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POLÍTICA

Livro relata batalha espiritual que antecedeu a queda de Dilma

Para além das publicações nos jornais, revistas, tevês, rádios e internet, a respeito dos recentes fatos que abalaram o País, quando  vieram e ainda estão  vindo à tona a avalanche de casos de corrupção da era petista e que resultaram no impeachment de Dilma Rousseff, um livro intitulado O Partido - Projeto criminoso de poder relata uma grande batalha travada no mundo espiritual que antecedeu as decisões tomadas principalmente em Brasília, Curitiba e São Paulo, no plano físico.

De autoria do conhecido médium Robson Pinheiro, a obra é mais uma psicografia atribuída ao espírito de Ângelo Inácio, que em diversas outras obras espíritas se autodefine como um repórter do além. São 282 páginas em primeira edição pela Casa dos Espíritos, com sede em Contagem, Minas Gerais, lançamento ocorrido em junho deste ano, antes da votação do Senado que definiu o afastamento da ex-presidente.

A ORIGEM: CUBA E GUANTÁNAMO

O livro não menciona diretamente os principais personagens, como Dilma e o ex-presidente Lula, mas é apenas o detalhe que falta ao traçado minucioso que deles constrói. Contudo, cita nominalmente o ditador Hugo Chávez, da Venezuela, como reencarnação de um sanguinário dirigente europeu, a exemplo de Benito Mussolini( 1933-1945), Josef Stalin (1878-1953) e Vladimir Lênin (1870-1924), dando-os como novamente corporificados na América do Sul e vibratoriamente identificados pelas forças do Mal, os chamados Magos Negros, a serem utilizados em seus propósitos de dominação do planeta Terra na tentativa de barrar o degredo sideral a que estariam para ser submetidos.

A psicografia narra que bem antes do surgimento das figuras de Hugo Chávez e de outros ditadores da América Latina ocorreu uma espécie de assembleia das forças do mal, numa dimensão próxima da crosta terrestre, em meados do século XX. Lá, aproveitando-se das emanações de ectoplasma fluido do sofrimento dos prisioneiros torturados no Centro de Detenções da Baia de Guantánamo, já décadas antes de serem entregues aos norte-americanos, 21 grupos de magos negros traçaram planos de usar o Cone Sul para seus propósitos em oposição aos princípios do reino de Jesus Cristo. Lá explicitaram a seus seguidores os processos obsessivos que seriam usados, inclusive magnetização e hipnose sobre os encarnados, tarefa facilitada quando se tratava não de pessoas sem conhecimento e vigilância como alguns líderes que faziam parte das maquinações, como explicou um dos magos presentes: “Algo que que não é difícil de realizar, altezas da escuridão, uma vez que eles não são meramente influenciados por nós, mas, sim, integrantes de nossa falange, nosso partido. Em que pese a nova encarnação e a relocação em outro continente, permanecerão como nossos fiéis representantes, pois trazem na memória, vividamente, o papel que desempenharam nos acontecimentos mundiais”. Referência, por exemplo, às duas guerras mundiais e aos numerosos conflitos genocidas no continente europeu, citando como exemplos Rosa de Luxemburgo e Lênin, dados como parceiros desde a Segunda República na França (1848-1852). Varridos da Europa, tiveram por principal destino a América do Sul. Em razão disso, o tal mago conclui estar convencido “de que esta assembleia acerta ao voltar seus interesses para a região. Tudo reitera que teremos forte apoio entre os encarnados”.

OBJETIVO SERIA IMPEDIR A ESPIRITUALIZAÇÃO DO BRASIL

A tática da mentira repetida à exaustão. O objetivo de tais forças, segundo livro, é impedir o avanço das ideias espiritualizantes, retardar ao máximo o progresso do mundo, assegurar o controle sobre os países e os blocos de poder na Terra, que eles chamam de maldita e desprezam, tendo-a apenas como um instrumento para o alcance de seus propósitos, algo a ser descartado ao fim de um processo de destruição da ecologia e dos recursos naturais, por obra do próprio homem.

