- Titular da Segplan analisa cenário econômico mundial adverso
- Gestor diz que a saída de Eduardo Cunha é quase um ‘consenso’
- Economista aprova a gestão compartilhada com OSs na Educação
- Thiago Peixoto afirma que Goiás faz parte do Brasil que dá certo
É preciso reduzir o tamanho do Estado, no Brasil, afirma com exclusividade ao Diário da Manhã o secretário de Gestão e Planejamento de Goiás, o economista de 41 anos de idade, Thiago Peixoto da Silveira. Áreas que não seriam mais consideradas estratégicas para o desenvolvimento devem ser repassadas ao mercado, avalia. O titular da Segplan faz uma análise fria do cenário econômico mundial adverso. Cáustico, ele frisa que há, hoje, no País, um déficit de quadros públicos, de gestores, de lideranças políticas. A saída de Eduardo Cunha [PMDB-RJ] da presidência da Câmara dos Deputados é quase um consenso, observa. Animado, Thiago Peixoto, sempre com um sorriso no rosto, conta como Mangabeira Unger contribuiu para a formação do Consórcio Brasil Central e destaca que o Estado de Goiás, apesar da crise nacional, faz parte do Brasil que dá certo.
Perfil
Nome completo: Thiago Mello Peixoto da Silveira
Partido: PSD
Cargo: Secretário de Estado de Gestão e Planejamento
Formação: Economia na PUC-SP
Pós-graduação: na Universidade da Califórnia em Finanças e Gerenciamento de Projetos
Observação: É deputado federal licenciado
“O Estado de Goiás adotou uma agenda de superação.Ela possui três pilares: ajuste fiscal, Inova Goiás e Goiás Mais Competitivo”
Thiago Peixoto,Secretário de Gestão e Planejamento
Leia a íntegra da entrevista:
- Cenário mundial
O cenário econômico internacional começou a se complicar já no segundo semestre do ano de 2015. Com a desaceleração econômica da China, a crise do petróleo... O Brasil não aponta saídas estratégicas para sair da crise. O Brasil, podemos afirmar, vive, hoje, o que seria uma tempestade perfeita: crises política e econômica.
- Saídas para a crise
Existem saídas, sim. Mas para que isso ocorra é preciso ter liderança. Há, hoje, um déficit de liderança
- Eduardo Cunha
É quase que um consenso. Eduardo Cunha [Envolvido na Operação Lava-Jato] não tem as condições políticas para permanecer na presidência da Câmara dos Deputados.
- Crise em Goiás
O Estado de Goiás faz parte do Brasil que dá certo. Mas não é uma ilha isolada do Brasil. O Estado sofreu os desacertos na política macroeconômica [do governo federal].
- Medidas adotadas
O Estado de Goiás adotou uma agenda de superação. Ela possui três pilares: ajuste fiscal, o Inova Goiás e o Goiás Mais Competitivo.
- Desgastes com o funcionalismo
Qual governador de Estado não queria dar mais aumento e benefícios aos servidores públicos?
- Servidores públicos
A crise financeira e com o funcionalismo não é específica do Estado de Goiás mas de todo o Brasil.
- Finanças Públicas
As finanças públicas estão equilibradas.
- Máquina pública
É preciso reduzir o tamanho do Estado. Ele, hoje, desempenha funções que não seriam mais estratégicas para o desenvolvimento.
- Áreas não-estratégicas
Antes, era necessário o Estado possuir uma geradora e distribuidora de energia. Hoje, existem grupos econômicos que podem assumir esse papel. Para não sobrecarregar o contribuinte, onerar a população, cabe ao Estado a função de regular o preço e a qualidade dos serviços prestados. É o caso do Programa de Desestatização da Celg [Companhia Energética de Goiás]. Além do Programa de Desmobilização do Estado. Ativos, como áreas públicas, que podem ser vendidas e gerar investimentos.
- Inovação
O Estado deve ter uma agenda de inovação e competitividade.
- Economia do presente
A economia do presente tem como vetor para o futuro a inovação e a competitividade. O Estado deve se tornar, no mercado mundial, mais competitivo e oferecer qualidade de vida aos cidadãos. Com mais avanços sociais nas áreas de Educação, Saúde e Segurança Pública.
