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POLÍTICA

Segurança Pública de Goiás segue em busca de um secretário

Um dos dilemas do governador de Goiás Marconi Perillo para 2017 será acertar os ponteiros na área de Segurança Pública.

O gestor tucano procura um substituto para José Eliton, que anunciou o afastamento do cargo de secretário da SSP para se dedicar a um trabalho de consolidação de seu nome para a disputa de 2018.

Sem o vice-governador Eliton, o governo tentou o nome de Célio Silveira (PSDB), deputado federal de primeiro mandato e que teria recusado o cargo sob a alegação de que cuida da mãe, que reside em Luziânia.

Ela não deseja sair do município localizado no Entorno e Célio Silveira se esquivou do convite.

Médico por formação, Célio Silveira teria pouco a contribuir no cargo: não é conhecido no segmento, não tem conhecimento técnico e correria o risco de perder sua carreira politica, já que a questão da violência tira mais votos do que dá.

Outro cotado é João Campos (PRB), deputado federal que é considerado um dos principais articuladores de projetos e políticas de segurança pública no país.

Campos é leal ao governador e um dos parlamentares mais experientes do Estado, com visibilidade nacional por conta da presidência da Frente Parlamentar Evangélica (FPE) e devido, principalmente, sua atuação à frente de projetos na área penal e criminal.

Delegado de Polícia Civil, Campos é cotado pela capacidade e perfil técnico.  Mas pesaria contra sua entrada na secretaria exatamente a desestruturação e falta de efetivo, além do atual estágio em que estão os índices de violência no Estado de Goiás, considerado o quarto mais violento do país.

Diante de recusas, devido a anunciada reforma administrativa, o governador terá pela frente um dos principais dilemas de sua gestão: corrigir a SSP ou reconhecer em público as dificuldades da área, que exige uma forte articulação com outras pastas do governo.

Ao longo de duas décadas no poder, Marconi teve cinco secretários de Segurança Pública: Demóstenes Torres, Jonathas Silva, José Paulo Loureiro, Joaquim Mesquita e José Eliton.

ESTATÍSTICAS

As estatísticas de taxa de mortalidade do DataSus e  os índices de violência contra o patrimônio e estupro aumentaram significativamente em todas as gestões.

Nos bastidores e entre os técnicos, a atuação de José Eliton é considerada uma das melhores, apesar de curta. Ele se dedicou a dialogar com as policias civil e militar.

O problema é que chegou numa secretaria que não é a única responsável por aplacar a onda de violência que se alastra no Estado.

Com vícios na origem, o gestor do segmento enxuga gelo.

No Brasil, os estados do Piauí, Santa Catarina e São Paulo ao longo dos últimos anos conseguiram reverter a onda de criminalidade através da articulação com outras pastas.

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