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O governador Marconi Perillo participou ontem, em São Paulo, das reuniões de apresentação da candidatura do deputado federal Jovair Arantes (PTB-GO) a presidente da Câmara dos Deputados para o presidente da República, Michel Temer, e para o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB). Dos encontros, realizados, respectivamente, no escritório de Temer, no bairro do Itaim, e no Palácio dos Bandeirantes.
No encontro com Temer, Jovair pediu ao presidente que o Palácio do Planalto não interfira na disputa pela Mesa da Câmara dos Deputados, disputada por outro aliado do governo, o atual presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM). Participaram ainda das reuniões o vice-governador de São Paulo, Márcio França (PSB), o prefeito da cidade de São Paulo, João Doria, três presidentes nacionais de partidos e 15 deputados federais.
A reunião com Alckmin ocorreu antes, na ala Residencial do Palácio dos Bandeirantes, sede do Poder Executivo Paulista. O grupo apresentou a candidatura de Jovair para o governador paulista e afirmou que sua plataforma de trabalho está voltada para a agenda de recuperação econômica do Brasil, em sintonia com o Palácio do Planalto. O tom foi o mesmo no encontro com o presidente Temer, logo em seguida.
PRESIDENTES
Em suas redes sociais, o governador Marconi Perillo comentou o encontro com Alckmin e Temer. “Acompanhei hoje o deputado federal Jovair Arantes, do PTB de Goiás, na reunião de apresentação da candidatura dele à presidência da Câmara dos Deputados para o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), e para o presidente Michel Temer (PMDB)”, disse. “O governador nos recebeu na ala residencial do Palácio dos Bandeirantes, com as presenças do vice-governador Márcio França (PSB) e do prefeito da cidade de São Paulo, João Doria. Integraram ainda o encontro três presidentes nacionais de partidos e 15 deputados federais”, afirmou Marconi. “Depois, estivemos todos com o presidente Temer no escritório do presidente no bairro do Itaim. Com vasta experiência como parlamentar e vice-prefeito de Goiânia, o deputado Jovair sem dúvida alguma reúne todas as credenciais políticas e administrativas para presidir a Câmara dos Deputados”, afirmou.
Importância para Goiás e para o País
O ex-deputado federal e presidente do PSD de Goiás, Vilmar Rocha, entende ser importante para Goiás e o País a eleição do deputado Jovair Arantes (PTB) para a presidência da Câmara Federal. “Jovair é um parlamentar experiente, lidera a bancada do PTB e tem bons projetos para a Câmara Federal.” Vilmar diz que vai conversar com os deputados goianos do PSD – Thiago Peixoto e Heuler Cruvinel – sobre a eleição para a presidência da Câmara, já que o partido tem um candidato, o brasiliense Rogério Rosso.
O advogado Felicíssimo Sena, ex-presidente da OAB de Goiás por cinco mandatos, vê como “altamente positiva” a eleição de Jovair Arantes para a presidência da Câmara dos Deputados. “Jovair é um nome consistente, político capaz, está no sexto mandato de deputado, tem atitude independente e, se eleito, representará bem o Parlamento.”
O deputado estadual Simeyzon Silveira, presidente do PSC Goiás, afirmou que a candidatura de Jovair Arantes (PTB) tem o apoio da bancada de seu partido, na Câmara Federal. Ele adiantou que tem trabalhado internamente para o que o PSC declare apoio à sua candidatura, e que tem tentado ser um interlocutor com o PSC Nacional, conversando com alguns deputados federais da legenda. “Pelas conversas que venho tendo e as movimentação vistas, acredito que o PSC Nacional irá apoiar a candidatura do parlamentar goiano à Câmara dos Deputados”, afirmou.
Restaurar a estabilidade
Jovair Arantes
A democracia brasileira atravessa um teste de estresse desafiador mesmo para regimes políticos centenários.
No ano passado, as instituições venceram uma corrida de obstáculos. Enfrentaram uma crise política aguda e ampararam a economia à beira da catástrofe. Chamados a adotar medidas impopulares para resgatá-la, deputados e senadores não hesitaram, na esperança de salvar empregos e empresas.
2016 foi um ano intenso. Foram dias, noites e madrugadas em que o dever venceu o cansaço, as conveniências e os interesses individuais. Obtivemos vitórias descomunais para uma democracia tão jovem como a nossa, mas elas deixaram sequelas.
A avaliação da Câmara dos Deputados pela opinião pública atingiu seu nível mais baixo desde a redemocratização, como mostrou o Datafolha em dezembro passado.
2017 não deve ser uma repetição de 2016. O país não pode viver continuamente aos sobressaltos. É preciso ter coragem para restaurar a normalidade, coragem para defender a legalidade, coragem para rechaçar manobras que submetam as instituições a novas provas de resistência e, sobretudo, coragem para proteger a democracia.
A eleição para a presidência da Câmara no próximo dia 2 de fevereiro é uma oportunidade que não pode ser desperdiçada. A Câmara é o símbolo da representação popular, a Casa do Povo. Está na hora de recuperar a credibilidade desse que é o alicerce da democracia.
Só há um caminho para isso: a obediência total às leis criadas por nós, parlamentares. Afinal, quem quer ser respeitado tem de respeitar a si mesmo. É preciso mostrar ao país o quanto nós, parlamentares, somos avessos a manobras ilegítimas.
Está em curso uma tentativa de burlar a Constituição e as regras de funcionamento da Câmara. A lei é clara: a reeleição a presidente da Casa não é permitida na mesma legislatura. Não há margem para negociação.
Falsas conveniências não são motivo para impor mais um teste às instituições, desta vez desnecessário. Torcer as regras eleitorais do Congresso Nacional imporá novo desgaste ao Parlamento e à normalidade democrática.
Só o desatino pode levar alguém a acreditar que manobras ilegais e ilegítimas ajudem a restaurar a normalidade institucional no país. Não é sensato e seguro desperdiçar ousadia numa aventura.
Um grupo expressivo de deputados do mais amplo espectro ideológico e partidário não concorda com esse tipo de artifício. Tenho a honra de ter recebido a incumbência de representá-los na disputa para presidente da Câmara.
Faremos uma opção pelas leis ou pelas conveniências da ocasião? Pela estabilidade ou pelo casuísmo? Pela independência do Legislativo ou por processos questionáveis no Judiciário?
Serão 513 respostas. Meus 22 anos de deputado federal me dão certeza de que elas expressarão o compromisso com a democracia e as instituições, o respeito próprio e às regras, a sensatez, o senso de dever e a defesa da estabilidade. A Câmara dos Deputados mostrará que tem coragem e que está a altura do que o Brasil espera dela.
Jovair Arantes, líder de PTB na Câmara dos Deputados
