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POLÍTICA

Ministério Público cogita crime político em atentado de Itumbiara

O assassinato do ex-prefeito de Itumbiara Zé Gomes (PTB), candidato à prefeitura que liderava as pesquisas no município, pode ter motivação política.

Ele foi assassinado durante uma carreata no município, nesta quarta-feira, 29.

Conforme reportagem da revista "Veja", a principal suspeita é de que o crime tenha sido encomendado por adversários de Zé Gomes - político tradicional e que passou por outros cargos, como a presidência da Saneago.

O autor utilizava um carro Siena preto, de Curitiba, com placa fria.

Aliado do governador Marconi Perillo, Zé Gomes apresentava um perfil polêmico, com aproximação também do universo do futebol, já que era um dos incentivadores do time de futebol da cidade.

“Com certeza houve motivação política”, diz o promotor de Justiça Clayton Korb Jarczewki, responsável pelas eleições na cidade.

De acordo com a revista, o crime tem perfil de "encomenda": “Esse é um problema político local. Pelo perfil do criminoso, pelo modus operandi, é possível que tenha sido um crime sob encomenda. Nós temos essa linha de investigação que deve chegar a outros políticos locais.”

A fonte da revista "Veja" alerta que a tese principal de Clayton Korb Jarczewki é de que o vice-governador José Eliton não era alvo do ataque.

José Eliton teria sido atingido por estar ao lado do alvo principal, o ex-prefeito.

"O atirador agiu sozinho na cena do crime. Segundo o promotor, Gilberto Ferreira do Amaral, de 53 anos, dirigiu um Fiat Siena preto com placa fria, registrada em Curitiba, até encontrar a carreata, que vinha na direção contrária em uma avenida de Itumbiara. Ele então desceu do carro e correu em direção à caminhonete com a pistola em punho. Ao se aproximar, reconheceu um policial militar sem farda que corria ao lado da picape e atirou. Em seguida abriu fogo contra Zé Gomes (PTB) e acabou por atingir também o vice-governador", relata a reportagem da revista.

Após passar pela Saneago e atuar duas vezes como prefeito, Zé Gomes viu seu patrimônio crescer acentuadamente. Neste ano, declarou  ao TRE (Tribunal Regional Eleitoral) um patrimônio de R$ 110.808.417,35.

AUTOR

A investigação procura agora entender quem era, de fato, o autor dos disparos.

Gilberto Ferreira do Amaral, que teria realizado os tiros, ocupava cargos em comissão. Tem passagem em delegacias do município.

O Portal da Transparência da prefeitura indica que o pedreiro foi admitido em 1998 e exercia carreira no município, informa a revista "Veja".

Existe a hipótese de que ele trabalhava  na campanha de um vereador do município.

A Polícia Civil já ouviu pessoas próximas do suposto atirador.

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