Home / Política

POLÍTICA

Vereador eleito permanece preso

Há pouco mais de um mês da diplomação dos vereadores de Aparecida de Goiânia da próxima legislatura, o parlamentar eleito Valdemir Souto (PR) ainda está preso. Desde o dia 6 de outubro, ele cumpre prisão preventiva, ainda assim, poderá ser diplomado, dependendo da decisão da Justiça Eleitoral. Valdemir Souto responde pelos crimes de peculato, lavagem de dinheiro, fraude à licitação, afastamento de licitante por pagamento indevido, organização criminosa, dentre outros.

O caso começou a ser investigado pela 18ª Promotoria de Justiça de Aparecida de Goiânia e teve desdobramentos na 12ª Promotoria da comarca, que trata de infrações criminais. O promotor de Justiça Leonardo Seixlack Silva, titular da 12ª Promotoria de Justiça de Aparecida, concedeu entrevista exclusiva ao Diário de Aparecida, quando detalhou o trabalho da investigação, que começou a partir de denúncia anônima.

Valdemir Souto assumiu a Superintendência Municipal de Trânsito de Aparecida de Goiânia (SMTA) no primeiro mandato do prefeito Maguito Vilela (PMDB) e permaneceu por mais de cinco anos. O promotor explica que o acusado é o proprietário, de fato, da empresa GS Transportes e Sinalização Ltda., que executa serviços de sinalização de trânsito. A empresa, porém, está registrada em nome de seus familiares.

O promotor afirma que há provas robustas de que Valdemir tenha direcionado duas licitações realizadas em 2013 para a locação de dois caminhões pertencentes a esta empresa, que fariam o trabalho relacionado à sinalização, puxando máquinas de pintura de meio-fio e das faixas. O ex-superintendente da SMTA teria direcionado a licitação com o objetivo de fazer a empresa GS Transportes e Sinalização Ltda. vencer o pregão, o que ocorreu em 2013, incluindo a assinatura de dois aditivos, estendendo o contrato até o final de 2015.

Os dois caminhões que pertencem à empresa começaram a atuar em 2013, sob pagamento de aluguel mensal de R$ 6 mil. Leonardo disse, porém, que cada caminhão custa em média R$ 30 mil, por isso considera o contrato de locação superfaturado. O promotor conta ainda que um dos caminhões começou a operar apenas no final de 2014, mas, desde o final de 2013, o pagamento do aluguel era depositado. Ele estima um prejuízo de R$ 700 mil para os cofres públicos.

Também são acusados de participação no esquema a esposa do vereador eleito, Tatiana Cristina Souto, a sogra Maria Luiza, dentre outros familiares. Valdemir também é acusado de corrupção de menores, porque, segundo o promotor, envolveu a filha Giovanna Souto no esquema, enquanto menor de idade.

Leia também:

  

edição
do dia

Capa do dia

últimas
notícias

+ notícias