O plano é, segundo narra o livro, uma ação dissimulada sob uma pregação de bondade, de fé cristã, compaixão e fraternidade. E pregam: “Abusaremos das promessas de realização social, de direitos da cidadania, da erradicação da pobreza. Tudo colima nossa tática: de um lado, seduzir os ‘bons’ por meio do discurso; de outro, alimentar a massa com  migalhas, mantendo-a submissa a nossos intentos, enquanto usamos todos como aliados, sem que suspeitem”. Para tanto, a ideologia será difundida com o uso de jornalistas, intelectuais, formadores de opinião, amealhando seguidores tanto entre os que se enxergam como esclarecidos como “a massa arrojada na pobreza. Aliás, acentuo que o combate à pobreza, por meios inócuos ou cosméticos como a distribuição de riqueza, será uma das bandeiras fincadas em qualquer país onde nossa filosofia deverá alistar seguidores”.

As técnicas enumeradas a serem empregadas vão desde usar a própria pregação cristã com interpretação distorcida, para a dominação gradativa e sem resistência, passando por confiscar a liberdade dos cidadãos de forma também dissimulada, sufocando-a aos poucos mediante atos concatenados, ainda que aparentemente desconexos, indo até a venda do sonho do bem comum para todos, mas concedendo-lhes apenas migalhas e mentindo sempre que o melhor está por vir. “Gravem bem em sua memória: é a mentira que querem ouvir. Portanto, mintam! Mintam com convicção e descaramento, mas sem perderem o ar piedoso e a aura de virtude”.

COMO SURGIU O “NÓS CONTRA ELES”

No melhor estilo do que os brasileiros tem assistido a cada novo escândalo que estoura. É nós contra eles; ninguém, a não ser o Cristo, é mais honesto que o denunciado; eu tirei milhões de brasileiros da miséria: eu não sabia de nada e por aí vai. E tome até lágrimas, nem que sejam aquelas que o crocodilo exala ao devorar sua presa. Como aquilo que se convencionou escrever nas peças literárias: qualquer semelhança será mera coincidência.

Na tal assembleia, os magos líderes revelam planos para dominar o mundo, mas o especial interesse é começar por países onde encontrarão coro: “Cuba, Venezuela, Argentina, Chile, República Dominicana, Equador, Peru, Uruguai, El salvador, Nicarágua e Bolívia apresentarão terreno particularmente fértil para nossa doutrina política. O Brasil é alvo principal, pois, dadas as suas dimensões, arrastará consigo os outros países da região. Além do mais, de acordo com os projetos espirituais do governo oculto deste mundo miserável, esse é um país ao qual está reservado, no futuro, um papel bem definido”. O mago negro revela ter informações das reuniões e o trabalho dos mentores espirituais para que o Brasil se torne um celeiro de ideias renovadoras que se irradiarão mundo afora a partir daqui. E que sabe mais: se isso prosperar, “menos espaço restará para nós e mais depressa seremos banidos para mundos dos quais rigorosamente nada conhecemos”. Ao final do encontro o grande mago negro adverte que, embora os seguidores do Cordeiro sejam fáceis de enganar e que considerem que a Terra lhes pertence, é preciso ter cuidado com a ação dos guardiões superiores. “Eles  não são como os outros; são agentes da Justiça e, como tais, não titubeiam em lançar mão de suas armas poderosas, capazes de nos banir para dimensões ignotas ou universos desconhecidos. É necessário nos precaver contra aqueles que agem em nome da lei sideral”.

O que ele não sabia é que na tal assembleia havia um espião, um desses guardiões infiltrados, um espírito que estivera na senda do mal, mas que resolveu redimir-se e assim todo os planos chegaram ao conhecimento dos guardiões, cujo chefe maior é Miguel, líder do exército de Jesus Cristo.

