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Major Araújo avisa a Iris que não assume a vice

O deputado estadual Major Araújo (PRP) comunicou, ontem, ao prefeito Iris Rezende (PMDB) que não assumirá, no dia 1º de janeiro, o cargo de vice-prefeito. Há cerca de um mês, Major Araújo começou a afirmar que estava sofrendo pressão de suas bases para continuar com o mandato na Assembleia Legislativa.

O parlamentar relatou ao prefeito eleito que, por ser um defensor do funcionalismo público, principalmente os policiais militares, recebeu, em seu gabinete, comissões de dirigentes sindicais e de outras categorias que fizeram apelo para que ele permaneça no exercício do mandato na Assembleia Legislativa.

Araújo faz forte ao oposição ao governo estadual e tem como marca o discurso da segurança pública. Foi essa atuação que fortaleceu seu nome para ser o vice de Iris na campanha em Goiânia. Esperava-se que a pauta da segurança pública fosse dominante na eleição, o que acabou não acontecendo.

O temperamento explosivo de Araújo fez com que ele fosse escondido na reta final da campanha. Num debate na UFG, Major se envolveu em confusão com estudantes e professores da universidade e precisou ser contido.

Nos bastidores, a teoria é que Major Araújo ficará na Assembleia devido ao salário e aos benefícios recebidos por um deputado. Pesa contra também a falta de sintonia com Iris Rezende. Araújo dificilmente seria escolhido para uma secretaria de peso no Paço Municipal. "Não quero ser um vice decorativo", disse certa vez o deputado.

Iris Rezende não externou a sua opinião sobre a decisão de Major Araújo, mas, segundo o próprio deputado, o prefeito eleito ouviu, com atenção, as razões do gesto que pretende praticar, nos próximos, a de não assumir o cargo de vice-prefeito de Goiânia.

Em entrevista à imprensa, na Assembleia Legislativa, o deputado apontou os motivos que o levaram a renunciar ao cargo, o primeiro deles: apelo dos segmentos que representa (em especial servidores públicos) para que ele permanecesse deputado, ante a um temor de “perda de conquistas”.

Major Araújo reconheceu que havia um mal-estar com a cúpula do PMDB do prefeito eleito, Iris Rezende. Falou em “boicote” e “censura” que sofreu durante e após a campanha e que havia, sim, resistência por parte dos peemedebistas a ele. “Acredito que poderia ter conflitos se eu assumisse e iria acabar isolado na administração, porque continuaria tendo meus posicionamentos. Não via sucesso”, explicou. Contudo, fez questão de tecer elogios a Iris – a quem chama de “melhor referência na política estadual – e desejar sucesso à administração.

“Sei que Iris não governa sozinho, tem seus homens e eu não queria atrapalhar. Goiânia merece uma administração harmoniosa. O PMDB e o Iris podem fazer alianças pra eleger, na Câmara, um vice competente pra administração. Iris tem competência e está acima de qualquer um de nós pra conduzir o processo”, completou.

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