- Organizações Sociais
Goiás foi o Estado que mais avançou em qualidade na Educação. Mas nós chegamos ao limite. Para continuarmos avançando é preciso construir um novo modelo. Com Organizações Sociais e gestão compartilhada. Para produzir avanços.
- OSs na Saúde
Houveram avanços significativos na prestação dos serviços com qualidade na área de Saúde.
- Concursos públicos
até 2018
Concursos públicos fazem parte da agenda, mas dada ao ajuste fiscal, há cautela nessa direção.
- Eleições em Goiânia
O PSD terá nome próprio na eleição à Prefeitura de Goiânia.
- Opções
O PSD apresenta, hoje, duas opções: a do deputado estadual Virmondes Cruvinel e a do ex-presidente da Câmara Municipal de Goiânia e mestre em Urbanismo Francisco Júnior. Os dois possuem visões modernas e empreendedoras para a Capital do Estado.
- Thiago Peixoto em 2016
O meu nome está descartado na eleição à Prefeitura de Goiânia.
- Base aliada
A tendência, nas eleições à Prefeitura de Goiânia em 2016, é de a base aliada sair com múltiplos candidatos.
- Eleições de 2018
É diferente. A base aliada sairá unificada para as eleições ao Governo de Goiás.
- Casa Verde
José Eliton é o nome natural para o governo do Estado, em 2018.
- Governo ou Senado
Federal
Vilmar Rocha é opção tanto para o Governo de Goiás quanto para o Senado.
- Chapa majoritária O PSD deve estar presente...
- Socialismo em Goiás
Lúcia Vânia agregou um novo partido à base aliada. [ Thiago Peixoto refere-se ao Partido Socialista Brasileiro, PSB]. É natural que ela dispute a reeleição.
- Ameaça à hegemonia do Tempo Novo?
Ronaldo Caiado tem história que merece respeito. Mas nós representamos um grupo político que possui condições de continuar a executar esse projeto político.
- Presidência da República
O governador do Estado de Goiás, Marconi Perillo, é reconhecido nacionalmente por sua capacidade de gestão e por suas ações políticas ousadas. Único governador, com pouco mais de 50 anos, eleito quatro vezes para o cargo. Ele está preparado para qualquer desafio nacional.
- O que o senhor
anda lendo?
Elon Musk – Um empreendedor do Vale do Silício. Ele desenvolveu projetos inovadores, como o Paypal. É autor de projetos e dirige uma empresa que fabrica carros elétricos com elevado padrão de excelência, com motor, conforto, não-poluente. Mais: ele tem uma empresa a Space X para explorar o espaço... Trata-se de um novo Steve Jobs. Em busca de soluções e de ideias inovadoras que possam nos inspirar em Goiás.
- Agenda nacional
Em 2014, fiz uma visita à Universidade de Harvard, Estados Unidos, e conversei com Mangabeira Unger. Ele acredita que o Centro-Oeste deveria atuar em bloco e incluir os estados de Tocantins e de Rondônia. Quem teria condições de liderar esse processo era Marconi Perillo. Mangabeira Unger veio a Goiás e lançou a ideia. Nasce, então, o Fórum de Governadores do Brasil Central e o Consórcio Brasil Central. Ele quebra a lógica do federalismo brasileiro. Uma nova instância para parceria entre os Estados. De formulação e de execução de políticas públicas. É única no Brasil. Inovador, pioneiro... Marconi Perillo foi escolhido presidente.
- Impeachment
Não se trata simplesmente de ser contra ou a favor do impeachment da presidente. Não é um processo simples. Trata-se de uma questão complexa e delicada. É um processo legal, mas também é político. É preciso que ocorra a apuração criteriosa dos fatos pelas instâncias competentes. Em caso de verificação de irregularidades nas ações da presidente, daí vai se avaliar se ela tem condições de seguir no mandato.
- Vilmar Rocha
Defendo o nome do deputado Vilmar Rocha para disputar um cargo majoritário pelo PSD, especialmente o de senador. Ele tem histórico político e demonstrou, em 2014, ter potencial para disputar uma vaga para o Senado Federal. Além disso, demonstra no dia a dia todo o comprometimento com o governo e com a base aliada.