AJUDA DE DOM PEDRO E JK

Ainda segundo o livro de Robson Pinheiro, eis que cientes de tudo o que se passava no Brasil os guardiões da humanidade puseram-se a trabalhar para impedir que tivesse continuidade o plano de dominação permanente da nação, ainda que às custas de muita corrupção. A bordo de uma nave chamada Estrela de Aruanda aproximam-se do Planalto Central e em meio a eles alguns espíritos que tiveram papel importante na história do Brasil, como Irineu Evangelista, o Visconde Mauá (1813-1889), José do Patrocínio (1853-1905), Dom Pedro II (1813-1889) e os ex-presidentes Campos Sales (1841-1913) e Juscelino Kubitschek (1902-1976). Um desses guardiões é Jamar, baseado na Lua e chamado para ajudar na batalha que se desenvolveria no plano extrafísico, juntando-se a Watab e Kiev. Especialista em crises políticas, Jamar diz ser preciso arregimentar lideranças nacionais e expoentes brasileiros desencarnados para ajudar na luta contra os poderosos magos negros. “Envio alguns nomes que julgo importantes, pois precisaremos conversar com políticos e empresários brasileiros antes que a situação descambe para uma guerra civil, o que ainda é possível evitar”. A tensão é mencionada em outro trecho: “Tamanho era o grau de tensão e de encrespamento no país que se fazia necessária uma intervenção urgente, a fim de evitar o pior”. Ante a ameaça de forças das trevas que planejavam dominar e levar a nação ao caos, os guardiões decidiram: “Precisamos  trazer até nós, por meio de desdobramento, certas pessoas ligadas à conjuntura atual do país, antes mesmo de tentarmos conversar com os atores deste espetáculo que está em andamento na capital federal”. Igualmente, decidiu-se pela ajuda dos componentes do Colegiado de Guardiões da Humanidade.

QUANDO NEM TUDO É PERFEITO...

No livro são relatados os esforços tanto dos guardiões quanto dos magos que buscavam sensibilizar e influenciar dirigentes partidários e parlamentares, tanto em um ou outro sentido, no processo de votação do impeachment. As forças do bem concluíram, em conjunto com os líderes espirituais brasileiros convocados, dentre eles Tancredo Neves, que, à míngua de uma maioria parlamentar sem defeitos de caráter, usar-se-ia mesmo aquele que já tivesse sido envolvido pela teia da corrupção. “Mesmo quem cometeu delitos será  recrutado para enfrentar os chefes da maldade que se vestem de cordeiro. Dado que ainda não encontramos pessoas isentas de erro, teremos de trabalhar com o que há. A política consiste, muitas vezes, de escolha entre o mal maior e o mal menor – e também é assim em nossa atuação política como sentinelas do bem. Uma vez que  não dispomos de pessoas santas e incorruptíveis, devemos buscar o mal menor ou aqueles que menos estragos causem à família brasileira”. Os contatos entre os espíritos e os políticos encarnados  foram feitos por desdobramento, durante o sono físico.

O ex-presidente Lula é mencionado no livro como homem forte e a ex-presidente como Ella, que é descrita como “um tanto alienada, percebendo muito pouco do que se dizia ali”, ao participar de uma reunião em desdobramento. Foram mais uma vez instruídos a sempre mentir, negar tudo, vociferar e tentar desqualificar os acusadores. Um ou outro que ainda tentou resistir, indagando o que diriam a seus familiares,  por exemplo, foi alvo de zombarias, lembrando que todos ali tinham aderido a um pacto com as forças do mal. E a passar ao público a imagem de pessoas comprometidas com os pobres e com as causas sociais. “Você, homem forte,  tanto quanto seus correligionários – um verdadeiro batalhão, que se mostrará ao mundo sempre como se estivesse ao lado do povo – deve manter acesa a chama da procedência humilde e simples, como já foi destacado”. E alertados para a continuidade do discurso de demonização daqueles que nunca passaram fome. “Deve se explorar ao máximo esse ardil, demonizando as classes abastadas e deixando muito, mas muito claro que a riqueza dos demais, principalmente de seus opositores, só existe devido à exploração dos mais fracos e mais pobres. Instigue o ódio de classes; divida a sociedade de todas as formas imagináveis”.

E numa clara alusão ao que deve ser Dilma, o mago disse-lhe, diretamente: “A você, Ella, caberá convencer o povo de que sofreu muito e foi vítima de tortura, durante o período em que esteve presa, na juventude. Jamais permita que o povo conheça a realidade de seu passado. Assim, você continuará o que o homem forte começou; poderá manipular a opinião pública”.

