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Diante da crise da segurança pública, a bancada de parlamentares goianos agiu em 2016 para reunir a maior quantidade de recursos destinados ao segmento.
“São recursos federais garantidos para Goiás por articulação da bancada. Isso vai resultar em obras e ações. Detalhe: os recursos foram empenhados e estão garantidos”, diz o deputado federal João Campos (PRB-GO), que atua principalmente no segmento de segurança pública.
Chamado a debater a questão da segurança pública em todo país, inclusive com a imprensa nacional, Campos, que é relator do novo Código de Processo Penal, tem afirmado que o problema da violência exige gestão e principalmente valorização dos policiais. Para ele, a União precisa ser mais presente.
Conforme Campos, a bancada conseguiu R$ 5 milhões para reaparelhamento das polícias e Corpo de Bombeiros de Goiás. A ação dos deputados e senadores é louvável, já que os recursos para o segmento costumam ser aplicados em ações visíveis e que se distanciam das manjadas obras que jamais saem do papel. Tradicionalmente, a bancada não destaca emenda para segurança pública.
“Dessa vez ocorreu uma união: conseguimos R$ 5 milhões para aquisição de armas e de novas tecnologias”, diz Campos.
A questão das armas é algo tão constrangedor para o policial que nos últimos anos o próprio Governo do Distrito Federal doou revólveres para os goianos.
No início da crise, em 2014, a polícia goiana pegou de bom grado o armamento – 600 revólveres calibre 38. Um ano antes, a Polícia Militar do Distrito Federal já tinha doado mais mil armas.
Com os recursos angariados pela bancada, espera-se, que a situação melhore. Outra conquista que fará diferença é a construção do IML de Luziânia. A exposição dos cadáveres nas ruas e avenidas constrange a população. “É um dos problemas mais graves do Entorno do Distrito Federal, pois ocorre um acúmulo de corpos nas cidades. Cria uma violência simbólica, que circula e estigmatiza a população. Quanto mais rápido o corpo sair do chão e ser periciado e enterrado, melhor para a estima do morador”, diz o advogado Welliton Carlos, pesquisador da Universidade Federal de Goiás (UFG) que realizou doutorado sobre a violência no Entorno e apontou a falta de IML como uma grave agressão ao direito dos moradores.
IML
Conforme o deputado federal João Campos, apenas uma emenda de sua assinatura destinará R$ 3.400 milhões para a construção do IML – que é verba federal, mas para chegar ao estado de Goiás exige despachos, pressões parlamentares e articulações. Afinal, se depender da boa vontade da União, com certeza, o IML fica apenas nos planos nacionais de segurança.
