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Marconi: “Sempre tive respeito por Iris”

E defende união da base aliada em Goiânia e não considera Delegado Waldir Soares (PR) e Vanderlan Cardoso (PSB) adversários do Palácio das Esmeraldas


O governador Marconi Perillo (PSDB) afirmou, ontem, que sempre teve respeito pelo ex-governador Iris Rezende, que anuncia o afastamento da vida pública de Goiás. Marconi disputou três eleições ao governo do Estado tendo Iris Rezende (PMDB) como adversário: 1998, 2010 e 2014, sendo vitorioso nas urnas.
“Ele foi um adversário muito forte. Disputar com ele, para mim, foi muito importante, porque eu não disputei com um político qualquer. Eu disputei com Iris Rezende Machado e sempre procurei respeitá-lo pela folha de serviços e pelo currículo dele”.governador Marconi Perillo (PSDB) afirmou, ontem, que sempre teve respeito pelo ex-governador Iris Rezende, que anuncia o afastamento da vida pública de Goiás. Marconi disputou três eleições ao governo do Estado tendo Iris Rezende (PMDB) como adversário: 1998, 2010 e 2014, sendo vitorioso nas urnas.

O tucano reconheceu que Iris Rezende, nas duas vezes que governou o Estado, eleito em 1982 e 1990, “fez muito pelo Estado e sempre engrandeceu a política goiana”.

Marconi Perillo disse que tem atuado para unir a base aliada em Goiânia, mas reconheceu que cada partido tem a liberdade para tomar a decisão que julgar melhor. O esforço do Palácio das Esmeraldas é reunir, numa mesma chapa, já no primeiro turno, os candidatos governistas Giuseppe Vecci (PSDB), Luiz Bittencourt (PTB) e Francisco Júnior (PSD). “Agora, essa não é uma questão de vida ou morte. Se der para unir, tudo bem. Se não, haverá segundo turno”.

O governador não considera os pré-candidatos Vanderlan Cardoso e Delegado Waldir Soares como adversários do Palácio das Esmeraldas. “O PSB, presidido pela senadora Lúcia Vânia, tem apoiado o nosso projeto no Congresso Nacional e convivi com Vanderlan quando ele foi prefeito de Senador Canedo. Waldir Soares me apoiou, nos dois turnos, nas últimas eleições para governador”.

[box title="CONFIRA A ENTREVISTA"]

O senhor vai participar das articulações para unir a base aliada, em Goiânia, nas eleições deste ano?

- Já temos feito um esforço enorme no sentido de apelar pela unidade da base aliada em Goiânia, respeitando, claro, os partidos que desejam ter candidaturas próprias. O PSDB tem sinalizado neste sentido. Na próxima semana, que será decisiva, o PSDB vai se movimentar para tomar as suas decisões, primeiro, tentando unir a base aliada, buscando fortalecer a sua candidatura própria, pois o deputado Giuseppe Vecci é um excepcional quadro da política de Goiás e do País.

O senhor considera Vanderlan Cardoso e Delegado Waldir Soares pertencentes à base aliada?

- Considero, porque o PSB nos apoia. A senadora Lúcia Vânia tem sido ardorosa defensora do nosso projeto em Brasília, ela participou comigo de todas as eleições nesses últimos 30 anos. O deputado Waldir Soares me apoiou nas últimas duas eleições para governador, no primeiro e segundo turnos. E apoiou de forma muito incisiva.

Então, dois candidatos da base aliada estão liderando as pesquisas em Goiânia?

- Eu não sei se eles pensam assim. Eu considero assim, porque um me apoiou abertamente, no caso o Delegado Waldir. Já o Vanderlan tivemos proximidade quando ele foi prefeito de Senador Canedo. Repito: a presidente estadual do PSB tem sido uma das maiores apoiadoras do nosso projeto no Congresso Nacional. Levando em consideração esse aspecto, considero os dois da base aliada. Agora, não sei se quem é candidato agora interessa dizer que é da base aliada ou da oposição. Cada um tem sua estratégia eleitoral e eu respeito.

“Atuo pela unidade da base aliada na Capital. Agora, essa não é uma questão de vida ou morte. Se der para unir, tudo bem. Se não, haverá segundo turno”  


O senhor trabalha pela união da base na Capital?

Sim, eu tive uma longa conversa com o deputado Giuseppe Vecci, sem radicalismo, com equilíbrio e sensatez e senti da parte dele muita vontade em construir a unidade, pensando nos interesses da cidade de Goiânia. Na próxima semana, vamos conversar com líderes de outros partidos que integram a base. Agora, essa não é uma questão de vida ou morte. Se der para unir, tudo bem. Se não, haverá segundo turno.

O senhor tem procurado orientar o pré-candidato Giuseppe Vecci a continuar na disputa?

- Giuseppe Vecci nunca falou em desistir. Ele sempre se colocou à disposição para ajudar na busca pela unidade da base. Não adianta ele admitir se afastar se os demais não estão dispostos a fazer isso.

A parceria vai continuar com os prefeitos que serão eleitos em 2016?

Claro. Passamos uma fase de arrumação da casa, arrumação do governo. Estou convencido de que teremos condições de ajudar os próximos prefeitos. Esta é outra etapa, etapa da governabilidade. Ninguém governa fazendo só oposição. Eu mesmo tive a inteligência de me aliar com todos que estão nos governos, tanto em nível municipal quanto na esfera federal, procurando obter os melhores resultados. Eu sempre disse: governo não faz oposição a governo. É preciso ter responsabilidade, porque uma irresponsabilidade de uma eventual briga de um governo com outro, quem perde é a população. Tenho procurado ter essa maturidade no sentido de me aliar às forças do bem, as que querem construir e não destruir para que a população ganhe. Uma das demonstrações desse esforço que temos feito é buscar a montagem de boas equipes. Não adianta só ganhar eleições e também não adianta ter bons planos de governo, ter bons programas eleitorais de rádio e televisão, mas é preciso ter boas equipes de auxiliares.

Como o senhor recebeu a decisão do ex-governador Iris Rezende de se afastar da vida política, já que teve com ele, desde 1998, vários embates eleitorais em Goiás?

Eu sempre tive respeito pelo Iris Rezende. Foi um adversário muito forte. Foi governador do Estado por duas vezes, fez muito pelo Estado e sempre engrandeceu a política goiana. Disputar com ele, para mim, foi muito importante, porque eu não disputei com um político qualquer. Eu disputei com Iris Rezende Machado e sempre procurei respeitá-lo pela folha de serviços e pelo currículo dele. Assim como eu sempre esperei ser respeitado por ele e por todos com os quais eu concorro. A minha disputa sempre foi no alto nível: no plano das ideias e no debate. Agora, eu não sei se o Iris realmente aposentou-se da política. Pode ser que ele dê um tempo. Temos aí eleições em 2018. Eu não conversei com ele. Sou adversário, mas não sou inimigo dele. Em todos os lugares onde nos encontramos, nos tratamos cordialmente, sempre foi assim, mesmo nos debates mais duros nas campanhas. Mas não falei com Iris e acho que ele falou com sinceridade dessa disposição. Afinal de contas, ele já vai completar 83 anos, mas não sei se isso vai prevalecer para frente, até porque ele é um político que tem suas qualidades e tem seu grupo, que é numeroso de seguidores..[/box]

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