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Iris herdará dívidas de R$ 500 milhões

Ao tomar posse, dia 1º de janeiro, o prefeito Iris Rezende (PMDB) herdará dívidas de R$ 500 milhões da gestão de Paulo Garcia (PT), além de déficit orçamentário. A revelação foi feita, com exclusividade, ao Diário da Manhã, ontem, pelo membro da equipe do prefeito eleito e presidente do PMDB Metropolitano, deputado Bruno Peixoto. “Vamos receber a prefeitura em situação totalmente desfavorável”.

Bruno Peixoto esclareceu que se tratam de compromissos financeiros não honrados, por parte da prefeitura, com a previdência dos servidores, com o Instituto de Assistência dos Servidores (Imas), fornecedores e prestadores de serviços. Segundo ele, só a empresa que aluga carros para a prefeitura tem a receber mais de R$ 50 milhões. “Trata-se, portanto, de um quadro grave, difícil, complicado, pois as demandas existem e irão exigir ações imediatas da futura equipe de governo”.

O dirigente peemedebista se queixa que a comissão de transição de governo não fornece, de forma completa, os dados e as informações sobre finanças, endividamento, empréstimos contraídos necessários para subsidiar as primeiras medidas do prefeito eleito Iris Rezende. “Infelizmente, Iris não tem conhecimento ainda da real situação da Prefeitura de Goiânia”, registrou o parlamentar. “O raio X completo só será feito após a posse do prefeito e do secretariado em 1º de janeiro”, completou.

Segundo Bruno, a equipe de transição, constituída por Iris Rezende, está trabalhando no “escuro”, pois não consegue “mergulhar fundo” na realidade financeira e administrativa da prefeitura da capital. “Infelizmente, não estamos tendo a boa vontade que esperávamos do prefeito Paulo Garcia. É preciso que todos os preceitos da lei e da resolução do TCM sejam cumpridos de forma rigorosa”.

Bruno Peixoto ressaltou que, mesmo diante de um cenário de “profundas dificuldades”, Iris Rezende não se sente amedrontado, pois, em todos os momentos a que foi submetido a desafios, os superou e apresentou resultados expressivos nas gestões públicas. O deputado lembrou que, em 1983 e em 1991, quando assumiu o governo de Goiás, e em 2005, quando tomou posse pela segunda vez na Prefeitura de Goiânia, Iris Rezende recebeu a máquina “endividada e quebrada” e com folhas de servidores em atraso, mas agiu rápido e deu a “volta por cima”.

Por conhecer bem Iris Rezende, a população de Goiânia sabe que poderá ter a “certeza” de que, a partir de 1º de janeiro, Goiânia viverá uma “fase promissora e de realizações”, disse Bruno Peixoto. “Iris nasceu para servir ao povo, enfrentar desafios, superar dificuldades e realizar governos produtivos”, completou.

Os membros da comissão de transição de governo, indicados por Iris Rezende, já tiveram três encontros com os assessores do prefeito Paulo Garcia (PT) e duas reuniões com o prefeito eleito. Da parte de Iris Rezende, integram a comissão de transição de poder o auditor fiscal aposentado e ex-secretário municipal de Finanças Dário Délio Campos e os auditores fiscais Oséias Pacheco de Souza e Juliano Gomes Bezerra. Paulo Garcia indiciou os seguintes nome: Stenio Nascimento, secretário municipal de Finanças; Carlos de Freitas, procurador-geral do município; Osmar Magalhães, secretário de Governo; Valdi Camárcio, secretário de Administração; e Paulo César Fornazier, chefe de gabinete do prefeito.

Sem os números em mãos, Iris Rezende está tendo dificuldades em estabelecer as primeiras diretrizes e medidas para a sua gestão, principalmente em relação ao equilíbrio das receitas com as despesas ao exercício de 2917.

O QG irista estuda a possibilidade de suspender contratos – se não todos, pelo menos parte deles – da prefeitura com fornecedores e prestadores de serviços que alcançam R$ 500 milhões, além de restos a pagar deste ano.

O atual vice-prefeito Agenor Mariano (PMDB), um dos colaboradores da campanha de Iris Rezende, diz que a próxima gestão terá que adotar medidas de contenção de gastos e redução do tamanho da máquina, “considerando o descontrole das finanças e o caos administrativo” que herdará do prefeito Paulo Garcia (PT).

Não há como evitar uma reforma administrativa, logo no início do mandato, adianta Agenor Mariano. “Esse governo que se encerra em 31 de dezembro promoveu, ao longo de quase seis anos, três reformas administrativas. Perdeu-se o controle da gestão, o caos predomina”. Ele acredita que Iris Rezende vai promover mudanças no cronograma administrativo, com a extinção de secretarias, fusão de órgãos e cortes de cargos comissionados. “Será preciso uma reengenharia política e administrativa na prefeitura”.

As primeiras medidas objetivam garantir recursos financeiros para a limpeza imediata em todos os bairros de Goiânia, retomar a iluminação pública e iniciar os projetos de áreas prioritárias como saúde e educação, segundo o próprio prefeito eleito Iris Rezende tem revelado a interlocutores em audiências em seu escritório político do Setor Marista, na capital.

Iris pede remanejamento de 30% do Orçamento/2017

O prefeito eleito Iris Rezende (PMDB) autorizou os assessores Samuel Belchior, Bruno Peixoto e Agenor Mariano a procurar o presidente da Câmara Municipal de Goiânia, Anselmo Pereira, para pedir a aprovação de emenda ao Orçamento/2017, em que se assegure o remanejamento de 30% das previsões, em acordo com o programa de governo da próxima administração. A Câmara Municipal deverá votar até o dia 15 de dezembro o Orçamento/2017.

O próprio presidente Anselmo Pereira esteve, há alguns dias, no escritório político de Iris Rezende, para colocar-se à disposição para interferir junto aos vereadores para a aprovação da emenda ao Orçamento que permita o remanejamento. Iris conta com a colaboração dos atuais vereadores do PMDB e dos partidos aliados para a formalização da emenda ao projeto de lei que versa sobre o Orçamento.

Irritou o prefeito Iris Rezende emenda formalizada ao Orçamento, pelo vereador Giovani Antonio (PSDB), que autoriza o remanejamento de apenas 20% do Orçamento/2017. “Vamos fazer apelo aos vereadores que não aprovem essa emenda, porque não atende aos interesses da população de Goiânia”, afirmou o deputado Bruno Peixoto, presidente do PMDB Metropolitano e um dos colaboradores do prefeito eleito.

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