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Duas representações foram protocoladas na manhã desta quarta-feira (18) no Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO) requerendo o afastamento de secretários da equipe do prefeito Iris Rezende.
A primeira, sobre o secretário Municipal de Cultura Kleber Adorno, foi direcionada ao promotor Alexandre Mendes Vieira, da 35º promotoria. A segunda, que foi encaminhada à Fabiana de Vasconcelos, titular da 58ª Promotoria, era sobre Samuel Almeida.
As representações foram protocoladas pelo vereador Elias Vaz (PSB) e estão assinadas pelos vereadores Jorge Kajuru (PRP) e Priscilla Tejota (PSD).
Motivação
Conforme Elias Vaz, ambos os secretários respondem a processo, depois de ação penal proposta pelo MP-GO, e por isso sugere medida cautelar na justiça ou recomendação ao prefeito Iris Rezende para que afaste os secretários, recém nomeados.
Para o vereador os dois casos são imorais e ferem o princípio da moralidade administrativa previsto na Constituição Federal. "A sociedade está cansada das práticas da velha política”, afirmou.
Em nota à imprensa, Elias destaca que Kleber Adorno responde por estelionato, formação de quadrilha e fraude em licitações da Secretaria da Cultura, onde foi secretário entre 2010 e 2011 - cargo que volta a assumir em 2017.
O prejuízo aos cofres públicos teria sido de R$1,35 milhão o que levou o então secretário a ser afastado do cargo, depois do Ministério Público Estadual receber a denúncia e propor ação penal, acatada pela justiça. Mas, o processo ainda está em tramitação.
Sobre o caso de Samuel Almeida, a justificativa para a representação é ele ter sido condenado pela justiça a sete anos de reclusão por fraude em licitação quando era presidente da Assembleia Legislativa de Goiás, em 2005 e 2006.
“Após um duro trabalho de investigação que desvendou um esquema de favorecimento e desvio de recursos públicos na Assembleia Legislativa, Samuel volta a ocupar um cargo público seis meses após ser condenado. É inaceitável que diante de uma situação tão grave esse cidadão seja mantido no cargo de Secretário de Governo”, complementa Elias.
(A matéria foi atualizada para correção de sigla: a MPE utilizada anteriormente para se referir ao Ministério Público Estadual foi corrigida para MP-GO, para evitar a possível alusão equivocada ao Ministério Público Eleitoral)