Os magos ainda se dedicaram a uma preparação especial de Ella e do homem forte, à parte de seus companheiros, porém, referindo-se a coisas do tipo saudação à mandioca, mulher sapiens e estocagem de vento, os magos revelaram preocupação com a saúde mental da companheira: “Temo pela saúde mental de Ella. Sua mente dá sinais de exaustão; parece não aguentar tanta informação, e temo que sucumba. Compete a nós empregar recursos para evitar que enlouqueça  ou apresente surtos de instabilidade psíquica que possa nos prejudicar”. O livro explica que a obsessão sobre Ella, na verdade, pode ser a causa determinante desta instabilidade “por se tratar de um tipo específico de subjugação sobejamente delicado”.

A obra narra ainda um esquema de possessão especialmente  montado pelos magos nos aposentos, mais precisamente na cama onde o homem forte hospedou-se em Brasília, para fazer funcionar um gabinete paralelo durante o processo de impeachment, bem como a infiltração, no local, de um agente dos guardiões e da luta para se desmontar os dispositivos de indução e projeção mental e emocional lá instalados. Também narra uma longa conversa entre JK e o Visconde Mauá sobre o projeto de dominação do Brasil por ideias marxistas ou bolivarianas, de um esquema especial de proteção espiritual ao juiz Sérgio Moro e de toda a sua equipe, à frente da Operação Lava Jato.

A FRUSTRADA NOMEAÇÃO DE LULA

Há ainda, na obra de Robson Pinheiro,  um episódio curioso em que Lula teria sido duramente admoestado pelo chefe dos magos negros quando, segundo ele, quase pôs tudo a perder ao, por excesso de ambição, ter aceitado a nomeação para o cargo de ministro no governo de Ella. Levado à presença do mago em desdobramento durante o sono, após uma bebedeira no hotel brasiliense. Depois de algum tempo para se aprumar e verificar que estava diante da corte das trevas, chamada A Liga. O homem forte tentou, em vão, que lhe dissessem como fora suas anteriores encarnações. Foi acusado de trair a Liga com a qual se comprometera, levado pela soberba e o medo de uma possível prisão, ignorando que “poderia ascender como salvador da nação dentro de poucos anos. Você se deixou contaminar pelo desatino de Ella e não prestou a devida atenção ao nosso trato”.

O homem forte ainda tentou se explicar, dizendo que, como ministro, teria mais influência sobre o Congresso, mas não teve seus argumentos aceitos: “Consinta de uma vez por todas! Foi o seu gesto, ao aceitar a nomeação, que abriu campo para a destituição da infeliz. E você sabe que, mesmo no destempero costumeiro, Ella atende aos nossos propósitos. Logo mais, você seria a opção predileta não somente do povo, mas dos empresários, dos parlamentares, dos ministros das cortes superiores e Supremo. Agora, sua impertinência nos criou um problema maior a ser resolvido. Nosso projeto foi prejudicado. Ella não está no pleno gozo da razão. Observe como se comporta; as reações e os discursos sem nexo denotam estar complemente perdida, no limiar da insensatez. É um fantoche que não ganharia a aprovação nem sequer de uma junta psiquiátrica”.

O homem forte, segundo a obra, foi poupado porque ainda seria de alguma valia para as forças do mal. Por fim, o livro conta, com lances dignos de uma película de ficção científica, a batalha desenvolvida entre as hostes celestiais comandadas por Miguel e as forças dos magos negros, acima da Esplanada dos Ministérios e da Praça dos Três Poderes, com a vitória dos primeiros de modo a deixar os parlamentares brasileiros livres da obsessão que poderia ter impedido a aprovação do impedimento de Ella.

Mais informações sobre o autor espírita Robson Pinheiro, médium e terapeuta;  seus vários outros livros, a instituição por ele fundada e as obras assistenciais que mantém em Minas Gerais e sobre os grupos de guardiões atuantes em mais de 10 países poderão ser obtidas via internet, no endereço www,guardioesdahumanidde.org.

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