ter uma ruptura, atritados, temos que dialogar. Vamos fazer tudo que for possível e caso tenha uma ruptura que seja amistosa. Que não haja dificuldades num possível segundo turno. Nós do PMDB teremos candidatura própria na capital”, destacou Bruno Peixoto em entrevista ao portal

Bruno Peixoto confessou que há conversas para construção de aliança com outros partidos, como o DEM de Ronaldo Caiado e o SD do ex-deputado federal Armando Vergílio. O parlamentar pretende ainda conversar com a direção do PC do B. Quanto à postura tomada pelo prefeito de Goiânia, Paulo Garcia, ele alega que não houve nenhuma comunicação formal do chefe do Executivo ao PMDB. “O prefeito hora nenhuma se dirigiu a mim ou ao partido oficialmente. Então não tenho conhecimento desta declaração do prefeito Paulo Garcia. Soube de uma reunião que ele fez com o secretariado. Com o partido oficialmente não houve reunião e nenhuma indagação sobre esta ou outra questão”.

Questionado sobre a posição do prefeito Paulo Garcia de solicitar os cargos aos auxiliares que concorrerão às eleições deste ano, o presidente do PMDB Metropolitano afirmou que nenhum secretário foi indicado pelo partido, mas sim pelo próprio prefeito. “Nós do PMDB não indicamos nenhum secretário do prefeito Paulo Garcia, os secretários foram escolhidos pelo prefeito. Os secretários filiados pelo PMDB são pessoas de bem, são pessoas que acreditamos que estejam colaborando com a administração”, destacou o presidente do PMDB.

Leia também:

edição
do dia

Capa do dia

últimas
notícias

+ notícias